Na sua educação conviveu com os filhos
de D. Jorge de Lencastre e com pessoas de grande relevância nobiliárquica,
administrativa e literária. Frequentou em Coimbra o curso de Humanidades e Leis
e doutorou-se em Cânones. Foi temporariamente professor nesta Universidade.
A frequência da Universidade deu-se na
época áurea do Humanismo Bordalês, em que pontificaram os Gouveia (André,
Marcial, Diogo Júlio), Diogo de Teive, João da Costa, António Mendes, Jorge
Buchanan, Arnaldo Fabrício, Guilherme de Guérente, Nicolau Grouchy, Elias
Vinet.
Parece ter-se enamorado em Coimbra por
uma senhora de família nobre de apelido Serra, que evocará veladamente em
algumas poesias. Em 1557 casou com D. Maria Pimentel, senhora de Torres Novas,
que morreu no terceiro ano de casamento, que primeiro cantou e depois chorou
muito sentidamente: «Com que mágoa (ó Amor) com que tristeza / Viste cerrar
aqueles tão fermosos / Olhos, onde vivias, poderosos / De abrandar com sua
vista a mor dureza!».
Voltou a casar em 1564, com D. Maria
Leite, de Cabeceiras de Basto, de quem teve dois filhos. Também ela foi evocada nos seus textos.
Em 1567 foi nomeado Desembargador da
Relação de Lisboa. Em 1569, apenas com 41 anos, morre em Lisboa vitimado pela
peste, deixando dois filhos, um dos quais (Miguel Leite Ferreira) lhe
publicará, em 1598, a obra em Poemas
Lusitanos.
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