Fortinbras
marcha à frente do seu exército a caminho da Polónia, perto de Elsinore.
Chegado aí, envia um emissário ao castelo para transmitir os seus cumprimentos
ao rei da Dinamarca e lhe pedir permissão para atravessar as suas terras,
relembrando-lhe o acordo que permitia às suas tropas atravessar território
dinamarquês. No caminho, o emissário encontra Hamlet, Rosencrantz e
Guildenstern a caminho do navio com destino a Inglaterra. Questionado pelo
príncipe, o capitão informa-o que estão a caminho da Polónia sob o comando de Fortinbras
e acrescenta que o território que pretendem conquistar é insignificante e seu
valor. Hamlet evidencia o seu espanto com a possibilidade de se travar uma
guerra sangrenta por algo insignificante, de que se percam vidas humanas por
questões fúteis ou triviais. O enviado despede-se de Hamlet e segue em direção
a Elsinore.
Num
solilóquio, Hamlet reflete que, ao contrário de Fortinbras, ele tem muito a
ganhar com a sua vingança sangrenta contra Cláudio e, não obstante, passa o
tempo a adiar a sua execução. Dito de outra forma, ele falhou até ao momento na
procura de vingança por o seu pai ter sido assassinado, enquanto Fortinbras,
que perdeu igualmente o progenitor, está decidido à guerra por motivos de honra
por causa de um pedaço de terra sem valor. A encerrar este solilóquio,
compromete-se de novo com o ato de que o fantasma o incumbiu.
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