Representação da amada
|
|
.
Mulher
inacessível, misteriosa, quase divina, de beleza inefável, a quem o sujeito
poético presta vassalagem e adoração e que se relaciona com o amor espiritual
(cf. ideal de beleza petrarquista).
Ex.:
“Ondados fios de ouro reluzente”, “Um mover d’olhos brando e piadoso”
. Mulher terrena, por quem o sujeito
poético se sente atraído e fascinado.
Ex.:
“Aquela cativa”, “Minina dos olhos verdes”.
|
|
|
|
Experiência amorosa e reflexão sobre
o amor
|
|
.
Amor
espiritualizado, sereno, racionalmente intelectualizado, de influência
petrarquista.
Ex.:
“Ondados fios de ouro reluzente”
. Amor experienciado, vivido.
Ex.:
“Aquela cativa”, “Pastora da serra”
. Amor conturbado, dividido entre o
anseio espiritual e o desejo, e marcado pela culpa, pela saudade e pela
insatisfação.
Ex.:
“Alma minha gentil, que te partiste”, “Tanto de meu estado me acho incerto”, “Amor
é um fogo que arde sem se ver”.
|
|
|
|
Natureza
|
|
. Cenário associado ao locus amoenus clássico (paisagem
idealizada, tranquila/serena e bucólica ou pastoril).
Ex.: “A fermosura desta fresca
serra”, “Alegres campos, verdes arvoredos”.
. Personificação da natureza,
encarada com confidente do sujeito poético.
Ex.: “Verdes são os campos”, “Alegres
campos, verdes arvoredos”.
|
|
|
|
Desconcerto
|
|
. Desconcerto social:
- distribuição arbitrária dos prémios
e castigos;
- sobreposição da cobiça e da vileza
aos valores morais;
- necessidade de submissão à desordem
/ irracionalidade da vida.
Ex.:
“Os bons vi sempre passar”, “Correm turvas as águas deste rio”, “Verdade,
Amor, Razão, Merecimento”.
. Desconcerto individual e
subjetivo: sujeição à Fortuna (cf. Reflexão sobre a vida pessoal).
|
|
|
|
Mudança
|
|
. Oposição entre o tempo / a
mudança da / na natureza e o tempo / mudança do / no ser humano: a mudança
cíclica vs. a mudança irreversível.
Ex.:
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.
. Oposição entre o bem
passado e o mal presente.
Ex.: “Sôbolos
rios que vão”.
|
|
|
|
Reflexão sobre a vida pessoal
|
|
. Reflexão sobre a situação
atual e sobre as causas que lhe deram origem (os “erros”, a “Fortuna” e o “amor
ardente”).
Ex.:
“Erros meus, má fortuna, amor ardente”, “O dia em que eu nasci, moura e
pereça”, “Eu cantei já, e agora vou chorando”.
|
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Temas da poesia de Camões
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
ola
ResponderEliminar