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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
segunda-feira, 27 de dezembro de 2021
Selfie
1. Origem
A palavra "selfie" é de origem inglesa, mais concretamente um diminutivo de "self", por sua vez uma redução do termo "self-portrait", ou seja, autorretrato.
2. Género
Não conheço ninguém (o que não quer dizer que não exista) que não utilize "selfie" como pertencente ao género feminino.
Por seu turno, os gramáticos dividem-se. Assim, há os que defendem que os empréstimos (as palavras importadas de uma língua estrangeira) devem manter o género que têm na língua de origem, enquanto outros sustentam que esses vocábulos devem assumir em português o género do seu equivalente vernáculo. Deste modo, segundo o primeiro princípio, devemos dizer, por exemplo "a Deutsche Bank", visto que "Bank" é feminino em alemão; porém, de acordo com o segundo, a forma correta é: "o Deutsche Bank", dado que nos estamos a referir a um banco, que, na língua de Camões, é do género masculino.
No caso de "selfie", em inglês o seu género é neutro (ou natural, como alguns gramáticos o designam), visto que a palavra "portrait" o é. Em virtude de, em português, não existir o género neutro, devemos atribuir a "selfie" o género masculino, pois as palavras neutras latinas assumiram o masculino na língua portuguesa, com raras exceções.
Se adotarmos o segundo critério, a palavra "selfie" é masculina, visto que adota o género de "retrato". Assim, qualquer que seja o princípio adotado, de acordo com a gramática, o vocábulo "selfie" é masculino em português.
Sucede, no entanto, que o comum dos falantes associa "selfie" a fotografia (e não a "retrato"), por isso a usa como pertencendo ao género feminino: "a selfie", "uma selfie".
Plural dos nomes terminados em -s, -r, -z ou -n
Os nomes agudos terminados em -s, -r, -z ou -n formam o plural acrescentando a terminação -es ao singular.
É o que sucede com o nome «pionés», cujo plural é «pioneses».
Ao formal o plural, estes nomes passam de agudos a graves.
"Aparte" e "à parte"
"Estrambólico" e "estrambótico"
Mens ag|itat mol|em - Parte II
domingo, 26 de dezembro de 2021
Caracterização / Retrato de Ulisses
sábado, 25 de dezembro de 2021
Caracterização / Retrato de Agamémnon
sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
"O Nascimento de Cristo", Paul Gauguin
Análise de "As árvores e os livros"
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
quarta-feira, 22 de dezembro de 2021
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
Vírus
Nos finais do século XIX, um cientista holandês chamado Martinus Beijerinck descobriu que algumas doenças eram transmitidas por algo mais pequeno que uma bactéria. Para designar esses micróbicos, adotou o velho nome latino virus, que já há muito havia desaparecido da boca dos falantes.
A partir dos artigos de Beijerinck, o termo espalhou-se pelo mundo com o significado que o cientista holandês o cunhou.
Os mais curiosos talvez estejam a questionar-se acerca do motivo que terá levado Martinus a selecionar este termo. Pois bem, a explicação é relativamente simples. Nos finais do século XIV, quando virus deixara de ser usado pelo latim e pelas línguas que dele derivaram, as quais tinham optado por outros vocábulos para se referir a um veneno, o termo foi recuperado na Inglaterra, tornando-se uma palavra inglesa. Quatro séculos depois (XVIII), adquiriu um novo sentido: o de «agente que provoca doenças». Este significado foi-se espalhando gradualmente pelas línguas europeias, surgindo inclusive nos imortais Os Maias, o célebre romance de Eça de Queirós. Ora, isto quer dizer que o velhinho virus latino já tinha sido associado ao campo da Medicina, contudo foi o seu uso por parte de Martinus Beijerinck que fez com que a palavra se espalhasse com o significado que hoje lhe damos.
Resumindo, o termo virus provém do latim (que o terá herdado de outra língua); com o tempo, deixou de ser usado pelos falantes de línguas latinas, mas acabou por ser recuperado pelos ingleses, que lhe atribuíram um novo sentido; posteriormente, um cientista holandês conferiu-lhe um significado preciso e assim se disseminou pelas línguas do mundo inteiro.
Porém, como as línguas - e as palavras - estão em permanente evolução, o vocábulo vírus, depois de ser reinventado para designar um novo tipo de germe, adquiriu novos sentidos. Atualmente, pode também referir um programa de computador que danifica, de alguma forma, as máquinas onde se aloja. Este novo significado foi criado pela língua inglesa, nos anos 70 do século XX, e espalhou-se pelo globo.
E outros sentidos, de caráter metafórico, surgiram entretanto e são usados pelo comum dos mortais.