O assunto desta cena é a tentativa frustrada de D.
Madalena de mudar o seu destino e o da sua família, seguida da resignação e
aceitação do futuro.
● Evolução
do estado de espírito de D. Madalena
▪ Inicialmente, D.
Madalena mostra-se inconformada com a decisão do marido.
▪ Posteriormente,
como não vê saída para a situação, apela a Deus que a ampare, apelo esse que é
traduzido pelas palavras do coro: “Fiant aures tuae intendentes; in vocem
deprecationis meae” (Que os vossos ouvidos estejam atentos à voz da minha súplica).
▪ No final da cena,
parece tomar consciência de que nada há a fazer, resigna-se e conforma-se com o
seu destino.
▪ É de notar que a
tomada de hábito por parte de D. Madalena não resulta da sua vontade ou de
qualquer crença de que aquela é a solução adequada à situação. De facto, ela
luta até ao fim pelo seu amor e, só quando se apercebe que Manuel de Sousa já
partiu para a cerimónia da tomada de hábito, abdica da sua felicidade e aceita
a decisão do segundo marido (“Ele foi?”; “E eu vou.”), colocando o seu destino
nas mãos de Deus.
▪ Para D. Madalena,
a religião constitui o derradeiro refúgio (“refúgio de infelizes”) para as
adversidades da sua vida.
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