quarta-feira, 11 de abril de 2018
sábado, 31 de março de 2018
domingo, 25 de março de 2018
Emprego dos pronomes demonstrativos
O uso dos pronomes demonstrativos depende de um conjunto de especificidades que estão relacionadas com o local onde se encontra aquele de quem se fala, a localização do locutor e do seu interlocutor, bem como com a ideia de tempo passado e futuro.
Por outro lado, ESTE pode vir combinado com as preposições de [deste(s), desta(s), disto] ou em [neste(s), nesta(s), nisto].
Os pronomes demonstrativos a que nos estamos a referir indicam também a posição temporal e revelam proximidade no tempo em relação à pessoa que fala. A forma ESTE emprega-se para o hoje, para o tempo presente ou futuro próximo. Vejamos alguns exemplos.
Exs.:
. Este é o ano do penta do Benfica.
. Pretendo recomeçar a andar de bicicleta ainda nesta semana.
Os pronomes demonstrativos de segunda pessoa pressupõem que o locutor está relativamente próximo do interlocutor.
O emprego desses pronomes observa o seguinte:
Como se pode observar pela tira de BD, os pronomes demonstrativos de terceira pessoa indicam distância entre os interlocutores e o "item" referido.
Dos dois nomes mencionados, o mais próximo é o de Miguel Torga (este) e o mais distante é o de Eça de Queirós (aquele).
Este post foi indecorosamente plagiado de outro, da autoria de Marta Mendonça [aqui].
ESTE / ESTA / ISTO
- O pronome demonstrativo ESTE surge empregado com as flexões exigidas pelo contexto, ou seja, acompanha os nomes família, esposa e filhos.
- Em termos de localização, o mendigo (aquele que fala) encontra-se próximo da família (esposa e filhos).
- Ele apresenta a família ao dono da loja (aquele que ouve), que está relativamente afastado do grupo.
Por outro lado, ESTE pode vir combinado com as preposições de [deste(s), desta(s), disto] ou em [neste(s), nesta(s), nisto].
Texto em português do Brasil ("Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado neste andar. Lei estadual n.º 9502/97") |
Exs.:
. Este é o ano do penta do Benfica.
. Pretendo recomeçar a andar de bicicleta ainda nesta semana.
ESSE / ESSA / ISSO
Os pronomes demonstrativos de segunda pessoa pressupõem que o locutor está relativamente próximo do interlocutor.
O emprego desses pronomes observa o seguinte:
- ESSE surge conjugado, de forma explícita ou não, com os pronomes pessoais de segunda pessoa do discurso [tu, te, ti, contigo, você(s)].
- Ao nível da expressão do tempo, remetem para o passado relativamente próximo do momento em que se fala.
- Essa noite dormi mal.
- ESSE (e as suas variações) pode combinar-se com as preposições de (desse, dessa, disso) e em (nesse, nessa, nisso).
- Em agosto, fez muito calor. Nesse mês, tive de dormir várias vezes na
varanda.
varanda.
AQUELE /AQUELA / AQUILO
Como se pode observar pela tira de BD, os pronomes demonstrativos de terceira pessoa indicam distância entre os interlocutores e o "item" referido.
- Os demonstrativos indicam também tempo passado ou bastante vago.
- Aquele ano de 2001 foi trágico.
- AQUELE (e suas flexões) pode combinar-se com a preposição a (àquele, àquela, àquilo), de (daquele, daquela, daquilo) e em (naquele, naquela, naquilo).
- Em 1980, Sá Carneiro vivia com uma mulher com quem não era
casado. Naquela época, a sociedade portuguesa era bem mais
conservadora.
A tira seguinte sintetiza o uso dos pronomes demonstrativos de acordo com o espaço ocupado pelo locutor em relação aos seus interlocutores.
Os pronomes demonstrativos e o discurso textual
- O demonstrativo de 1.ª pessoa atua no interior do discurso para se referir ao que será enunciado.
- Presta atenção a estas orientações.
- O Benfica é tetra: este facto dói a muito boa gente.
- O demonstrativo ESTE e variações retomam o nome imediatamente anterior.
- O ar poluído afeta os pulmões; estes devem ser preservados.
- Eça escreveu Os Maias. Esta é uma obra-prima.
- Os demonstrativos de segunda pessoa fazem referência ao que já foi enunciado no discurso.
- Amor ao próximo, solidariedade, respeito pelo outro; esses são alguns
dos valores exigidos para você vir a ser um voluntário social.
- Aquele surge em oposição a este quando os termos a que se refere são mais distantes relativamente aos últimos citados.
- Eça de Queirós e Miguel Torga são grande nomes da literatura
portuguesa. Este pela sua poesia e contos; aquele pelos seus
romances.
Dos dois nomes mencionados, o mais próximo é o de Miguel Torga (este) e o mais distante é o de Eça de Queirós (aquele).
Este post foi indecorosamente plagiado de outro, da autoria de Marta Mendonça [aqui].
Principais indicadores de resultados escolares por disciplina – 3.º ciclo, 2011/12 − 2015/16
A DGEEC apresenta uma série temporal de cinco anos com a evolução dos principais indicadores de resultados escolares, por disciplina, no quinquénio entre 2011/12 e 2915/16 [série].
No documento, é analisado o desempenho escolar dos alunos em cada disciplina do 3.º ciclo do ensino básico geral, em escolas públicas de Portugal Continental.
Esta publicação constitui uma extensão do estudo "Resultados Escolares por Disciplina - 3.º ciclo, 2014/15", que pode ser consultado aqui [estudo].
Pronomes demonstrativos
Qual é o erro desta vez?
O pronome demonstrativo este retoma o nome imediatamente anterior do discurso. Ora, no início do excerto apresentado, encontramos isto: "Daniel Raimundo, o emigrante português que emocionou o País, morreu depois de uma batalha contra um tumor. Este estava a viver na Bélgica...". Neste caso, o pronome "este" remete para o grupo nominal "um tumor", de acordo com a regra acima enunciada.
O 'jornalista', ao escrever o texto da forma apresentada, está a informar que o tumor estava a viver na Bélgica. É óbvio para qualquer leitor que ele se queria referir ao malogrado Daniel Raimundo, porém a 'ignorância gramatical' do noticiarista produziu apenas um pedaço de humor negro. Poderia, perfeitamente, ter escrito "O adepto sportinguista" (ou algo do género), ou utilizado o pronome pessoal "ele", ou ainda o demonstrativo "aquele", em suma, poderia ter optado por várias construções, exceto... "este".
Já agora, qual o motivo que o levou a usar a maiúscula no nome país?
Obs.: Pode esclarecer as dúvidas sobre o uso dos pronomes demonstrativos neste post [uso dos pronomes demonstrativos].
Já agora, qual o motivo que o levou a usar a maiúscula no nome país?
Obs.: Pode esclarecer as dúvidas sobre o uso dos pronomes demonstrativos neste post [uso dos pronomes demonstrativos].
Ponto sobre o Rio Dão e Nicho do século XVIII
sexta-feira, 23 de março de 2018
Como ouvir música do YouTube no Android, com o ecrã desligado
Estar ligado ao Youtube e ter de manter o ecrã do telemóvel ligado constituía um aborrecimento (por motivos óbvios) e dispêndio de bateria.
Pois bem, Pedro Simões explica, neste post [android], o que fazer para poder estar conectado com o ecrã desligado.
terça-feira, 20 de março de 2018
Preposição
A
preposição é uma palavra invariável, que pertence a uma classe, e
estabelece relações de sentido entre elementos de uma frase. O sentido do
primeiro desses elementos é completado pelo sentido do segundo:
- A
Maria foi ao cinema (1.º elemento) com o namorado. (2.º elemento)
segunda-feira, 19 de março de 2018
domingo, 18 de março de 2018
Queda da estação espacial "Tiangong-1"
Depois de seis anos e meio no espaço, a Tiangong-1, primeira estação espacial chinesa, prepara-se para regressar à Terra. O problema é que está totalmente fora de controle e ninguém sabe quando e onde vai cair.
Aqui [Tiangong-1] ou aqui [Tiangong-a], é possível acompanhar o regresso da filha pródiga.
"Édipo Rei", de Sófocles
A peça Édipo Rei foi escrita por Sófocles (496-406 a.C.), provavelmente no ano de 427 a.C..
Laio e Jocasta têm um filho, porém aquele tinha sido avisado por um oráculo que de seria morto pelo próprio filho, pelo que pede a um dos seus servos para abandonar a criança no Monte Citerão (entre Tebas e Corinto) com os pés amarrados a uma árvore, para aí morrer. No entanto, um pastor encontra-o e salva-o e a criança acaba por ser adotada Pólibo, rei de Corinto.
Já adulto, Édipo decide abandonar Corinto e consultar um oráculo, que lhe revela o seu destino trágico: assassinar o pai e casar com a mãe. Destroçado pela revelação, segue em direção à cidade e, numa encruzilhada, tem uma discussão com um velho senhor, acabando por o matar e a toda a sua comitiva, à exceção de um homem.
Chegado às portas de Tebas, encontra a Esfinge, ser mitológico metade leão e metade mulher que aterrorizava o povo tebano com os seus enigmas, posto que quem não os decifrasse acabava devorado por ela. Confrontado com a charada do monstro ("Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde?"), Édipo não hesita e responde que se trata do homem. Ao acertar a resposta, ele salva-se, bem como à cidade, onde é recebido como um herói. Como recompensa, recebe a coroa da cidade e a mão da rainha Jocasta, que enviuvara misteriosamente.
Jocatas e Édipo têm quatro filhos. Quinze anos passados, Tebas é assolada por uma doença terrível. Preocupado com a maldição (a peste) que assolava a cidade, Édipo envia Creonte, seu cunhado, ao oráculo de Apolo, em busca de orientação e de uma solução para o problema.
Já adulto, Édipo decide abandonar Corinto e consultar um oráculo, que lhe revela o seu destino trágico: assassinar o pai e casar com a mãe. Destroçado pela revelação, segue em direção à cidade e, numa encruzilhada, tem uma discussão com um velho senhor, acabando por o matar e a toda a sua comitiva, à exceção de um homem.
Chegado às portas de Tebas, encontra a Esfinge, ser mitológico metade leão e metade mulher que aterrorizava o povo tebano com os seus enigmas, posto que quem não os decifrasse acabava devorado por ela. Confrontado com a charada do monstro ("Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde?"), Édipo não hesita e responde que se trata do homem. Ao acertar a resposta, ele salva-se, bem como à cidade, onde é recebido como um herói. Como recompensa, recebe a coroa da cidade e a mão da rainha Jocasta, que enviuvara misteriosamente.
Jocatas e Édipo têm quatro filhos. Quinze anos passados, Tebas é assolada por uma doença terrível. Preocupado com a maldição (a peste) que assolava a cidade, Édipo envia Creonte, seu cunhado, ao oráculo de Apolo, em busca de orientação e de uma solução para o problema.
Ao regressar, Creonte informa-o de que a maldição é um castigo divino pelo facto de Laio ter sido morto e ninguém o ter ainda vingado e que acabaria quando o assassino do antigo rei de Tebas, caído, muito anos antes, numa encruzilhada, fosse encontrado e punido (com a morte ou a expulsão da cidade).
Deste modo, Édipo dedica-se inteiramente à tarefa de descobrir o assassino e, assim, salvar Tebas, começando por interrogar vários cidadãos sobre o ocorrido. Um dos interrogados é Tirésias, um profeta cego que lhe diz que o autor do crime estará mais perto do que ele imagina.
O rei fica atordoado com a informação, porém Jocasta, sua esposa, procura tranquilizá-lo, dizendo-lhe que os profetas já se enganaram anteriormente. E ilustra as suas palavras, referindo a história do seu filho com Laio, cujo oráculo profetizou que mataria o próprio pai e desposaria a mãe. De acordo com Jocasta, tal profecia não se concretizou, dado que a criança foi entregue, ainda bebé, a um camponês para ser morta.
A narração da esposa não descansa Édipo, pois recorda que, quando era criança, um velho lhe havia dito que estava predestinado a matar o seu próprio pai e a deitar-se com a mãe. Além disso, anos volvidos, quando se dirigia para Tebas, assassinara um homem numa encruzilhada, situação que soa muito semelhante à história de Laio.
Jocasta implora ao marido que não remexa mais no seu passado, porém tal pedido é ignorado por ele. Édipo questiona mais pessoas, incluindo um mensageiro e um camponês que conheceriam bastante bem a história de como ele fora abandonado e adotado por uma família de Corinto.
Jocasta compreende, então, que, na verdade, é a mãe de Édipo. Horrorizada com a descoberta, tira a sua própria vida. Posteriormente, é o próprio Édipo quem toma consciência de que é ele o assassino do próprio pai e marido da própria mãe. Igualmente horrorizado, fura os seus olhos, amaldiçoa os dois filhos que lutam pela coroa e exila-se de Tebas, guiado pela filha Antígona, cumprindo assim o castigo (a expulsão da cidade) que Apolo tinha destinado ao assassino, para que a mancha fosse retirada da cidade, salvando-a da peste.
Édipo, que trouxera outrora sorte à cidade, voltou a trazê-la no final da peça, ao salvá-la da peste, conseguindo aquilo que se tinha proposto na peça.
A peça e o seu protagonista deram origem ao célebre Complexo de Édipo, conceito criado por Sigmund Freud no campo da psicologia, que consiste na atração que um filho sente pela mãe durante determinado período da vida.
Deste modo, Édipo dedica-se inteiramente à tarefa de descobrir o assassino e, assim, salvar Tebas, começando por interrogar vários cidadãos sobre o ocorrido. Um dos interrogados é Tirésias, um profeta cego que lhe diz que o autor do crime estará mais perto do que ele imagina.
O rei fica atordoado com a informação, porém Jocasta, sua esposa, procura tranquilizá-lo, dizendo-lhe que os profetas já se enganaram anteriormente. E ilustra as suas palavras, referindo a história do seu filho com Laio, cujo oráculo profetizou que mataria o próprio pai e desposaria a mãe. De acordo com Jocasta, tal profecia não se concretizou, dado que a criança foi entregue, ainda bebé, a um camponês para ser morta.
A narração da esposa não descansa Édipo, pois recorda que, quando era criança, um velho lhe havia dito que estava predestinado a matar o seu próprio pai e a deitar-se com a mãe. Além disso, anos volvidos, quando se dirigia para Tebas, assassinara um homem numa encruzilhada, situação que soa muito semelhante à história de Laio.
Jocasta implora ao marido que não remexa mais no seu passado, porém tal pedido é ignorado por ele. Édipo questiona mais pessoas, incluindo um mensageiro e um camponês que conheceriam bastante bem a história de como ele fora abandonado e adotado por uma família de Corinto.
Jocasta compreende, então, que, na verdade, é a mãe de Édipo. Horrorizada com a descoberta, tira a sua própria vida. Posteriormente, é o próprio Édipo quem toma consciência de que é ele o assassino do próprio pai e marido da própria mãe. Igualmente horrorizado, fura os seus olhos, amaldiçoa os dois filhos que lutam pela coroa e exila-se de Tebas, guiado pela filha Antígona, cumprindo assim o castigo (a expulsão da cidade) que Apolo tinha destinado ao assassino, para que a mancha fosse retirada da cidade, salvando-a da peste.
Édipo, que trouxera outrora sorte à cidade, voltou a trazê-la no final da peça, ao salvá-la da peste, conseguindo aquilo que se tinha proposto na peça.
A peça e o seu protagonista deram origem ao célebre Complexo de Édipo, conceito criado por Sigmund Freud no campo da psicologia, que consiste na atração que um filho sente pela mãe durante determinado período da vida.
terça-feira, 13 de março de 2018
Portaria n.º 29/2018
Define regras relativas ao preenchimento das vagas para progressão ao 5.º e 7.º escalões da
carreira dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário.
Despacho n.º 2145-C/2018
Fixação do número de vagas para a progressão ao 5.º e 7.º escalões.
"Félis" ou "Féliks"?
Qual é a pronúncia correta? "Félis" ou "Féliks"?
O blogue Português em forma dá a resposta e explica, com apreciável clareza, a questão [aqui].
quinta-feira, 8 de março de 2018
Plural de "filhó"
Não é pouco frequente encontrar falantes que pronunciam "filhós" no singular e "filhoses" no plural.
Sendo verdade que alguns dicionários registam as formas referidas (provavelmente por analogia com "nozes", "vozes", etc.), é recomendado o uso de:
- filhó (singular) e
- filhós (plural).
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