Resumo
Como prólogo da peça, o Coro
entra. Num soneto de catorze linhas, o Coro descreve duas famílias nobres
(chamadas “casas”) na cidade de Verona. As casas mantêm um "rancor
antigo" (Prólogo.2) uma contra a outra, que continua a ser uma fonte de
conflito violento e sangrento. O Coro afirma que dessas duas casas aparecerão
dois amantes “cruzados de estrelas” (Prólogo.6). Esses amantes vão consertar a disputa
entre as suas famílias, morrendo. A história desses dois amantes e o terrível
conflito entre as suas famílias será o tema desta peça.
Análise
Este discurso de abertura do Coro
serve como uma introdução a Romeu e Julieta. Recebemos informações sobre
o local da peça e algumas informações básicas sobre as suas personagens
principais.
A função óbvia do prólogo
como introdução à Verona de Romeu e Julieta pode obscurecer a sua função
mais profunda e importante. De facto, o prólogo não define apenas o cenário da
peça, mas diz ao público exatamente o que vai acontecer nela. Assim, refere-se
a um casal fatalmente condenado à partida com o uso da palavra "estrela
cruzada", que significa, literalmente, contra as estrelas. Pensa-se que as
estrelas controlam o destino das pessoas. Mas o próprio prólogo cria essa noção
de destino, fornecendo ao público, mesmo antes do início da peça, o
conhecimento de que Romeu e Julieta morrerão. Aquele, portanto, assiste à peça
com a expectativa de que ela cumpra os termos estabelecidos no prólogo. A
estrutura do texto em si é o destino do qual Romeu e Julieta não podem escapar.
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