Português

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Um Natal chocante

Glenn McCoy

Análise do poema "Quando não estás a olhar é o mundo», de Manuel Gusmão


                                               Quando não estás a olhar é o mundo

 que te olha. Nunca saberás o que vê.

 Obscuramente imaginas que testemunhará

 por ti, mas ignoras de todo - e que importa? -

 onde, a que propósito e perante quem.


    O poema, uma quintilha, é da autoria de Manuel Gusmão, um poeta, ensaísta e professor português, nascido em 1945, em Évora, e falecido a 9 de novembro de 2023, em Lisboa, e faz parte da obra A Terceira Mão, publicada em 1997.
    O curto poema reflete sobre a relação entre o «tu» e o mundo. Essa relação é dialética e estabelecida através do olhar, verificando-se uma alternância entre os papéis de observador e observado. Aparentemente, é o «tu» quem contempla o mundo, porém, quando desvia o seu olhar, é este que passa a observá-lo, o que sugere uma certa curiosidade ou vigilância sobre aquele: a realidade existe para além da...


Continuação da análise aqui: análise-de-quando-não-estás-a-olhar.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Análise do poema "O Colosso", de Sylvia Plath


     O poema foi publicado pela primeira vez na antologia homónima em 1960, que continha mais quarenta e quatro poemas. O título faz-nos lembrar dos famosos versos de Júlio César, de Shakespeare: “… homem, ele cavalga neste mundo estreito / como um colosso. (I, 2, 135-36.) Esta referência referir-se-á à lendária estátua de bronze de Apolo em Rodes.
    O tema do poema é o luto pelo pai. O sujeito poético compara o seu pai a uma enorme estátua, remanescente de um deus caído. Na verdade, o que importa para o «eu» não é a perda do corpo do pai, mas a perda da segurança psicológica que ele lhe facultava. O sujeito tenta recuperar a segurança perdida através do ato de cuidar da estátua caída. Tendo em conta a temática, o tom do poema é de perda e luto, bem como de pesar surpreso. O «eu» surpreende-se com a enormidade da ausência diante dela, cuja presença como fantasma, no entanto, nunca deixa de a provocar.
    O sujeito lírico está exausto em razão dos seus esforços contínuos para dar... [clicar para acessar à análise completa].

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Caracterização do escravozinho


 

Tipos

Modos de caracterização

Direta

Indireta

Física

. “cabelo negro e crespo”

. “olhos que reluziam” – olhos brilhantes

. “corpozinho gordo”

 

Psicológica

. “alma livre e simples de escravo”

. “humildade ditosa”

. “indigência”

. nada tinha a recear

 

Social

. filho da escrava

. pobre – berço pobre e de verga

. escravo

  

Caracterização do principezinho



Tipos

Modos de caracterização

Direta

Indireta

Física

. “cabelo loiro e fino”

. “cabelos de ouro” – louro

. “olhos que reluziam” – olhos brilhantes

. “corpozinho tenro”

 

Psicológica

 

. frágil

. desamparado

Social

. príncipe

. filho do rei e da rainha

. nobre

 

 

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Informação-Prova - Exame de Português do 12.º Ano - 2024

Sem chaminé - André-Philippe Côté

André-Philippe Côté

Caracterização do tio bastardo


 

Tipos

Modos de caracterização

Direta

Indireta

Física

. “de face mais escura que a noite”

. “homem enorme”

. face flamejante”

 

Psicológica

. “depravado e bravio”

. “consumido de cobiças grosseiras” – ganancioso

. cruel e impiedoso

. “faminto do trono” – com sede do poder e de ocupar o trono do rei

. mau

. ambicioso

. selvagem e feroz (a comparação com lobos)

. cruel

. violento

. assassino

. oportunista

. cobarde

 

domingo, 5 de novembro de 2023

Caracterização da rainha de "A Aia"


 

Tipos

Modos de caracterização

Direta

Indireta

Física

. “desgrenhada” – quando, desesperada, entra na câmara dos bebés, pensando que o filho fora morto

 

Psicológica

. “solitária e triste”

. “chorosa”

. “desventurosa”

. “mãe ditosa”

. reações à morte do rei: choro (tristeza, dor, sofrimento, desespero):

como rainha: o reino fica sem governo forte;

como mulher: perde o marido, fica viúva;

como mãe: o filho fica desemparado e à mercê dos inimigos.

. carinhosa – “Quando a rainha, antes de adormecer, vinha beijar o principezinho…”

. preocupada, desesperada e desorientada – “…a rainha invadiu a câmara, entre as aias, gritando pelo seu filho.”

. desamparada – após a morte do rei

. reconhecida e grata à aia por ter trocado os bebés e salvado o seu filho

Social

. nobre – é rainha

 

 

Análise do poema "Árvores do Alentejo", de Florbela Espanca


    “Árvores do Alentejo” é um soneto da autoria de Florbela Espanca em versos decassílabos e de rima emparelhada e interpolada, de acordo com o esquema rimático ABBA, que faz parte da obra Charneca em Flor, publicada em 1931.
    Neste poema, Florbela Espanca alude à planície alentejana, que agoniza sob um sol escaldante, um «brasido» que anseia pela água regeneradora da vida, a «bênção de uma fonte». Todavia, no texto não são as árvores que, realmente, agonizam perante a aridez da charneca, mas, sim, o sujeito poético, uma figura que se eleva acima do horizonte e tenta amenizar tanto a sua dor como a da natureza, a quem se dirige em tom apelativo, por exemplo, no último terceto (Custódia Pereira, Do Sentimento em Florbela Espanca).
    O soneto abre com... [continuação da análise aqui: Árvores-do-Alentejo]

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Análise do conto "A palavra mágica"

     Clicando na ligação seguinte, encontrarás uma análise sintética, através de PowerPoint, do conto "A palavra mágica", da autoria do escritor Vergílio Ferreira: análise-de-a-palavra-mágica.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Caracterização do rei de "A Aia"


 

Tipos

Modos de caracterização

Direta

Indireta

Física
. moço / jovem
. formoso

 

Psicológica

. “valente”

. “alegre”

. ambicioso – parte para a guerra em busca de fama e de novas terras
. sonhador
. corajoso
. aventureiro
. rico e poderoso – “um reino abundante em cidades e searas”

Social

. nobre (rei)
. rico

 

Decisão do rei:

Consequências:

conquistar novas terras

morte do rei
morte da nobreza
o reino fica vulnerável, entregue a uma mulher, à mercê do tio bastardo do príncipe
a rainha fica viúva
o filho fica sem o pai e indefeso

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