PERORAÇÃO
■ Última
advertência aos peixes: a sua exclusão dos sacrifícios consagrados a Deus.
§ Razões: nos sacrifícios rituais, só podem ser sacrificados animais
vivos e os peixes chegariam mortos ao altar, «... e cousa morta não quer Deus
que se lhe ofereça, nem chegue aos seus altares...».
§ Comparação peixes / homens: tal como os peixes os homens chegam ao
altar mortos, ou seja, em pecado mortal → crítica aos cristãos,
acusados de desrespeitarem Deus.
§ Lado positivo da questão: «... melhor é não chegar ao sacrifício,
que chegar morto...».
■ Autocrítica: auto-retrato do Padre Vieira como pecador
↓
§ Melhor fora ser como os
peixes e não tomar Deus nas suas mãos, no altar, porque não consegue cumprir
verdadeiramente a sua missão de pregador.
§ Exemplo dos peixes:
Eu
. «falo»
. «lembro-me»
. «discorro»
. «quero»
↓
não cumpre a missão que Deus lhe confiou, que é
servir a Deus
|
Peixes
. não ofendem a Deus com
palavras
. nem com a memória
. nem com o entendimento
. nem com a vontade
↓
cumprem o destino que Deus lhes reservou, que é
servir o Homem
|
ß
Conclusão → a condição irracional dos
peixes é preferível à sua racionalidade.
■ Hino de louvor a Deus: «Louvai, peixes, a Deus, os grandes e os
pequenos...»
↓
‑ «porque vos criou em
tanto número
‑ que vos distinguiu em
tantas espécies;
‑ que vos vestiu de tanta
variedade e formosura;
‑ que vos habilitou de
todos os instrumentos necessários para a vida;
‑ que vos deu um elemento
tão largo e tão puro;
‑ que, vindo
a este mundo, viveu entre nós, e chamou para si aqueles que convosco e de vós
viviam;
‑ que vos sustenta;
‑ que vos
conserva;
‑ que vos
multiplica;
‑ enfim,
servindo e sustentando ao homem, que é o fim para que vos criou.»
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