O Reverendo Papagaio é professor de religião. O seu epíteto deriva o facto de ter passado algum tempo no seminário, onde aprendera a rezar e decorara algumas frases em latim, o que lhe granjeara a reputação de erudito. Vaidoso, faz questão de alardear as suas supostas qualidades, porém, de acordo com a Velha Coruja, era hipócrita e cobarde, visto que tinha muitos comportamentos incorretos que não condiziam com o seu discurso. Além disso, fazia propostas indecentes aos animais do género feminino. É o único bicho que fala “a língua dos homens”.
Por
outro lado, ele vive inúmeras aventuras amorosas, demonstradas pelo filho
ilegítimo que tem com a pomba. Procura seduzir as suas alunas da catequese,
escondendo-se atrás de um eloquente discurso religioso e moralista, o que só
realça o seu caráter falso, hipócrita e dissimulado. Secretamente apaixonado
pela Andorinha, embebeda-se na noite do seu casamento e diverte quem o ouve com
brincadeiras e piadas de mau gosto, de caráter erótico. Deste modo, Jorge Amado
denuncia o comportamento de determinados membros do clero, nomeadamente a
falsidade e a hipocrisia.
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