A jovem
subornou os guardas para a deixarem ver o prisioneiro. Logo que Modred
descobriu o que se passara, quis matar Ricardo de imediato, contudo os seus
conselheiros aconselharam-no e convenceram a proceder de forma a que o assassinato
parecesse um acidente. Deste modo, planearam não alimentar o leão da corte
durante alguns dias e, depois, fazer com que, acidentalmente, entrasse na cela
do monarca aprisionado.
Quando a princesa
soube dos planos do pai, contou a Ricardo I e implorou-lhe que fugisse, no
entanto ele recusou e, em alternativa, pediu-lhe quarenta lenços de seda, que
atou àvolta do braço direito.
Quando o
leão entrou na cela, o rei lançou o seu braço protegido à goela do leão e
arrancou-lhe o coração. Deu graças a Deus por o ter protegido durante a luta e,
a seguir, dirigiu-se ao refeitório do rei.
Perante a
corte, Ricardo I atirou o coração do animal para a mesa, agarrou num punhal de
sal, temperou-o e depois comeu-o cru. Foi assim que, de acordo com a lenda,
ganhou o epíteto com que ficou conhecido.
No entanto,
de acordo com a História, talvez seja preferível considerar que o cognome
resultou das proezas e da coragem no campo de batalha, que foram de tal monta
que se criou esse tipo de histórias sobre ele.
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