Português: Retrato da Condessa de Monteros

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Retrato da Condessa de Monteros

CONDESSA de MONTEROS:
* afilhada de Maria da Encarnação;
* casou aos 14 anos com um tio rico regressado do Tucumán onde enriquecera como plantador de cana de açúcar e se fez conde com o título de Fatonni;
* o dinheiro do marido transforma-a numa fidalga:
- viaja (Itália e Constantinopla);
- aprende piano;
- veste bem;
- torna-se bonita;
- vive rodeada de grande luxo;
* adaptada ao luxo e artificialismo da sociedade burguesa, mantém grande simpatia e admiração pelas coisas e pessoas do campo;
* depois da morte do marido, leva uma vida muito recatada:
- passa a viver na província;
- passa muito tempo em casa;
- abandona o brilho e o luxo de outrora;
- torna-se mais humana e natural;
- gosta de falar com Quina e recebe-a frequentemente – é ela que lhe dá o nome de sibila;
* demonstra sempre um desequilíbrio, provavelmente resultante do facto de ser uma pessoa do campo que, repentina  e precocemente, é projetada para uma vida de aristocrata rica (um dos sinais desse desequilíbrio é o facto de insistir muito com Quina para que a visite, para ouvir o seu conselho de sibila,  apesar de nunca a considerar sua igual, marcando sempre as distâncias;
* não volta a casar, possivelmente para poder manter a sua individualidade e independência;
* a vida da cidade desagradava-lhe e finaliza a sua vida rodeada de servidores e de gatos, num isolamento crescente.

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