● Retrato
de Manuel de Sousa
Este monólogo de Manuel de Sousa exemplifica a sua
determinação, coragem e patriotismo.
De facto, “como homem de honra e coração”, o seu
foco está no afrontar os governadores: se for caso disso, está disposto a
perder os seus haveres e até a sacrificar a própria vida, que considera efémera
(“vida miserável que um sopro pode apagar em menos tempo ainda!”), para se opor
à tirania.
Por outro lado, a cena enfatiza os valores que
Manuel de Sousa representa e que já conhecemos: a honra, o amor à pátria e à
liberdade, o despojamento dos bens materiais.
● Função da cena: só nesta cena se compreende cabalmente o plano de
Manuel de Sousa e, por conseguinte, a necessidade de abandonar a sua casa.
● Presságio
A evocação por Manuel de Sousa da morte desastrosa
do pai (caiu sobre a própria espada) associa esta morte a uma morte provável,
no meio das “chamas ateadas por suas mãos”. É mais uma prolepse da desgraça que
irá suceder. Por outro lado, esta passagem chama a atenção para a ideia de que
é o homem que constrói o seu destino e de que todas as ações acarretam consequências.
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