A
Andorinha Sinhá é uma jovem risonha (“ria para todos”), alegre, destemida e
aventureira, gentil, bondosa, que adora conversar e manter boas relações com
todos os restantes animais. Levava uma existência tranquila até conhecer o Gato
Malhado, de quem já ouvira falar de forma muito negativa, tendo até sido
proibida de chegar junto dele. Como era atrevida e um pouco «louca» e apesar de
ser obediente, viu-o como um desafio (duvidava das histórias que ouvira sobre
ele) e a proibição só fez com que a vontade de o conhecer aumentasse, até
porque gostava que a convencessem das coisas com argumentos credíveis.
Aprende
a cantar com o Rouxinol, o seu prometido, mas, depois de conhecer o Gato
(passava horas, escondida no ramo de uma árvore, a observá-lo) e contra todas
as convenções, nomeadamente a lei das gaivotas, que a proibia de casar com o
felino, dado que eram inimigos, apaixona-se e namora com ele durante a
primavera e o verão, apesar de ter consciência de que esse amor nunca se
poderia concretizar. Quando é «obrigada» a tomar uma decisão, não contraria a
lei a que está sujeita, renuncia ao amor pelo Gato e casa com o Rouxinol.
Fisicamente,
era uma andorinha muito jovem e bela, pelo que era desejada para casar por
todos os pássaros solteiros (“não havia pássaro em idade casadoira que não
suspirasse.”).