Mond é um dos dez controladores mundiais,
presentemente o Controlador Mundial Residente da Europa Ocidental. Ele já foi
um jovem cientista ambicioso que realizou pesquisas ilícitas. Quando o seu
trabalho foi descoberto, foi-lhe dada a opção de se exilar ou de treinar para
se tornar um Controlador Mundial. Acabou por escolher desistir da ciência e atualmente
censura descobertas científicas e exila as pessoas por crenças não-ortodoxas.
Por outro lado, mantém uma coleção
de literatura proibida no seu cofre, incluindo Shakespeare e escritos
religiosos. O nome Mond significa "mundo", e Mond é realmente a
personagem mais poderoso do mundo deste romance.
De facto, é o proponente mais
poderoso e inteligente do Estado Mundial. No início do romance, é a sua voz que
explica a história do Estado Mundial e a filosofia em que se baseia. Mais à
frente na obra, é o seu diálogo com John que expõe a diferença fundamental de
valores entre a sociedade do Estado Mundial e o tipo de sociedade representada
nas peças de Shakespeare.
Mustapha Mond é uma figura paradoxal. Ele lê Shakespeare e a
Bíblia e costumava ser um cientista de mente independente, mas também censura
novas ideias e controla um estado totalitário. Para Mond, os objetivos finais
da humanidade são a estabilidade e a felicidade, em oposição a emoções,
relações humanas e expressão individual. Ao combinar um firme compromisso com
os valores do Estado Mundial com uma compreensão diferenciada da sua história e
função, esta personagem representa um formidável oponente para John, Bernard e
Helmholtz.
Sem comentários :
Enviar um comentário