Português: Resumo da cena 2 do ato III de Hamlet

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Resumo da cena 2 do ato III de Hamlet

    Nessa noite, Hamlet junta-se ao grupo de atores e instrui-os sobre como representar os papéis que escreveu para eles, lamentando os atores que exageram as suas representações ou procuram suscitar o riso fácil, em vez de representarem de forma genuína.
    Entretanto, chegam Polónio, Rosencrantz e Guildenstern. Hamlet dirige-se-lhes e questiona Polónio se o rei e a rainha assistirão à peça. Após resposta afirmativa, diz àquele que passe a informação aos atores e manda Rosencrantz e Guildenstern apressarem os atores.
    Horácio entra em cena e o príncipe, satisfeito por o ver, elogia-o calorosamente, destacando as suas qualidades de espírito, a capacidade de autocontrole e reserva, bem como a sua lealdade e racionalidade. Depois de lhe contar o que o fantasma lhe disse, isto é, que Cláudio assassinou o seu pai, informa-o do seu plano de usar a cena que escreveu e que será adicionada à peça, a qual recria o que o espírito lhe revelou. Assim, pede a Horácio que observe cuidadosamente a reação de Cláudio durante aquela cena específica para avaliar a sua culpa. Se o rei parecer inocente, tal quererá dizer que o espectro será, afinal, um demónio. Horácio concorda, dizendo que, se o monarca, evidenciar algum sinal de culpa, ele irá identifica-lo.
    As trombetas tocam uma marcha dinamarquesa enquanto os membros da corte e o casal real entram no compartimento. O rei dirige-se a Hamlet e pergunta-lhe se está bem, ao que o príncipe responde de forma indireta e intrigante, antes de questionar Polónio sobre a sua experiência enquanto ator nos tempos de faculdade. Ele confirma que participou em peças e que chegou mesmo a desempenhar o papel de Júlio César, o que leva Hamlet a refletir sobre o assassinato do imperador romano e a ação impiedosa do seu filho Brutus no crime.
    Rosencrantz informa que os atores estão preparados. Gertrudes convida, então, o filho a sentar-se ao seu lado, mas ele opta por o fazer junto a Ofélia, provocando-a com uma série de trocadilhos eróticos, que a rapariga desvia, aludindo ao bom humor do companheiro.
    A pantomina pré-peça inicia-se e os atores representam uma cena em que um rei e uma rainha trocam afeto carinhosamente. Depois, a monarca sai e deixa o marido a dormir. Enquanto dorme, um homem rouba a sua coroa, derrama veneno no seu ouvido e foge. A rainha retorna, descobre o rei morto e chora o sucedido. Entrementes, o assassino regressa e começa a cortejar e a seduzir a viúva com presentes até ela ceder. Ofélia mostra-se perturbada com aquilo a que assistiu. A representação prossegue, entrando agora na peça propriamente dita: um rei e uma rainha discutem a duração do seu casamento e o amor que sentem mutuamente. O monarca reflete sobre a sua idade avançada e a morte que se aproxima e sugere que a esposa se deveria casar novamente após a sua partida. A rainha responde que um novo casamento seria como uma maldição e que cada beijo do outro marido seria semelhante a matar repetidamente o primeiro. O rei incentiva-a a manter a sua mente aberta e a não excluir hipóteses, visto que os seus sentimentos podem mudar após a sua morte, mas a esposa recusa terminantemente um novo matrimónio. A rainha sai, deixando o marido dormindo. Hamlet aproveita e pergunta à mãe se está a gostar da peça, ao que ela responde afirmativamente, acrescentando, porém, que a soberana refilava em demasia. Cláudio faz-se ouvir também e questiona se a peça não pode ser considerada muito inquietante e ofensiva, todavia Hamlet afirma que não passa de uma representação teatral que não incomodará ninguém cuja consciência esteja tranquila.
    Nesse ínterim, entra no palco um novo ator, representando uma personagem chamada Luciano, que é sobrinho do rei e que derrama veneno no ouvido do tio, matando-o. Nesse momento, Cláudio levanta-se e sai. A representação da peça é interrompida por ordem de Polónio e todos abandonam a sala, exceto Hamlet e Horácio. Os dois dialogam e concordam que a reação de Cláudio é reveladora de culpa.
    Rosencrantz e Guildenstern regressam e informam Hamlet que o rei está muito aborrecido e que a rainha ficou bastante irritada e solicita a sua presença nos seus aposentos. Polónio chega e informa Hamlet que a mãe deseja vê-lo imediatamente. O príncipe responde que irá ter com ela em breve e pede-lhe um momento a sós. Sozinho em cena, Hamlet decide ser absolutamente honesto com a mãe quando falar com ela, sem, no entanto, perder o controle e agir violentamente. 

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