terça-feira, 31 de julho de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Momentos de glória olímpica (I)
Final de voleibol feminino
Seoul 1988
USSR - 3 Peru - 2
sexta-feira, 27 de julho de 2012
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Público vs. Privado
Para já, e para começar, constata-se que a solidariedade nacional desapareceu. proponho uma guerra civil: setor público vs setor privado.
Depois, sugiro que se acabe com a função pública: privatize-se tudo. O cidadão comum não terá mais que pagar os agora serviços públicos ao preço de custo. Paga a educação dos filhos por inteiro, se não tem dinheiro fica com filhos analfabetos e paciência. Paga os serviços de saúde por inteiro, se não tem dinheiro paciência, morre e depois já não tem que se incomodar. Paga os serviços judiciais por inteiro, se não tem dinheiro vá pedir justiça à Nossa Senhora. Chegaremos então a um patamar perfeito em que o setor público desaparece e é tudo privado.
O princípio da igualdade é facílimo de aplicar: TODOS os cidadãos, independentemente do modo como auferem os seus rendimentos, que ganhem mais de 1500 € / mês, devem pagar 2/14 do seu rendimento anual a título de imposto extraordinário. Claro que havia que disciplinar e fiscalizar os liberais (advogados, empresários por conta própria, etc) que declaram ninharias, bem como os trabalhadores do privado que auferem rendimentos não declarados ou pagos em espécie (carro, viagens, telemóvel, etc.)
Por fim, havia ainda que acabar com essas benesses privadas, como por exemplo, descontarem no IRS os livros, gasolina, formação profissional, refeições, etc.
Mas eu quero mesmo é uma guerra civil!
Comentário reatirado do blogue Cachimbo de Magritte
Depois, sugiro que se acabe com a função pública: privatize-se tudo. O cidadão comum não terá mais que pagar os agora serviços públicos ao preço de custo. Paga a educação dos filhos por inteiro, se não tem dinheiro fica com filhos analfabetos e paciência. Paga os serviços de saúde por inteiro, se não tem dinheiro paciência, morre e depois já não tem que se incomodar. Paga os serviços judiciais por inteiro, se não tem dinheiro vá pedir justiça à Nossa Senhora. Chegaremos então a um patamar perfeito em que o setor público desaparece e é tudo privado.
O princípio da igualdade é facílimo de aplicar: TODOS os cidadãos, independentemente do modo como auferem os seus rendimentos, que ganhem mais de 1500 € / mês, devem pagar 2/14 do seu rendimento anual a título de imposto extraordinário. Claro que havia que disciplinar e fiscalizar os liberais (advogados, empresários por conta própria, etc) que declaram ninharias, bem como os trabalhadores do privado que auferem rendimentos não declarados ou pagos em espécie (carro, viagens, telemóvel, etc.)
Por fim, havia ainda que acabar com essas benesses privadas, como por exemplo, descontarem no IRS os livros, gasolina, formação profissional, refeições, etc.
Mas eu quero mesmo é uma guerra civil!
Comentário reatirado do blogue Cachimbo de Magritte
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Exame de Português - 2.ª Fase 2012 - Esclarecimentos GAVE
Grupo I – A
Item 1.
Item 1.
Devem ser consideradas como adequadas apenas as respostas em que os examinandos indicam os «elementos» presentes no primeiro período do texto. Estes elementos podem ser referidos quer através de expressões previstas no cenário de resposta, quer através de expressões equivalentes.
A expressão «filho pródigo» não constitui, por si só, um elemento caracterizador de Baltasar no momento em que regressa a casa.
Uma vez que o enunciado do item não prevê o recurso a citações como modo de fundamentação, consideram-se corretas as respostas em que, tendo indicado, adequadamente, três elementos presentes no primeiro período, os examinandos transcrevem expressões que ocorrem noutras passagens do texto, desde que não entrem em contradição com os elementos solicitados.
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.
Item 3.
Considera-se que as respostas a este item devem contemplar três momentos da aproximação entre as personagens: o que antecede a apresentação, o que corresponde à apresentação e o que se segue à apresentação.
A par do cenário de resposta previsto nos critérios de classificação, consideram-se corretas as respostas em que os examinandos procedem ao desdobramento de um ou de vários desses momentos.
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Grupo I – B
As referências à poesia de Álvaro de Campos não são, obrigatoriamente, citações de versos ou indicação de títulos de poemas.
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Grupo II
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Item 2.2.
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Considera-se que as respostas «das palavras», «as palavras» ou «palavras», com ou sem aspas, com maiúscula ou com minúscula, constituem uma recuperação da informação lexical e devem ser classificadas com 5 pontos.
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Grupo III
.
O item solicita «uma reflexão sobre os papéis desempenhados pelo homem e pela mulher na atualidade». Assim, quando os examinandos abordam, exclusiva ou predominantemente, a evolução verificada ao longo dos tempos, ocorre um desvio do tema e, em certos casos, um incumprimento da tipologia solicitada. Nos critérios de classificação, estão previstos níveis de desempenho correspondentes a estas situações.
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Item 3.
Considera-se que as respostas a este item devem contemplar três momentos da aproximação entre as personagens: o que antecede a apresentação, o que corresponde à apresentação e o que se segue à apresentação.
A par do cenário de resposta previsto nos critérios de classificação, consideram-se corretas as respostas em que os examinandos procedem ao desdobramento de um ou de vários desses momentos.
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Grupo I – B
As referências à poesia de Álvaro de Campos não são, obrigatoriamente, citações de versos ou indicação de títulos de poemas.
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Grupo II
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Item 2.2.
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Considera-se que as respostas «das palavras», «as palavras» ou «palavras», com ou sem aspas, com maiúscula ou com minúscula, constituem uma recuperação da informação lexical e devem ser classificadas com 5 pontos.
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Grupo III
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O item solicita «uma reflexão sobre os papéis desempenhados pelo homem e pela mulher na atualidade». Assim, quando os examinandos abordam, exclusiva ou predominantemente, a evolução verificada ao longo dos tempos, ocorre um desvio do tema e, em certos casos, um incumprimento da tipologia solicitada. Nos critérios de classificação, estão previstos níveis de desempenho correspondentes a estas situações.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Olimpíadas de Matemática
A equipa de matemáticos lusos que representou Portugal nas LIII Olimpíadas Internacionais de Matemática, realizadas na Argentina, Mar da Prata, entre 8 e 15 do corrente mês, teve uma prestação excelente:
- Miguel Santos: medalha de ouro;
- Miguel Moreira: medalha de prata;
- João Lourenço: medalha de bronze;
- Luís Duarte: medalha de bronze;
- Francisco Andrade: menção honrosa.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Correção do exame nacional de Português - 12.º ano - 2.ª fase
Grupo I
A
1. Elementos que caracterizam Baltasar:
- está de regresso a casa, após longa ausência («Regressou o filho pródigo» - linha 1);
- vem acompanhado de uma mulher, com quem está relacionado sentimentalmente («trouxe mulher» - l. 1);
- vem pobre («se não vem de mãos vazias, é porque uma lhe ficou no ca,po de batalha e a outra segura a mão de Blimunda» - ll. 1-2);
- deficiente / mutilado («uma [mão] lhe ficou no campo de batalha» - ll. 1-2);
- é um ex-soldado («uma lhe ficou no campo de batalha» - ll. 1-2).
2. A reação de Marta Maria é uma reação emocional pautada por sentimentos como os seguintes:
- comoção e aflição ao notar a deficiência: «e era um dó de alma, uma aflição ver sobre o ombro da mulher um ferro torcido..." (ll. 6-7);
- dor: «dividida entre a dor que a mutilação naquele braço" (ll. 16-17);
- sofrimento (manifestado / visível no choro): «ouviu as lágrimas» (l. 18);
- a inquietação e a procura de compreender / saber o modo, as circunstâncias, a autoria da mutilação: «Meu querido filho, como foi, quem te fez isto» (l. 19);
- em suma, é uma reação onde se evidencia o amor, a preocupação, o coração de mãe de Marta Maria.
A reação de João Francisco:
- é menos emotivo, mais sereno do que a mãe;
- opta pelo silêncio: «deu logo pela mutilação, mas dela não falou» (l. 30);
- aconselha resignação: «Paciência» (l. 31);
- aceita a deficiência como algo natural e expectável em quem se envolve numa guerra e corre os riscos que lhe são inerentes: «quem foi à guerra» (l. 31);
- no entanto, a interjeição «Ah (,homem)» parece sugerir uma emotividade logo reprimida.
Em suma, estamos perante reações que se enquadram nos papéis tradicionais característicos da época, associados à figura materna e paterna, aquela emotiva e tipicamente feminina, este contido.
3. Aproximação entre Marta Maria e Blimunda:
- momento: Marta Maria pressentiu a presença de Blimunda, mesmo antes de a ver, e sentiu-se inquieta com a sua existência (a presença de outra mulher) na vida do filho;
- momento: Blimunda afastou-se, possibilitando a privacidade e intimidade daquele momento de reencontro em mãe e filho, após anos de ausência;
- momento: Baltasar apresentou as duas mulheres;
- momento: as duas mulheres agem como se se conhecessem e fossem família há muito tempo («daí a pouco estavam a sogra e a nora a tratar da ceia» - ll. 32-33).
4. O comentário do narrador constitui uma crítica genérica ao comportamento dos filhos, particularizada na atitude de Baltasar, que não informou os pais do seu regresso, da sua deficiência e da sua presença em Lisboa há dois anos, mantendo-os, desta forma, na dúvida e incerteza acerca do seu estado (de saúde ou não, vivo ou não), indiferente à sua dor e sofrimento, sentimentos motivados pela ausência física e ausência de notícias.
A crítica é, pois, dirigida à insensibilidade e crueza de tal comportamento, causador de angústia e sofrimento nos pais, ainda para mais quando envolvidos em situações de risco, como é o caso de Baltasar na guerra.
Consciente dessa falha, Baltasar explica ao pai a batalha, a sua mutilação e os anos de ausência, mas omite-lhe os anos passados em Lisboa, após o regresso a Portugal, há dois anos, pois dessas circunstâncias não os informara e tem consciência da falha que tal atitude comporta e de como magoaria ainda mais os seus pais, deixando-os permanecer na ignorância. Apenas dera notícias há poucas semanas, via carta, quando decidira regressar a casa.
A crítica é, pois, dirigida à insensibilidade e crueza de tal comportamento, causador de angústia e sofrimento nos pais, ainda para mais quando envolvidos em situações de risco, como é o caso de Baltasar na guerra.
Consciente dessa falha, Baltasar explica ao pai a batalha, a sua mutilação e os anos de ausência, mas omite-lhe os anos passados em Lisboa, após o regresso a Portugal, há dois anos, pois dessas circunstâncias não os informara e tem consciência da falha que tal atitude comporta e de como magoaria ainda mais os seus pais, deixando-os permanecer na ignorância. Apenas dera notícias há poucas semanas, via carta, quando decidira regressar a casa.
B
. Introdução
- A poética de Campos liga-se à estética de vanguarda futurista;
- A ligação de Campos à vanguarda futurista concretiza-se na sua segunda fase poética, nomeadamente em poemas como «Ode triunfal»;
- Os movimentos que a evidenciam são o futurismo e o Sensacionismo.
. Desenvolvimento
- Futurismo:
- Corte com o passado e expressão artística do dinamismo e da vida
moderna;
- Apologia da civilização moderna industrial e do seu ritmo, da técnica,
da máquina, da velocidade, do movimento...;
- Atitude escandalosa e chocante (linguagem erótica, evocadora de
traços sadomasoquistas);
- Nova linguagem:
. ritmo torrencial;
. acumulação de recursos estilísticos;
. destruição da sintaxe;
- Medida:
. versos livres e longos;
. versos próximos da prosa e da oralidade.
. ritmo torrencial;
. acumulação de recursos estilísticos;
. destruição da sintaxe;
- Medida:
. versos livres e longos;
. versos próximos da prosa e da oralidade.
- Sensacionismo:
- Procura das sensações;
- Vivência excessiva das sensações («Sentir tudo de todas as maneiras»);
- Atitudes sadomasoquistas.
. Conclusão
Grupo II
Versão 1 Versão 2
1.1. B D
1.2. D A
1.3. B D
1.4. C B
1.5. A C
1.6. C A
1.7. D B
2.1. Complemento direto.
2.2. «(d) as palavras»
2.3. Oração subordinada adverbial concessiva.
1.2. D A
1.3. B D
1.4. C B
1.5. A C
1.6. C A
1.7. D B
2.1. Complemento direto.
2.2. «(d) as palavras»
2.3. Oração subordinada adverbial concessiva.
Grupo III
. Introdução
- Tradicionalmente, homens e mulheres desempenhavam papéis diferentes, eles mais ligados a atividades exteriores e elas a atividades domésticas e familiares;
- Ao longos os tempos esses papéis sofreram alterações;
- Atualmente, a mulher desempenha um papel mais ativo e próximo do masculino em diversas áreas, especialmente no Ocidente.
. Desenvolvimento
- Argumento 1: A mulher lutou pela alteração da sua condição social e atingiu um plano de igualdade em diversos setores, superando o seu papel tradicional, limitado à vida caseira e familiar.
- Exemplo 1: A mulher está no mercado de trabalho como o homem e já ocupa cargos de chefia e poder (embora em menor número) nas empresas, na política, etc., como exemplificam figuras como a sr.ª Merkel (PM da Alemanha) ou Assunção Esteves (presidente da Assembleia da República).
- Argumento 2: O homem adotou uma postura de complementaridade, cooperação e entreajuda relativamente ao novo papel feminino.
- Exemplo 2: A partilha das tarefas domésticas e no crescimento e educação dos filhos entre a mulher e o homem.
- Argumento 3: A mulher possui um estatuto social de maior liberdade e independência ao nível dos comportamentos, da postura e do agir.
. Conclusão
- Exemplo 3: A mulher sai sozinha e convive socialmente, sem necessitar de acompanhamento ou tutela masculina.
- Os papéis tradicionalmente atribuídos a homens e mulheres alteraram-se profundamente;
- A condição masculina e feminina não é, porém, de igualdade absoluta no acesso ao trabalho, no desempenho de cargos de chefia, etc., onde o homem continua a predominar;
- Esta situação ocorre, preferencialmente, no Ocidente, pois noutras zonas do mundo a mulher continua a viver sob o jugo masculino.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
terça-feira, 10 de julho de 2012
"Tribunal", Miguel Torga
Não há outros comparsas no processo.
Eu acuso e defendo e sou juiz
Do réu que também sou, preso por mim.
O crime é um ato de rebelião
Contra os altos ditames da razão,
Que mandam que me aceite como vim.
Ora eu não me quero tal e qual!
Desejo-me intangível, imortal,
Não sei ao certo ainda em que universo...
E aguardo, cabisbaixo, o julgamento,
Enquanto vou sentindo o pensamento
Evadir-se da sala em cada verso.
Eu acuso e defendo e sou juiz
Do réu que também sou, preso por mim.
O crime é um ato de rebelião
Contra os altos ditames da razão,
Que mandam que me aceite como vim.
Ora eu não me quero tal e qual!
Desejo-me intangível, imortal,
Não sei ao certo ainda em que universo...
E aguardo, cabisbaixo, o julgamento,
Enquanto vou sentindo o pensamento
Evadir-se da sala em cada verso.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Naufrágio
Apurados os resultados da votação do júri nacional, conclui-se que:
- se trata dos piores resultados de sempre: média de 8, 38;
- cumpriram-se as previsões.
domingo, 8 de julho de 2012
Roger.... Federer......
sábado, 7 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
Das aparências
Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que, não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.
António Aleixo
Mas há muitos que eu conheço
Que, não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.
António Aleixo
segunda-feira, 2 de julho de 2012
"Aos Filhos"
Já nada nos pertence,
nem a nossa miséria.
O que vos deixaremos
a vós o roubaremos.
Toda a vida estivemos
sentados sobre a morte,
sobre a nossa própria morte!
Agora como morreremos?
Estes são tempos de
que não ficará memória,
alguma memória teríamos
fôssemos ao menos infames.
Comprámos e não pagámos,
faltámos a encontros:
nem sequer quando errámos
fizemos grande coisa!
Manuel António Pina, in Um Sítio onde pousar a Cabeça
nem a nossa miséria.
O que vos deixaremos
a vós o roubaremos.
Toda a vida estivemos
sentados sobre a morte,
sobre a nossa própria morte!
Agora como morreremos?
Estes são tempos de
que não ficará memória,
alguma memória teríamos
fôssemos ao menos infames.
Comprámos e não pagámos,
faltámos a encontros:
nem sequer quando errámos
fizemos grande coisa!
Manuel António Pina, in Um Sítio onde pousar a Cabeça
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