▪
reaparecimento dos antigos deuses na arte ou na literatura – adoção de uma
visão pagã do mundo, em que o Homem vive em comunhão com a Natureza e em que
existem deuses, uma mitologia e o Fado/Destino e aqueles estão presentes no
seio da Natureza;
▪
renascimento da essência pagã, pela eliminação da racionalidade abstrata e pela
rejeição da metafísica ocidental;
▪ cosmovisão
hierarquizada e ascendente dos seres: animais, homens, deuses e Fado, que a
todos preside
▪ procura da
felicidade e do prazer relativos;
▪ atitude
imperturbável e de distanciação face aos males que atormentam a existência
humana (passagem do tempo, morte, etc.): ataraxia – ausência de
perturbação ou inquietação;
▪ altivez e
indiferença (egoísmo epicurista) – abdicação voluntária;
▪ fruição
tranquila do momento presente (carpe diem), de uma felicidade suave e
tranquila dos prazeres serenos e moderados;
▪ aceitação
de uma vida simples, sem grandes ambições e em contacto com a Natureza – aurea
mediocritas;
▪ aceitação
do Destino, da morte e das contrariedades da vida;
▪ perceção
direta da realidade e do ciclo da Natureza.
▪ aceitação
racional das leis do Tempo e do Destino;
▪ resignação
perante a frágil condição humana e o sofrimento;
▪ culto da
contenção, da autodisciplina, do autodomínio na vida e na escrita e
despojamento dos bens materiais;
▪ culto da
abdicação voluntária e da indiferença perante as paixões e os sentimentos
intensos e compromissos, como forma de evitar ceder à força dos impulsos;
▪ busca da apatia
(a = ausência de + pathos = sofrimento), um estado de indiferença
e de ausência de sofrimento e dor como forma de o indivíduo enfrentar com
determinação as contrariedades, a doença e a morte;
▪ procura,
também, da ataraxia.
▪ visão
estoico-epicurista da existência;
▪ perceção
aguda da transitoriedade do tempo, da brevidade da vida e da inevitabilidade da
morte e do Destino;
▪ inutilidade
do esforço e da indagação sobre o futuro;
▪ carpe
diem: fruição moderada do momento e entrega moderada ao prazer;
▪ culto da aurea mediocritas (preferência por uma vivência calma num local recatado, em contacto
com a Natureza);
▪ presença do locus amoenus (lugar
aprazível);
▪ autodomínio que evita as paixões e
aceitação voluntária do Destino.
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