domingo, 26 de maio de 2013
Jorge Jesus... Benfica... e melões
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Arquétipo da época
D.
João V (1689-1750), filho de D. Pedro II e D. Maria Sofia, governou Portugal de
1707 a 1750. Casou com D. Maria Ana Josefa da Áustria com quem teve 6 filhos
legítimos. A época do seu reinado é marcada por um grande desenvolvimento
económico (ouro e pedra preciosas do Brasil) e pela megalomania do próprio rei
que se nota na promessa de construção de um convento mais grandioso que o
Escorial de Madrid ou o Palácio de Versalhes se a sua esposa lhe desse um
herdeiro.
Com
a visualização do vídeo, deparamo-nos com algumas características do rei D.
João V, também enunciadas por José Saramago na obra Memorial do Convento. Dentro dessas características destacam-se: os
prazeres da carne, a sua doença (flatulência), a megalomania, a vaidade, o
egocentrismo e o devoto fanático.
D.
João V, apesar de casado, não esconde o seu gosto por mulheres, ao ponto de ter
varias relações extraconjugais, destacando-se a relação com a Madre Pauda do
Convento de Odivelas. Destas relações resultaram inúmeros filhos bastardos.
Este traço é evidenciado na entrevista, quando o rei pega no braço da assistente
e a senta no seu próprio colo, acariciando-a, e dando-lhe um cartão para um
possível futuro encontro. Este era um rei que se dedicava pouco ao reino, pois
o seu maior interesse estava centrado nas mulheres.
O
monarca é ridicularizado tanto no vídeo como na obra, devido à doença de que
sofria, a flatulência. Esta doença admitida por ele mesmo na entrevista deve-se
ao seu gosto excessivo por comida, revelado logo no início do vídeo, quando o
rei pergunta, antes de mais nada, por comida. Ao longo da conversa o soberano
irá sofrer as consequências deste primeiro ato, ao ponto de ficar com o seu
aparelho digestivo alterado, sendo isto evidente nos inúmeros flatos ao longo
do tempo.
No
vídeo é notório o gosto do rei pelo luxo e ostentação, sendo isto visível no
seu próprio vestuário (peruca, vestimenta bem trabalhada…), e a na construção
de um grandioso, exuberante e luxuosos convento. O propósito desta construção
terá sido o cumprimento de uma promessa pessoal, sendo esta a edificação de um
convento, se Deus lhe desse um herdeiro, garantindo assim a sucessão do trono. Para
esta mesma construção, o rei sacrificou todo um povo por uma questão meramente
pessoal, sendo destacado nesta atitude o seu egocentrismo, a sua vaidade e
megalomania. O monarca é egocêntrico, até ao ponto de decidir que a sagração do
edifício se realizasse na data do seu aniversário, 22 de outubro.
Em
conclusão, depreende-se facilmente que o verdadeiro herói da construção do
convento e da obra estudada é o povo, um povo miserável, sofrido, sem horizontes
nem sonhos, vergado ao destino e a vontade omnipotente do rei. Um rei cujo
único objetivo é assumir um papel gerativo de um filho e de um convento. O
monarca é ridicularizado por Herman José e Saramago por protagonizar cerimónia
de solenidade e por situações que revelam as suas fragilidades que descascaram
facetas pouco dignificantes.
M.Y.
Pastores de Nuvens
“Pastores de nuvens” é o título do cartoon criado por Biratan Porto e pulicado in Água com humor. O título é escolhido é
este, porque podemos ver vários índivíduos expectantes e com cajados a guardar
as nuvens e a agrupá-las, tal como se faz com os animais, daí ser esse título.
Assim que observamos
o cartoon, salta-nos logo á vista os
índivíduos que são representados com um aspeto de idosos, uns mais que outros,
e as roupas que têm vestidas estão muito velhas e rasgadas. O índivíduo que se
encontra em primeiro plano está a olhar para as nuvens de uma forma expectante.
Todos os índivíduos têm cajados na mão para direcionar as nuvens, para que a
água da chuva caia dentro dos bidons de que cada um dispõe.
O autor representou o
chão com aspeto de um deserto, tudo muito seco e com algumas pedras espalhadas.
As nuvens têm um tom
de cinzento muito carregado, que dá a ideia de que está um tempo mau e muito
provavelmente vai chover.
A intencionalidade
crítica do cartoon é a harmonia entre
os homens, uma vez que eles se encontram todos distantes e sem contacto; a falta
de água, porque os homens estão a tentar guardar a água das nuvens em bidons e
a desertificação, porque o chão não tem nada, só areia e há poucas pessoas.
Assim, o cartoon pode relacionar-se com o poema
intitulado “IX” de Alberto Caeiro, porque ambos falam de ser pastores, ou seja,
alguém que guarda algo.
Em síntese, o autor
crítica o facto de as pessoas não estarem em harmonia umas com as outras e a
falta de água, e isso junto causar desertificação, tanto a nível populacional
como a nível de plantas e animais.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
"Pastores de nuvens"
A imagem é denominada de
"Pastores de Nuvens", é da autoria de Biratan Porto e está incluída
na obra "Água com humor". A ilustração mostra alguns indivíduos,
aparentemente pastores, com compridos cajados, a juntarem nuvens em "rebanhos",
com cada pastor a guardar o seu próprio rebanho; destas nuvens pingam gotas de
águas para barris metálicos, pertencentes aos pastores, tendo cada o seu. O
chão e o céu são incolores e o chão é liso e sem vegetação.
Esta obra é uma crítica à
sociedade contemporânea em vários aspetos, como a ganância das pessoas e os
problemas ambientais. No entanto, o alvo principal da crítica são os problemas
relacionados com a Natureza, como a escassez de água, o trabalho duro pastores
no cuido dos seus rebanhos e etc. A ausência de cores no céu e no solo
transmite-nos uma sensação de melancolia, de uma espécie de vazio. Esta imagem
contrasta com a personalidade e com a maneira de pensar de Alberto Caeiro. Este
é visto como um naturalista ingénuo: ele não se preocupa em pensar muito,
escolhendo a simplicidade e rejeitando a complexidade e prefere
"pensar" com os sentidos, desfrutar da Natureza e da simples beleza
natural das coisas. Ele é como um pastor (daí a correlação com esta imagem).
Porém, a personalidade de Caeiro é contrária à sensação transmitida por esta
imagem: um é feliz, simples, sensacionista, relaxado, e outro apenas transmite tristeza e tédio,
fazendo-nos todos pensar, algo que Caeiro não consegue evitar e que o deixa um
pouco triste.
Em suma, há muitos aspetos
que se podem apontar como comuns ou de contraste entre os pensamentos do
heterónimo de Fernando Pessoa e a ideia que a imagem apresenta. Caeiro gosta de
usufruir da Natureza e a ilustração mostra esta mesma como morta, gasta e
tediosa. Tal como os pastores guardam as suas nuvens, Caeiro é pastor dos seus
pensamentos, sendo estes baseados nos sentidos e na simplicidade do que nos
rodeia a todos. São pontos de vista diferentes aos quais, no fim, nos podemos
relacionar todos.
P.M.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
«Angel in the snow», A-ha
Tradução:
Anjo, anjo ou algo assim
Onde quer que tu vás
Eu seguir-te-ei
Onde quer que tu vás.
E estarei sempre lá / aí
Afastando as inquietações da tua cabeça
Estarei lá / aí
Sempre.
Anjo, anjo ou algo assinm
Onde quer que tu vás
Eu seguir-te-ei
Onde quer que tu vás.
Tu és o meu anjo na neve
Tu és o meu anjo na neve.
sábado, 11 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Aspeto verbal - exercícios
1. Considere as frases
apresentadas.
a)
O Benfica deixou de jogar bem à segunda-feira.
b)
A Terra gira em torno do Sol.
c)
A Terra gira às vezes em torno do Sol.
d)
O Natalino adormeceu durante três horas.
e)
Quando liguei a TV, os A-há estavam a
cantar o tema “Take on me”.
f)
Quando a Patrícia entrou na sala, a Maria escreveu uma carta à mãe.
g)
A Lúcia tem estado a aprender a cozinhar ontem.
1.1.
Assinale as frases mal formadas.
1.2.
Indique o motivo que está na origem da sua agramaticalidade.
2. Faça a correspondência
adequada entre os elementos da coluna A e os da coluna B.
Coluna A
1. Quando cheguei, os alunos
estavam a brincar.
2. O avião aterrou em
segurança.
3. Eles já se casaram.
4. Normalmente, esta turma
trabalha bastante.
5.
O Rafa e a sua Érica namoram todos os dias pelo skype.
|
Coluna B
a)
valor perfetivo
b)
valor imperfetivo
c)
valor habitual
|
3. Identifique o valor aspetual
das frases seguintes.
a) O Hugo
já come a sopa.
b) Comecei
agora a elaborar esta ficha.
c)
Deito-me sempre tarde.
d) Acabei
de rever o concerto final dos A-há.
e) A
nossa espanhola tem andado muito sorridente nos últimos tempos.
f) Quem
cala consente.
g) A Inês
estava a fazer um bolo quando o marido regressou a casa.
h) O
sobrinho da Joana nasceu anteontem.
i)
Antigamente, lia mais do que atualmente.
j) A
Solange continua elegante.
k) O
Valente partiu as baquetas a matar pulgas.
l) A Lili
anda a ler o Memorial.
m) A
Sofia visita o bairro social aos sábados e domingos.
n) Penso,
logo existo.
o) O
Zeca, no verão, vai à missa todas as semanas.
4. Associe os elementos da coluna
A aos da coluna B.
Coluna A
1. O Silva gosta de cavalos.
2. A Filia leu o Memorial nos intervalos do namoro.
3. O nosso planeta está doente.
4.
A Julie espirrou por causa do perfume agressivo da colega.
5.
O Pedro escreveu uma bela letra para o novo álbum dos Click.
6.
A Cátia adora um certo professor!!!
7.
O meu avô ganhou a lotaria.
8.
A Daniela nasceu à meia-noite.
9.
O André escreveu um poema à sua amada.
10.
A diretora de turma é uma boa amiga.
|
Coluna B
a) estado / situação estativa
b) evento não durativo
c) evento durativo
|
5. Identifique as frases que
traduzem as situações descritas na coluna A.
Coluna A
1. Situação habitual
2. Fase inicial da situação
3. Valor resultativo
4. Fase cessativa
5. Valor progressivo da
situação
6. Valor iterativo do evento
|
Coluna B
a) Os alunos saltitaram de pergunta em pergunta
no exame.
b) O Luís acabou de sovar a tartaruga de
Beresford.
c) O Zeca conduziu tanto que esgotou o depósito
do camião.
d) A Sónia compõe a vestimenta sempre que entra
e sai da sala.
e) O Marco começou a olhar para o novo penteado
da Catarina na aula de Português, o malandro…
f) Apesar de a Ana não o ter destravado, o automóvel
foi andando.
|
* - * - * - * - * - * - * - *
Correção
1.1.
As frases mal formadas são as das alíneas c,
d, f e g.
1.2.
. Frase
c): A afirmação «A Terra gira à volta do Sol.» constitui uma «verdade» aceite
por todos. A introdução da expressão «às vezes» aponta para um acontecimento
ocasional.
. Frase
d): A forma verbal «adormeceu» apresenta um valor pontual; a expressão «durante
três horas», valor durativo.
. Frase
f): «Entrou» tem valor pontual, «escreveu» e um processo durativo.
. Frase g)
«Tem estado a aprender» tem valor durativo, «ontem», pontual.
2.
1 – B
2 – C
3 – A
4 – C
5 – A
3.
a) Aspeto
perfetivo.
b) Aspeto
incoativo.
c) Aspeto
habitual.
d) Aspeto
conclusivo.
e) Aspeto
iterativo.
f) Aspeto
genérico.
g) Aspeto
imperfetivo.
h) Valor
aspetual perfetivo.
i) Valor
habitual.
j) Valor
durativo.
k) Aspeto
pontual.
l) Aspeto
imperfetivo.
m) Aspeto
habitual.
n) Aspeto
genérico.
o) Aspeto
iterativo.
4.
1 – A
2 – C
3 – A
4 – B
5 – C
6 – A
7 – B
8 – B
9 – C
10 – A
5.
1 – D
2 – E
3 – C
4 – B
5 – F
6 – A
quarta-feira, 8 de maio de 2013
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Coesão
1.
Leia o texto.
Madalena: (despertando)
‑ Ah! sois vós, Telmo… Não, já não leio: há pouca luz de dia já; confundia-me
a vista. E é um bonito livro este! O teu valido, aquele vosso livro, Telmo.
Telmo: (deitando-lhe os
olhos) ‑ Oh! oh! livro para damas ‑ e para cavaleiros… e para todos: um
livro que serve para todos; como não há outro, tirante o respeito devido ao
da palavra de Deus! Mas esse não tenho eu a consolação de ler, que não sei
latim como o meu senhor… quero dizer, como o Sr. Manuel de Sousa Coutinho ‑
que lá isso!... acabado escolar é ele. E assim foi seu pai antes dele, que
muito bem o conheci: grande homem! Muitas letras, e de muito galante prática,
e não somenos as outras partes de cavaleiro: uma gravidade!... Já não há daquela
gente. Mas, minha senhora, isto de a palavra de Deus estar assim noutra
língua, numa língua que a gente… que toda a gente não entende!...
confesso-vos que aquele mercador inglês da Rua Nova que aqui vem às vezes
tem-me dito suas cousas que me quadram… E Deus me perdoe, que eu creio que o
homem é herege, desta seita nova da Alemanha ou da Inglaterra. Será?
Almeida
Garrett, Frei Luís de Sousa
|
1.1.
Preencha o quadro, identificando as palavras / expressões que retomam as
expressões nominais apresentadas.
O que é substituído
|
Aquilo por que é substituído
|
||
Classe ou grupo de palavras
|
Referente
|
Tipo de anáfora
|
Correferentes
|
Nome
|
livro
|
||
Grupo nominal
|
[a]o livro da palavra de Deus
|
O que é substituído
|
Aquilo por que é substituído
|
||
Classe ou grupo de palavras
|
Referente
|
Tipo de anáfora
|
Correferentes
|
Grupo nominal
|
o meu senhor
|
||
Nome
|
pai
|
||
2.
Apresente a cadeia de referência de cada um dos referentes.
a) livro
b) O da palavra de Deus
c) Meu senhor
d) pai
3.
Leia o texto.
Pois
eu, que no deserto dos caminhos,
Por
ti me expunha imenso, contra as vacas;
Eu,
que apartava as mansas das velhacas,
Fugia
com terror dos pobrezinhos!
Vejo-os
no pátio, ainda! Ainda os ouço!
Os
velhos, que
nos rezam padre-nossos;
Os
mandriões que
rosnam, altos, grossos;
E
os cegos que se apoiam sobre o moço.
Cesário
Verde, Em Petiz
|
3.1.
Aponte os referentes das palavras sublinhadas.
4. Assinale o referente das
expressões sublinhadas nas frases seguintes:
a) «Filho:
Vou fazer-te uma pergunta: posso ir ao cinema?»
Mãe: Presta atenção ao que te vou dizer:
não podes ir ao cinema.»
4.1.
Indique, justificando, como se designam as expressões sublinhadas.
© Roteiros para a acção didáctica no secundário
* * * * * * * * * *
Correção
1.1.
O que é substituído
|
Aquilo por que é substituído
|
||
Classe ou grupo de palavras
|
Referente
|
Tipo de anáfora
|
Correferentes
|
Nome
|
livro
|
Anáfora nominal (sinonímia)
|
(o teu) valido
|
Anáfora nominal (repetição)
|
(aquele vosso) livro
|
||
Anáfora nominal (repetição)
|
livro para damas
|
||
Anáfora nominal
|
um livro que serve para todos
|
||
Anáfora pronominal
|
outro
|
||
Grupo nominal
|
[a]o livro da palavra de Deus
|
Anáfora pronominal
|
esse
|
O que é substituído
|
Aquilo por que é substituído
|
||
Classe ou grupo de palavras
|
Referente
|
Tipo de anáfora
|
Correferentes
|
Grupo nominal
|
o meu senhor
|
Anáfora nominal (sinonímia)
|
Sr. Manuel de Sousa Coutinho
|
Anáfora pronominal
|
ele
|
||
Determinante (possessivo)
|
seu [pai]
|
||
Anáfora pronominal
|
[d]ele
|
||
Nome
|
pai
|
Anáfora pronominal
|
o
|
Anáfora nominal (sinonímia)
|
grande homem
|
||
Anáfora nominal (hiperonímia)
|
[d]aquela gente
|
2.
a) Livro: valido, livro (3), outro.
b) O da palavra de Deus: esse.
c) Meu senhor: Sr. Manuel de Sousa
Coutinho.
d) Pai: o, homem, aquela gente.
3.
1.
Que: eu
me: eu
que: eu
os: os pobrezinhos
os velhos: os pobrezinhos
que (nos rezam): os velhos
os mandriões: pobrezinhos
que (rosnam): os
mandriões
os cegos: os pobrezinhos
que (se apoiam): os cegos
4.
Fala do
filho: «posso ir ao cinema».
Fala da mãe:
«não podes ir ao cinema».
4.1.
As expressões designam-se catáforas, pois estão dependentes do referente, que
surge posteriormente no texto.
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