A Stora hoje falou
De um trabalho interessante!
Toda a malta concordou
Em levar a ideia avante!
Ninguém sabia o que escolher,
Se a prosa ou a poesia
Eu comecei logo a escrever
Para não ficar de cabeça vazia.
Fiquei tão entusiasmada,
Que me pus a imaginar
O lindo conto de fada
Que eu iria inventar.
Fadas não, já não se usam,
Essa moda já lá vai!
«Os escritores até abusam»,
Como diz sempre o meu pai.
«Em busca de um tesouro?»
«O polícia e o ladrão?»
«A aventura de um mouro?»
Mas que falta de imaginação!
Oh! Mas que grande problema!
Escrevo e volto a apagar,
Risco a folham, mudo o tema
E não saio do lugar!
Uma aventura quero escrever,
Mas não há meio de conseguir!
Já não sei o que fazer,
Pois nem consigo dormir...
Depois de muito tentar,
Escrevi algumas linhas,
Já comecei a assentar,
Tive ideias bem girinhas!
Mostrei à minha Stora,
Mas ela franziu a testa...
Sorriu e apenas disse: «Ó Cassidy,
Nunca vi uma história igual a esta!
Uma história no cemitério...
Vê se tenho ou não razão:
Não tem muito mistério
E dá uma grande confusão!»
Fiquei um pouco aborrecida,
Mas acabei por concordar
Que a história era descabida
Para num concurso entrar.
Mas se pensa que desisti,
Vai ficar enganada!
Fui para casa, mas nem dormi,
Fiquei a pensar, deitada...
E logo de manhãzinha,
Mal o sol apareceu,
Levantei-me da caminha,
E «Ao trabalho!», pensei eu.
Na cabeça, estava tudo certo
O pior foi escrever!
Tinha o dicionário perto,
Mas não estava a entender!
Dei tanta volta ao dicionário,
Que já estava aborrecida...
É útil, não digo o contrário,
Mas não fico esclarecida!
Cada palavra tem uma dezena
Ou mais de significados!
Mesmo até a mais pequena
Me dá imenso trabalho!
Está na hora da Escola
E a história por acabar...
Eu bem puxo pela «tola»,
Para conseguir entregar!
Penso a andar, até a rir,
Penso e volto a pensar...
Eu sei que vou conseguir
Custe lá o que custar!
Os colegas, no intervalo,
Só me andam a chatear...
Eu com eles não me ralo,
Tenho é de me concentrar!
«Eureka!... Consegui!...»
Gritei na aula de Ciências.
Claro que não me apercebi
Quais seriam as consequências.
Agora estou bem segura,
Mas demorei a perceber
Que é uma grande aventura
Aprender a escrever!...
Despeço-me com carinho
E com uma sugestão:
Nas férias lê um livrinho
E verás a emoção!
CASSIDY (Paula Cristina, 7.º B, n.º 11)
De um trabalho interessante!
Toda a malta concordou
Em levar a ideia avante!
Ninguém sabia o que escolher,
Se a prosa ou a poesia
Eu comecei logo a escrever
Para não ficar de cabeça vazia.
Fiquei tão entusiasmada,
Que me pus a imaginar
O lindo conto de fada
Que eu iria inventar.
Fadas não, já não se usam,
Essa moda já lá vai!
«Os escritores até abusam»,
Como diz sempre o meu pai.
«Em busca de um tesouro?»
«O polícia e o ladrão?»
«A aventura de um mouro?»
Mas que falta de imaginação!
Oh! Mas que grande problema!
Escrevo e volto a apagar,
Risco a folham, mudo o tema
E não saio do lugar!
Uma aventura quero escrever,
Mas não há meio de conseguir!
Já não sei o que fazer,
Pois nem consigo dormir...
Depois de muito tentar,
Escrevi algumas linhas,
Já comecei a assentar,
Tive ideias bem girinhas!
Mostrei à minha Stora,
Mas ela franziu a testa...
Sorriu e apenas disse: «Ó Cassidy,
Nunca vi uma história igual a esta!
Uma história no cemitério...
Vê se tenho ou não razão:
Não tem muito mistério
E dá uma grande confusão!»
Fiquei um pouco aborrecida,
Mas acabei por concordar
Que a história era descabida
Para num concurso entrar.
Mas se pensa que desisti,
Vai ficar enganada!
Fui para casa, mas nem dormi,
Fiquei a pensar, deitada...
E logo de manhãzinha,
Mal o sol apareceu,
Levantei-me da caminha,
E «Ao trabalho!», pensei eu.
Na cabeça, estava tudo certo
O pior foi escrever!
Tinha o dicionário perto,
Mas não estava a entender!
Dei tanta volta ao dicionário,
Que já estava aborrecida...
É útil, não digo o contrário,
Mas não fico esclarecida!
Cada palavra tem uma dezena
Ou mais de significados!
Mesmo até a mais pequena
Me dá imenso trabalho!
Está na hora da Escola
E a história por acabar...
Eu bem puxo pela «tola»,
Para conseguir entregar!
Penso a andar, até a rir,
Penso e volto a pensar...
Eu sei que vou conseguir
Custe lá o que custar!
Os colegas, no intervalo,
Só me andam a chatear...
Eu com eles não me ralo,
Tenho é de me concentrar!
«Eureka!... Consegui!...»
Gritei na aula de Ciências.
Claro que não me apercebi
Quais seriam as consequências.
Agora estou bem segura,
Mas demorei a perceber
Que é uma grande aventura
Aprender a escrever!...
Despeço-me com carinho
E com uma sugestão:
Nas férias lê um livrinho
E verás a emoção!
CASSIDY (Paula Cristina, 7.º B, n.º 11)