sexta-feira, 29 de setembro de 2017
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Protótipos textuais: texto expositivo
4.1. Definição: o texto expositivo tem como objetivo
a análise ou a síntese de ideias, conceitos e teorias; expor, explicar e
informar sobre algo, apresentando problemas e propostas de resolução dos
mesmos, acompanhados, ou não, de justificação.
Esta tipologia textual implica uma
relação de comunicação entre dois agentes: o locutor A faz saber/compreender ao
locutor B o que é um certo dado, através da sua exposição, descrição,
enumeração, analisando-o para explicitar factos, elementos, ideias.
4.2. Géneros
-
manuais da área das ciências naturais (onde abundam textos em que se passa
constantemente da exposição – sucessão de informações com o objetivo de dar a
conhecer algo – à explicação – com o intuito de fazer compreender o porquê do
problema e a sua resolução).
4.3. Características
. verbos com sentido expositivo (“ser”, “ter”,
“consistir”, “haver”, etc.) no presente, pretérito perfeito e futuro do
indicativo, normalmente com valor universal e intemporal;
.
adjetivos e advérbios para descrever, precisar e situar;
.
uso frequente de analogias e comparações;
. enunciação objetiva na terceira pessoa, omitindo as
marcas do sujeito enunciador e estruturas que indicam uma avaliação pessoal
(“na minha opinião”, “julgo”, “creio”, “parece-me que”, etc.), recorrendo antes
a estruturas impessoais (“deve-se”) e passivas;
. léxico especializado: recurso a termos genéricos
(hiperónimos), específicos (hipónimos); definição de seres, objetos, ideias na
sua totalidade (holónimos) ou nas suas partes (merónimos); recurso a
nominalizações e denominações;
. conectores e marcadores que indicam relações de causa
e consequência, de fim e meio, confirmativos e exemplificativos, explicativos e
conclusivos.
Bibliografia:
. Domínios, de Zacarias Nascimento et alii;
. Gramática da Língua Portuguesa, de Clara Amorim;
. Itinerário Gramatical, Olívia Figueiredo e Eunice de
Figueiredo;
. Nova Gramática Didática de Português, Santillana.
Protótipos textuais: texto argumentativo
3.1. Definição: o texto argumentativo é um texto
onde se expressa uma opinião (sobre alguém ou alguma coisa) e se procura
justificar ou refutar essa opinião por meio de argumentos.
A sua intenção
comunicativa é convencer, persuadir
o(s) interlocutor(es), levando-o(s) a aceitar determinado ponto de vista, ideia
ou produto, etc., obtendo assim a sua aprovação, ou refutar uma opinião alheia, estabelecendo relações entre factos,
hipóteses, provas e refutações. Deste modo, pode afirmar-se que um texto
argumentativo se caracteriza, por um lado, pela expressão de uma opinião que,
sendo controversa, suscita uma defesa e abre espaço de contestação e, por outro
lado, pela apresentação de argumentos a favor ou contra uma determinada tese.
3.2. Estrutura
O
texto argumentativo apresenta, geralmente, a seguinte estrutura:
. Tese: apresentação da opinião que se se
pretende defender.
. Premissa(s):
pode(m) ou não estar expressa(s), representando algo que é inequivocamente
aceite.
. Argumentos:
conjunto de provas ou razões que sustentam a tese, que devem ser fidedignas,
autênticas e relevantes. Podem funcionar como argumentos exemplos, ilustrações,
narrações, descrições, estatísticas, comparações, referências históricas, etc.
Normalmente, os argumentos são apresentados de forma gradativa e crescente,
partindo-se dos mais frágeis para os mais fortes e irrefutáveis.
. Conclusão:
é uma demonstração clara da tese defendida.
3.3. Géneros (ou tipos de textos argumentativos)
- discursos políticos
- publicidade
- discursos da imprensa
escrita e falada
- debates
- propaganda política
- discursos religiosos
- interações verbais da
vida quotidiana
- mundo académico
No
contexto social e académico, o protótipo argumentativo exige algum nível de
formalidade e determinadas competências como, por exemplo:
- saber utilizar os
argumentos;
-
distinguir entre um bom argumento e uma falácia (isto é, um falso argumento
como o jogo linguístico, o ataque e a desqualificação pessoais, a manipulação,
etc.);
- usar
argumentos de autoridade;
-
apresentar exemplos adequados e pertinentes;
-
estabelecer paralelismos e analogias.
3.4. Características
As
principais marcas linguísticas são as
seguintes:
. verbos de opinião e crença (“achar”, “julgar”,
“crer”, “dever”, “querer”, “gostar”, “ser preciso”, “concordar”, etc.);
. verbos declarativos (“afirmar”, “considerar”,
“declarar”, etc.);
. verbos que indicam uma relação entre a causa e o
efeito (“causar”, “motivar”, “originar”, “provocar”, “ocasionar”, etc.);
. uso frequente do verbo “ser” ou equivalente na
elaboração da tese;
. predomínio do presente, pretérito perfeito e futuro
do indicativo com valor universal;
. frases declarativas e interrogativas;
. marcadores e conectores discursivos com valores
diversos: aditivo (“mais”, “além disso”), exemplificativo / confirmativo (“por
exemplo”, “com efeito”), contrastivo (“mas”, “no entanto”, embora”),
explicativo e conclusivo (“porque”, “pois”, “com efeito”, “por conseguinte”);
. marcas linguísticas que expressam um ponto de vista.
Bibliografia:
. Domínios, de Zacarias Nascimento et alii;
. Gramática da Língua Portuguesa, de Clara Amorim;
. Itinerário Gramatical, Olívia Figueiredo e Eunice de
Figueiredo;
. Nova Gramática Didática de Português, Santillana.
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Autárquicas 2017: os leirienses agradecem, mas poderia ser com vírgula?
Ó Fernando Costa, quando se faz uso do vocativo, deve isolar-se com uma virguleca. Entendeu, Fernando?
Dê uma espreitadela aqui: vocativo.
Autárquicas 2017: muito tempo na roliça, falta tempo para ir À escola
A língua portuguesa é tratada aos pontapés por todo o lado no dia a dia.
Neste caso, verifica-se um dos erros mais comuns: a acentuação errada de "à". Ora, tratando-se da contração da preposição "a" com o determinante artigo definido "a", a palavra recebe um acento GRAVE e não agudo: à. Aliás, o uso do acento grave, hoje, na língua portuguesa, está limitado aos casos de contrações.
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