No dia 17 de março de 1807, Simão sai da cadeia e embarca do Douro para a Índia, acompanhado por Mariana. O desembargador Mourão Mosqueira, que vai a bordo da nau, entrega um cartucho com moedas de ouro ao condenado, enviado por D. Rita Preciosa. Simão aceita, mas pede ao comandante que distribua o dinheiro pelos companheiros de degredo.
O fidalgo pergunta a Mariana onde é
o convento de Monchique e vai observá-lo. Avista o mirante onde está Teresa,
cujo vulto vê.
Na véspera, Teresa pedira os
sacramentos e despedira-se das freiras, que tentaram dar-lhe alento. Ao início
dessa manhã, a fidalga tinha lido todas as cartas que Simão lhe havia escrito,
tinha-as atado com fitas de seda, envoltas em raminhos de flores e pedido
depois à mendiga de Viseu que as fosse entregar ao seu amado. Pedira ainda à
sua criada que a levasse ao mirante. Aí, quando vê Simão na nau, Teresa
desfalece. Nesse momento, atraca na nau um bote com a mendiga, que lhe leva as
cartas da sua amada.
A nau parte e Simão contempla
novamente o mirante, quando passa junto ao convento. Vê, então, Teresa, que lhe
acena com um lenço, com os braços suspensos através das grades de ferro da
janela. Simão responde ao aceno de Teresa, que é levada em braços e desaparece
da sua vista. A nau é forçada a parar pouco depois, por isso a saída é adiada
para o dia seguinte. Nessa noite, o comandante da nau dá ao condenado a notícia
da morte de Teresa, que, antes de falecer, se despedira da vida da seguinte
forma: “Adeus, Simão, até à eternidade!” O fidalgo afirma: “Eis-me livre… para
a morte…”.
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