Português

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Educação Física pré...

Autarquia deixa de transportar alunos que vivam a menos de 2,5 km da escola

Câmara de Salvaterra de Magos corta nos transportes escolares


     Medida afecta crianças do pré-escolar e do primeiro ciclo. Município justifica com as restrições orçamentais que são impostas às câmaras municipais pela administração central.

     Sofia tem oito anos e vai frequentar o terceiro ano da escola primária do Estanqueiro, em Foros de Salvaterra, concelho de Salvaterra de Magos. A partir do próximo ano lectivo, que se inicia a 13 de Setembro, Sofia e todas as crianças que vivam a menos de 2,5 km do estabelecimento de ensino que frequentam deixam de ter direito a utilizar os transportes escolares que a câmara municipal disponibilizava a todas as crianças do primeiro ciclo e pré-escolar.

     A informação foi dada pela autarquia através de uma carta que os encarregados de educação receberam em casa. A missiva, assinada pela vereadora da Educação, Margarida Pombeiro (BE), informa que devido às “restrições orçamentais que, actualmente, são impostas às câmaras municipais pela administração central, e os impactos que os mesmos provocam ao nível da capacidade de concretização das políticas locais não é possível conceder o transporte solicitado” pelos encarregados de educação.

     A presidente da autarquia, Ana Cristina Ribeiro (BE), disse que o município estava a gastar “milhares de euros” em transportes escolares e que, devido aos cortes orçamentais, tiveram que tomar medidas. “A lei obriga as câmaras a transportar apenas as crianças que residem a mais de quatro quilómetros de distância da escola no primeiro ciclo e no pré-escolar não existe essa obrigatoriedade. Apesar da lei, nós transportávamos até as crianças que moravam perto das escolas, tanto do primeiro ciclo como do pré-escolar. Com os cortes orçamentais que sofremos tivemos que tomar medidas. Para não haver injustiças nem tratamento desigual optamos por traçar uma distância, 2,5 km, que continua a ser acima do que a lei nos obriga”, explicou a autarca.

     Os pais das crianças é que não estão satisfeitos com a situação uma vez que muitos não têm como levar os filhos à escola. “Tenho que sair de casa antes das oito da manhã para ir trabalhar e o meu marido também e não temos como levar a nossa filha à escola. Vou deixar a minha filha ir e vir sozinha? No Inverno, com chuva, frio e os dias mais pequenos, como é que vai ser?”, interroga-se Maria Costa, mãe de Sofia.

     Também José Pereira, de Glória do Ribatejo, se debate com o mesmo problema. Como vivem a cerca de 1300 metros da escola deixam de ter direito a transporte escolar. “Não tenho como levar o meu filho para a escola porque saio cedo de casa e a minha mulher também. Quando eu andava na escola era diferente porque não circulavam tantos automóveis como hoje. Fico preocupado porque é perigoso os miúdos irem para a escola sozinhos. No Inverno têm que se levantar mais cedo, faz frio e tenho receio que o meu filho, e outros, fiquem sem vontade de ir para a escola”, refere o encarregado de educação.


     Acrescento meu: quanto tempo demoram crianças de seis anos a percorrer, a pé, 2, 5 quilómetros?
     Se percorrerem cada km, em média, em 15 minutos, levarão cerca de 40 a fazer o trajecto, o que implica cerca de 1 hora e 20 minutos por dia.
     Do mal o menos, pois, se a medida seguisse a lei - lembremos que remete para uma distância de 4 quilómetros -, estaríamos a falar de duas horas de caminho.
     Mas o problema central nem é o tempo gasto no caminho, é o facto de ser feito por crianças de 5, 6, 7 e 8 anos de idade (dar como exemplo o pré-escolar nem vale a pena, de tão ridículo). Isto sem falar nos demais perigos que espreitam e a que os pais ouvidos aludiram.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Material

. Manual: Entre Margens.

. Gramáticas:
          » Gramática Formativa, de Luísa Oliveira e Leonor Sardinha (Didáctica Editora);
          » Gramática Prática de Português, de Olga Azeredo (Lisboa Editora).

. Obras de leitura integral:
          » Felizmente há Luar!;
          » Memorial do Convento, de José Saramago.

. Outras obras:
          » Mensagem, de Fernando Pessoa;
          » Os Lusíadas, de Luís de Camões.

. Sítios:
          » Ciberdúvidas da Língua Portuguesa;
          » http://www.a-gramatica.blogspot.com/;
          » http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com/.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Programa

. Unidade 1

-----» Leitura:
---------------- Textos informativos diversos;
---------------- Fernando Pessoa ortónimo e heterónimos.

-----» Compreensão oral:
---------------- Registos áudio e audiovisuais diversos.

-----» Expressão oral: Exposição.

-----» Expressão escrita: Textos de reflexão.

-----» Funcionamento da língua:
---------------- Texto;
---------------- Tipologia textual;
---------------- Consolidação dos conteúdos do 10.º e 11.º anos.



. Unidade 2

-----» Leitura:
---------------- Textos informativos diversos;
---------------- Os Lusíadas (Luís de Camões) e Mensagem (Fernando Pessoa).

-----» Compreensão oral:
---------------- Documentários;
---------------- Excertos de filmes;
---------------- Registos áudio e audiovisuais.

-----» Expressão oral:
---------------- Exposição oral;
---------------- Recitação;
---------------- Dramatização.

-----» Expressão escrita: Textos de reflexão.

-----» Funcionamento da língua: idem (1.ª unidade).



. Unidade 3

-----» Leitura:
---------------- Textos informativos diversos;
---------------- Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro.

-----» Compreensão oral:
---------------- Documentários sobre a Ditadura;
---------------- Canções de Resistência.

-----» Expressão oral: Debate.

-----» Expressão escrita: Dissertação.

-----» Funcionamento da língua: idem.



. Unidade 4

-----» Leitura:
---------------- Textos informativos diversos;
---------------- Memorial do Convento, de José Saramago.

-----» Compreensão oral:
---------------- Entrevista;
---------------- Debate.

-----» Expressão oral:
---------------- Exposição;
---------------- Debate.

-----» Expressão escrita: Dissertação.

-----» Funcionamento da língua: Idem.

sábado, 28 de agosto de 2010

Escrever é uma aventura

                                                A Stora hoje falou
                                                De um trabalho interessante!
                                                Toda a malta concordou
                                                Em levar a ideia avante!

                                                Ninguém sabia o que escolher,
                                                Se a prosa ou a poesia
                                                Eu comecei logo a escrever
                                                Para não ficar de cabeça vazia.

                                                Fiquei tão entusiasmada,
                                                Que me pus a imaginar
                                                O lindo conto de fada
                                                Que eu iria inventar.

                                                Fadas não, já não se usam,
                                                Essa moda já lá vai!
                                                «Os escritores até abusam»,
                                                Como diz sempre o meu pai.

                                                «Em busca de um tesouro?»
                                                «O polícia e o ladrão?»
                                                «A aventura de um mouro?»
                                                Mas que falta de imaginação!

                                                Oh! Mas que grande problema!
                                                Escrevo e volto a apagar,
                                                Risco a folham, mudo o tema
                                                E não saio do lugar!

                                                Uma aventura quero escrever,
                                                Mas não há meio de conseguir!
                                                Já não sei o que fazer,
                                                Pois nem consigo dormir...

                                                Depois de muito tentar,
                                                Escrevi algumas linhas,
                                                Já comecei a assentar,
                                                Tive ideias bem girinhas!

                                                Mostrei à minha Stora,
                                                Mas ela franziu a testa...
                                                Sorriu e apenas disse: «Ó Cassidy,
                                                Nunca vi uma história igual a esta!

                                                Uma história no cemitério...
                                                Vê se tenho ou não razão:
                                                Não tem muito mistério
                                                E dá uma grande confusão!»

                                                Fiquei um pouco aborrecida,
                                                Mas acabei por concordar
                                                Que a história era descabida
                                                Para num concurso entrar.

                                                Mas se pensa que desisti,
                                                Vai ficar enganada!
                                                Fui para casa, mas nem dormi,
                                                Fiquei a pensar, deitada...

                                                E logo de manhãzinha,
                                                Mal o sol apareceu,
                                                Levantei-me da caminha,
                                                E «Ao trabalho!», pensei eu.

                                                Na cabeça, estava tudo certo
                                                O pior foi escrever!
                                                Tinha o dicionário perto,
                                                Mas não estava a entender!

                                                Dei tanta volta ao dicionário,
                                                Que já estava aborrecida...
                                                É útil, não digo o contrário,
                                                Mas não fico esclarecida!

                                                Cada palavra tem uma dezena
                                                Ou mais de significados!
                                                Mesmo até a mais pequena
                                                Me dá imenso trabalho!

                                                Está na hora da Escola
                                                E a história por acabar...
                                                Eu bem puxo pela «tola»,
                                                Para conseguir entregar!

                                                Penso a andar, até a rir,
                                                Penso e volto a pensar...
                                                Eu sei que vou conseguir
                                                Custe lá o que custar!

                                                Os colegas, no intervalo,
                                                Só me andam a chatear...
                                                Eu com eles não me ralo,
                                                Tenho é de me concentrar!

                                                «Eureka!... Consegui!...»
                                                Gritei na aula de Ciências.
                                                Claro que não me apercebi
                                                Quais seriam as consequências.

                                                Agora estou bem segura,
                                                Mas demorei a perceber
                                                Que é uma grande aventura
                                                Aprender a escrever!...

                                                Despeço-me com carinho
                                                E com uma sugestão:
                                                Nas férias lê um livrinho
                                                E verás a emoção!

                                                                            CASSIDY (Paula Cristina, 7.º B, n.º 11)
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