Agamémnon e Menelau não conseguem dormir, tal é sua preocupação com o curso dos acontecimentos, e, eventualmente, acordam os outros comandantes e reúnem-se em campo aberto para planear o movimento seguinte. Nestor sugere que enviem um espião, a coberto da escuridão noturna, que se infiltre no acampamento troiano e tome conhecimento dos planos do inimigo. Diomedes oferece-se como voluntário e é acompanhado por Ulisses. Os dois homens armam-se e, apoiados por Atenas, a quem oram, esgueiram-se em direção ao campo adversário.
No lado troiano, Heitor é assaltado
por uma ideia semelhante e quer saber se os Gregos planeiam fugir. Ele
seleciona Dolon, um homem muito feito, mas veloz como um relâmpago, para
desempenhar o papel, e promete recompensa-lo com a carruagem e os cavalos de
Aquiles. Dolon parte para a sua missão, mas é avistado por Diomedes e Ulisses,
que rapidamente o capturam. Os dois gregos interrogam-no, e ele, na esperança
de conservar a sua vida, informa-os das posições dos Troianos e dos seus
aliados, bem como de que os Trácios, recém-chegados ao local, eram
especialmente vulneráveis a ataques. Ulisses promete poupar Dolon, mas Diomedes
mata-o e tira-lhe a armadura.
De seguida, os dois espiões aqueus
penetram sorrateiramente no acampamento trácio adormecido, onde matam doze
soldados e o seu rei, Rhesus, que chegara atrasado à batalha e, por isso, nem
chega a combater. Além disso, roubam os cavalos e as carruagens do monarca
trácio. Atenas avisa-os que algum deus zangado pode acordar os outros soldados,
o que faz com que Diomedes e Ulisses e retornem ao seu acampamento na carruagem
roubada, onde são recebidos calorosamente pelos seus camaradas, que já os viam
mortos.
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