▪ ao longo
do tempo (não falamos hoje como falávamos na época medieval, ou noutra
época passada);
▪ em função
da geografia (local onde são faladas) – o português falado em Lisboa não
é exatamente igual ao falado no Porto ou nos Açores;
▪ dentro da sociedade
(contexto em que são usadas e falantes que as utilizam, em função quer do nível
social e cultural dos falantes, quer da situação de comunicação).
Com
efeito, o tempo, a geografia/ o espaço, a sociedade/o
meio social e a situação discursiva constituem os fatores
que justificam essa variação.
De facto,
é evidente que a língua portuguesa evoluiu ao longo dos tempos (basta
ler, por exemplo, um extrato de um texto de Gil Vicente ou de Camões, etc.,
para compreender que o português dessas épocas era muito diverso do atual), mas
é igualmente claro que um falante do Porto fala de modo diferente de um do
Algarve, ou que uma criança possui um discurso diferente do de um adulto, ou
ainda que falantes de diferentes extratos socioculturais, embora comuniquem
entre si, o fazem recorrendo a registos distintos.
Em
suma, todas as línguas naturais:
▪ têm variação;
▪ mudam e estão sempre a mudar.
Esta
propriedade das línguas possui, pois, a designação de variação linguística.
▪ variação histórica;
▪ variedades geográficas;
▪ variedades sociais;
▪ variedades situacionais.
Sem comentários :
Enviar um comentário