O diretor, caído em desgraça,
renuncia, e Bernard consegue manter o seu emprego. John, conhecido como "o
selvagem", torna-se um hit instantâneo da sociedade. Linda toma
soma continuamente e cai num estado de intoxicação que oscila entre o meio
acordada e meio a dormir. Bernard experimenta uma popularidade sem precedentes
como guardião nomeado de John e gaba-se da sua próspera vida sexual para
Helmholtz, mas este responde apenas com um silêncio sombrio que o ofende.
Bernard decide então parar de falar com ele. Descaradamente, desfila o seu
comportamento pouco ortodoxo, pensando que a sua popularidade como descobridor
e guardião do Selvagem o protegerá. Escreve a Mond para lhe dizer que John acha
a "infantilidade civilizada" muito fácil e acrescenta que concorda
com o veredito do Selvagem. Mond, ao ler a carta herética, pensa que talvez
tenha de ensinar uma lição a Bernard.
A visão de dezenas de gémeos
idênticos numa fábrica enoja John. Com uma ironia amarga, ele repete a frase de
Shakespeare: "Ó corajoso mundo novo que tem tantas pessoas nele". Recusa-se
a aceitar soma e visita a mãe com frequência. Visita também Eton, onde as
crianças Alfa se riem de um filme de "selvagens" espancando-se com
chicotes numa Reserva.
Lenina gosta de John, mas não sabe
se ele gosta dela. Leva-o a uma sessão de cinema sensorial, para ver um filme
intitulado Três Semanas num Helicóptero, que conta a história de um
homem negro que sequestra uma mulher loira Beta-Mais para seu próprio prazer.
John odeia o filme, mas isso revigora a sua paixão por Lenina. A sua vergonha
por causa do desejo físico que sente pela rapariga domina-o. Para perplexidade
desta, ele recusa fazer sexo com ela. Tranca-se no quarto e lê o Otelo
de Shakespeare, enquanto Lenina volta para o seu e toma soma.
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