Grupo I
A
1. Elementos que caracterizam Baltasar:
- está de regresso a casa, após longa ausência («Regressou o filho pródigo» - linha 1);
- vem acompanhado de uma mulher, com quem está relacionado sentimentalmente («trouxe mulher» - l. 1);
- vem pobre («se não vem de mãos vazias, é porque uma lhe ficou no ca,po de batalha e a outra segura a mão de Blimunda» - ll. 1-2);
- deficiente / mutilado («uma [mão] lhe ficou no campo de batalha» - ll. 1-2);
- é um ex-soldado («uma lhe ficou no campo de batalha» - ll. 1-2).
2. A reação de Marta Maria é uma reação emocional pautada por sentimentos como os seguintes:
- comoção e aflição ao notar a deficiência: «e era um dó de alma, uma aflição ver sobre o ombro da mulher um ferro torcido..." (ll. 6-7);
- dor: «dividida entre a dor que a mutilação naquele braço" (ll. 16-17);
- sofrimento (manifestado / visível no choro): «ouviu as lágrimas» (l. 18);
- a inquietação e a procura de compreender / saber o modo, as circunstâncias, a autoria da mutilação: «Meu querido filho, como foi, quem te fez isto» (l. 19);
- em suma, é uma reação onde se evidencia o amor, a preocupação, o coração de mãe de Marta Maria.
A reação de João Francisco:
- é menos emotivo, mais sereno do que a mãe;
- opta pelo silêncio: «deu logo pela mutilação, mas dela não falou» (l. 30);
- aconselha resignação: «Paciência» (l. 31);
- aceita a deficiência como algo natural e expectável em quem se envolve numa guerra e corre os riscos que lhe são inerentes: «quem foi à guerra» (l. 31);
- no entanto, a interjeição «Ah (,homem)» parece sugerir uma emotividade logo reprimida.
Em suma, estamos perante reações que se enquadram nos papéis tradicionais característicos da época, associados à figura materna e paterna, aquela emotiva e tipicamente feminina, este contido.
3. Aproximação entre Marta Maria e Blimunda:
- momento: Marta Maria pressentiu a presença de Blimunda, mesmo antes de a ver, e sentiu-se inquieta com a sua existência (a presença de outra mulher) na vida do filho;
- momento: Blimunda afastou-se, possibilitando a privacidade e intimidade daquele momento de reencontro em mãe e filho, após anos de ausência;
- momento: Baltasar apresentou as duas mulheres;
- momento: as duas mulheres agem como se se conhecessem e fossem família há muito tempo («daí a pouco estavam a sogra e a nora a tratar da ceia» - ll. 32-33).
4. O comentário do narrador constitui uma crítica genérica ao comportamento dos filhos, particularizada na atitude de Baltasar, que não informou os pais do seu regresso, da sua deficiência e da sua presença em Lisboa há dois anos, mantendo-os, desta forma, na dúvida e incerteza acerca do seu estado (de saúde ou não, vivo ou não), indiferente à sua dor e sofrimento, sentimentos motivados pela ausência física e ausência de notícias.
A crítica é, pois, dirigida à insensibilidade e crueza de tal comportamento, causador de angústia e sofrimento nos pais, ainda para mais quando envolvidos em situações de risco, como é o caso de Baltasar na guerra.
Consciente dessa falha, Baltasar explica ao pai a batalha, a sua mutilação e os anos de ausência, mas omite-lhe os anos passados em Lisboa, após o regresso a Portugal, há dois anos, pois dessas circunstâncias não os informara e tem consciência da falha que tal atitude comporta e de como magoaria ainda mais os seus pais, deixando-os permanecer na ignorância. Apenas dera notícias há poucas semanas, via carta, quando decidira regressar a casa.
A crítica é, pois, dirigida à insensibilidade e crueza de tal comportamento, causador de angústia e sofrimento nos pais, ainda para mais quando envolvidos em situações de risco, como é o caso de Baltasar na guerra.
Consciente dessa falha, Baltasar explica ao pai a batalha, a sua mutilação e os anos de ausência, mas omite-lhe os anos passados em Lisboa, após o regresso a Portugal, há dois anos, pois dessas circunstâncias não os informara e tem consciência da falha que tal atitude comporta e de como magoaria ainda mais os seus pais, deixando-os permanecer na ignorância. Apenas dera notícias há poucas semanas, via carta, quando decidira regressar a casa.
B
. Introdução
- A poética de Campos liga-se à estética de vanguarda futurista;
- A ligação de Campos à vanguarda futurista concretiza-se na sua segunda fase poética, nomeadamente em poemas como «Ode triunfal»;
- Os movimentos que a evidenciam são o futurismo e o Sensacionismo.
. Desenvolvimento
- Futurismo:
- Corte com o passado e expressão artística do dinamismo e da vida
moderna;
- Apologia da civilização moderna industrial e do seu ritmo, da técnica,
da máquina, da velocidade, do movimento...;
- Atitude escandalosa e chocante (linguagem erótica, evocadora de
traços sadomasoquistas);
- Nova linguagem:
. ritmo torrencial;
. acumulação de recursos estilísticos;
. destruição da sintaxe;
- Medida:
. versos livres e longos;
. versos próximos da prosa e da oralidade.
. ritmo torrencial;
. acumulação de recursos estilísticos;
. destruição da sintaxe;
- Medida:
. versos livres e longos;
. versos próximos da prosa e da oralidade.
- Sensacionismo:
- Procura das sensações;
- Vivência excessiva das sensações («Sentir tudo de todas as maneiras»);
- Atitudes sadomasoquistas.
. Conclusão
Grupo II
Versão 1 Versão 2
1.1. B D
1.2. D A
1.3. B D
1.4. C B
1.5. A C
1.6. C A
1.7. D B
2.1. Complemento direto.
2.2. «(d) as palavras»
2.3. Oração subordinada adverbial concessiva.
1.2. D A
1.3. B D
1.4. C B
1.5. A C
1.6. C A
1.7. D B
2.1. Complemento direto.
2.2. «(d) as palavras»
2.3. Oração subordinada adverbial concessiva.
Grupo III
. Introdução
- Tradicionalmente, homens e mulheres desempenhavam papéis diferentes, eles mais ligados a atividades exteriores e elas a atividades domésticas e familiares;
- Ao longos os tempos esses papéis sofreram alterações;
- Atualmente, a mulher desempenha um papel mais ativo e próximo do masculino em diversas áreas, especialmente no Ocidente.
. Desenvolvimento
- Argumento 1: A mulher lutou pela alteração da sua condição social e atingiu um plano de igualdade em diversos setores, superando o seu papel tradicional, limitado à vida caseira e familiar.
- Exemplo 1: A mulher está no mercado de trabalho como o homem e já ocupa cargos de chefia e poder (embora em menor número) nas empresas, na política, etc., como exemplificam figuras como a sr.ª Merkel (PM da Alemanha) ou Assunção Esteves (presidente da Assembleia da República).
- Argumento 2: O homem adotou uma postura de complementaridade, cooperação e entreajuda relativamente ao novo papel feminino.
- Exemplo 2: A partilha das tarefas domésticas e no crescimento e educação dos filhos entre a mulher e o homem.
- Argumento 3: A mulher possui um estatuto social de maior liberdade e independência ao nível dos comportamentos, da postura e do agir.
. Conclusão
- Exemplo 3: A mulher sai sozinha e convive socialmente, sem necessitar de acompanhamento ou tutela masculina.
- Os papéis tradicionalmente atribuídos a homens e mulheres alteraram-se profundamente;
- A condição masculina e feminina não é, porém, de igualdade absoluta no acesso ao trabalho, no desempenho de cargos de chefia, etc., onde o homem continua a predominar;
- Esta situação ocorre, preferencialmente, no Ocidente, pois noutras zonas do mundo a mulher continua a viver sob o jugo masculino.