Sexta-feira, 27 de janeiro, Jornal da Noite da SIC, RODAPÉ: um exemplo de profissionalismo, dedicação e bom jornalismo.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Estrutura interna de Frei Luís de Sousa
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
H. I. 4. Competência discursiva e textual
1. Competência discursiva e textual.
2. Estratégia discursiva.
3. Adequação discursiva: oralidade e escrita.
4. Registo formal e informal e formas de tratamento.
5. Marcadores e conetores discursivos.
2. Estratégia discursiva.
3. Adequação discursiva: oralidade e escrita.
4. Registo formal e informal e formas de tratamento.
5. Marcadores e conetores discursivos.
Marcadores discursivos
- Um texto / discurso não é uma soma arbitrária de palavras ou frases, mas um todo coeso, coerente e estruturado, isto é, um conjunto de elementos interligados de acordo com uma sequência e com as regras gramaticais da língua portuguesa.
- Os marcadores discursivos contribuem para a coesão de um texto (oral ou escrito).
- Englobam diversos elementos linguísticos.
- Não desempenham qualquer função sintática na frase..
- Permitem estabelecer conexões entre enunciados, de modo a construir um discurso coeso e coerente.
- Fazem parte dos marcadores discursivos os conetores, que englobam elementos linguísticos pertencentes a diferentes classes de palavras (conjunções, advérbios ou interjeições).
- Em síntese, são os seguintes os principais marcadores discursivos:
Marcadores discursivos
Os marcadores
discursivos são unidades linguísticas invariáveis que permitem estabelecer
conexões entre enunciados, de modo a construir um discurso coeso e coerente.
Designação
|
Função
|
Marcadores
discursivos
|
Estruturação da informação
|
ordenar a
informação
|
por um lado, por
outro lado, em primeiro lugar, após, antes, depois, em seguida, seguidamente,
até que, por último, para concluir…
|
Reformuladores
|
reformular o
discurso, explicando-o ou retificando-o
|
ou seja, isto é,
quer dizer, por outras palavras, quer dizer, ou melhor, dizendo melhor, ou
antes, como se pode ver, é o caso de, como vimos, quer isto dizer, significa
isto que, não se pense que, pelo que referi anteriormente
|
Operadores discursivos
|
reforçar e
concretizar ideias
|
de facto, na
verdade, na realidade, com efeito, por exemplo, efetivamente, note-se que,
atente-se em, repare-se, veja-se, mais concretamente, é evidente que, a meu
ver, estou em crer que, em nosso entender, certamente, decerto, com toda a
certeza, naturalmente, evidentemente, com isto (não), pretendemos, por outras
palavras, ou melhor, ou seja, em resumo, em suma
|
Marcadores conversacionais ou fáticos
|
gerir a relação
entre os interlocutores
|
ouve, olha, presta
atenção
|
Conetores / Articuladores do discurso
Os conetores ou
articuladores têm como função articular, conectar, ligar grupos de palavras;
unir frases simples, formando frases complexas; estabelecer nexos lógicos entre
períodos e parágrafos, de modo a construir textos coesos e coerentes.
Os conectores podem
ser classificados com funcionalidades lógicas distintas, de acordo com o contexto
de uso.
Designação
|
Função
|
Articuladores /
Conetores do discurso
|
Aditivos
|
agrupar, adicionar
ideias, segmentos, sequências, informação
|
e, nem (negativa),
bem como, não só… mas também, além disso, mais ainda, igualmente, ainda
|
Alternativos / Exclusão
|
apresentar opções,
alternativas
|
ou, ou… ou, ora…
ora, seja… seja, alternativamente, em alternativa, opcionalmente
|
Contrastivos
|
indicar uma
oposição, um contraste
|
mas, porém, todavia,
contudo, no entanto, contrariamente, pelo contrário
|
Concessivos
|
negar o efeito, a
conclusão
exprimir uma
concessão
|
embora, ainda que,
mesmo que, conquanto, apesar de, malgrado, não obstante, mesmo assim, ainda
assim
|
Temporais
|
exprimir relações
de tempo entre os segmentos do texto / discurso
|
quando, mal, assim
que, logo que, enquanto, entretanto, depois que, desde que, antes de, mais
tarde, ao mesmo tempo
|
Finais
|
traduzir o fim, a
intenção, o objetivo
|
para (que), a fim
de, a fim de que, de modo / forma a, com o objetivo de
|
Comparativos
|
exprimir uma
comparação
|
como, tal como,
assim como, bem como, também, mais / menos do que
|
Causais
|
exprimir a causa,
a razão
|
porque, visto que,
dado que, como, uma vez que, já que
|
Condicionais
|
introduzir
hipóteses ou condições
|
se, caso, desde que,
a não ser que, contanto que
|
Consecutivos
|
exprimir a ideia
de consequência, resultado, efeito
|
por isso, daí que,
de tal forma… que, tanto… que, tal… que, tão… que
|
Conclusivas
|
expressar uma
conclusão, uma inferência (dedução lógica a partir do já exposto)
|
portanto, assim,
logo, por conseguinte, concluindo, para concluir, em conclusão, em
consequência, daí, então, deste modo, por isso, por este motivo
|
Completivos
|
completar o
sentido do núcleo do grupo verbal
|
que, se, para
|
Confirmativos ou exemplificativos
|
documentar
exemplificar
|
por exemplo, a
ilustrar, documentando, exemplificando
|
- Outros valores são expressos, por exemplo, pelas conjunções (porque introduz um valor de causa, etc.).
- Pelos exemplos apresentados no quadro acima, não só preposições, conjunções, advérbios e expressões que lhes sejam equivalentes desempenham a função de conetores do discurso. De facto, também os adjetivos numerais (primeiro, segundo, terceiro, etc.) e as formas verbais não finitas - gerundivas (sintetizando, prosseguindo, concluindo, recapitulando, etc.) ou infinitivas antecedidas de preposição (para começar, para concluir, a seguir, a encerrar, etc.) - podem funcionar como tal.
Processos fonológicos
As modificações sofridas pelos fonemas em início, no meio ou no fim da palavra designam-se processos fonológicos e são as responsáveis pelas mudanças linguísticas, logo pela evolução da língua.
Os processos fonológicos são de diversos tipos:
1. Processos fonológicos por inserção de segmentos: adição de um segmento a uma palavra.
1.1. No início da palavra - prótese
. speculu > espelho
. mostrare > mostrar > amostrar
1.2. No meio da palavra - epêntese
. humile > humilde
. umeru > umbro
1.3. No final da palavra - paragoge
. ante > antes
2. Processos fonológicos por supressão de segmentos: supressão de um segmento na
articulação de uma palavra
2.1. No início da palavra - aférese
. atonitu > tonto
. inamorare > namorar
2.2. No meio da palavra - síncope
. generu > genro
. veritate > verdade
2.3. No final da palavra - apócope
. crudele > cruel
. cruce > cruz
Na formação de novas palavras, pode ocorrer a supressão (haplologia) quando, da junção da forma de base e do sufixo, resultam duas sílabas contíguas, iguais ou similares:
. bondad(e) + oso ® bondoso [em vez da forma bondadoso]
. trágico + cómico ® tragicómico [em vez da forma tragicocómico]
Ocorre também o processo de apócope quando existe truncação: cine por cinema; prof por professor.
3. Processos fonológicos por alteração de segmentos: é a mudança sofrida por alguns fonemas em resultado da influência de outros fonemas que lhe estão próximos.
3.1. Assimilação: um som torna-se igual ou assemelha-se a outro que lhe é vizinho.
. Assimilação total:
- nostru > nosso - o /s/ assimilou o /t/ [chama-se assimilação
progressiva porque ocorre da esquerda para a direita]
- ipse > esse [chama-se assimilação regressiva porque ocorre da direita para
a esquerda]
. Assimilação parcial:
- chamam-lo > chamam-no - o /m/ tornou o /l/ também som nasal.
3.2. Dissimilação: um som diferencia-se de outro igual ou com o qual se assemelha:
. liliu > lírio
. calamellu > caramelo
3.3. Nasalização: uma vogal oral adquire nasalidade por influência de outro som nasal
seu vizinho:
. fine > fim
. manu > mãnu > mão
. lana > lãa > lã
3.4. Desnasalização: um som vocálico nasal perde a sua nasalidade:
. corona > corõa > coroa
. bona > bõa > boa
3.5. Vocalização: um som consonântico transforma-se num som vocal:
. octo > oito
. regnu > reino
3.6. Consonantização: um som vocálico ou semi-vocálico transforma-se num som
consonântico:
. Iesus > Jesus
. iam > já
3.7. Ditongação: uma vogal ou um hiato originam um ditongo:
. arena > area > areia
. amant > amam
3.8. Crase: contração ou fusão de duas vogais numa só:
. legere > leger > leer > ler
. a + a > à
3.9. Sonorização: transformação de uma consoante surda em sonora:
. secretu > segredo
. maritu > marido
3.10. Palatalização: transformação de um ou mais fonemas numa consoante
palatal:
. pl > ch: pluvia > chuva
. fl > ch: inflare > inchar
. li > lh: filiu > filho
. di > j: hodie > hoje
. ni > nh: ingeniu > engenho
3.11. Metátese: permuta de um som ou sílaba no interior de uma palavra:
. semper > sempre
. merulu > melro
. capiu > caibo
3.12. Redução vocálica: enfraquecimento de uma vogal em posição átona:
. bolo > bolinho
. medo > medroso
. mata > matagal
1. Processos fonológicos por inserção de segmentos: adição de um segmento a uma palavra.
1.1. No início da palavra - prótese
. speculu > espelho
. mostrare > mostrar > amostrar
1.2. No meio da palavra - epêntese
. humile > humilde
. umeru > umbro
1.3. No final da palavra - paragoge
. ante > antes
2. Processos fonológicos por supressão de segmentos: supressão de um segmento na
articulação de uma palavra
2.1. No início da palavra - aférese
. atonitu > tonto
. inamorare > namorar
2.2. No meio da palavra - síncope
. generu > genro
. veritate > verdade
2.3. No final da palavra - apócope
. crudele > cruel
. cruce > cruz
Na formação de novas palavras, pode ocorrer a supressão (haplologia) quando, da junção da forma de base e do sufixo, resultam duas sílabas contíguas, iguais ou similares:
. bondad(e) + oso ® bondoso [em vez da forma bondadoso]
. trágico + cómico ® tragicómico [em vez da forma tragicocómico]
Ocorre também o processo de apócope quando existe truncação: cine por cinema; prof por professor.
3. Processos fonológicos por alteração de segmentos: é a mudança sofrida por alguns fonemas em resultado da influência de outros fonemas que lhe estão próximos.
3.1. Assimilação: um som torna-se igual ou assemelha-se a outro que lhe é vizinho.
. Assimilação total:
- nostru > nosso - o /s/ assimilou o /t/ [chama-se assimilação
progressiva porque ocorre da esquerda para a direita]
- ipse > esse [chama-se assimilação regressiva porque ocorre da direita para
a esquerda]
. Assimilação parcial:
- chamam-lo > chamam-no - o /m/ tornou o /l/ também som nasal.
3.2. Dissimilação: um som diferencia-se de outro igual ou com o qual se assemelha:
. liliu > lírio
. calamellu > caramelo
3.3. Nasalização: uma vogal oral adquire nasalidade por influência de outro som nasal
seu vizinho:
. fine > fim
. manu > mãnu > mão
. lana > lãa > lã
3.4. Desnasalização: um som vocálico nasal perde a sua nasalidade:
. corona > corõa > coroa
. bona > bõa > boa
3.5. Vocalização: um som consonântico transforma-se num som vocal:
. octo > oito
. regnu > reino
3.6. Consonantização: um som vocálico ou semi-vocálico transforma-se num som
consonântico:
. Iesus > Jesus
. iam > já
3.7. Ditongação: uma vogal ou um hiato originam um ditongo:
. arena > area > areia
. amant > amam
3.8. Crase: contração ou fusão de duas vogais numa só:
. legere > leger > leer > ler
. a + a > à
3.9. Sonorização: transformação de uma consoante surda em sonora:
. secretu > segredo
. maritu > marido
3.10. Palatalização: transformação de um ou mais fonemas numa consoante
palatal:
. pl > ch: pluvia > chuva
. fl > ch: inflare > inchar
. li > lh: filiu > filho
. di > j: hodie > hoje
. ni > nh: ingeniu > engenho
3.11. Metátese: permuta de um som ou sílaba no interior de uma palavra:
. semper > sempre
. merulu > melro
. capiu > caibo
3.12. Redução vocálica: enfraquecimento de uma vogal em posição átona:
. bolo > bolinho
. medo > medroso
. mata > matagal
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