Português: Variedade europeia: regionalismos e mirandês

sábado, 16 de janeiro de 2021

Variedade europeia: regionalismos e mirandês

 
2.2.1. Variedade europeia

 
● A variedade europeia corresponde ao português falado em Portugal Continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

 
● A língua padrão ou norma (isto é, a língua usada e compreendida pela generalidade dos falantes) é a variante falada no eixo (imaginário) Coimbra – Lisboa. Há quem considere, no entanto, que a norma da língua portuguesa corresponde à utilizada pelos falantes cultos de Lisboa.

 
● A variedade europeia apresenta, contudo, diferenças dialetais. Ou seja, um habitante do continente e um açoriano ou madeirense falam de forma diferente, tal como um de Lisboa e outro do Porto.

 
● Ou seja, a língua portuguesa apresenta (além de variações continentais) também variedades geográficas que diferem de região para região, dentro do mesmo país. As suas especificidades podem manifestar-se ao nível da pronúncia, da entoação, do vocabulário e da sintaxe. Estamos a falar dos dialetos ou regionalismos.

 
Dialetos regionais ou regionalismos (de dia = meio de + lecto = fala)

 
▪ São expressões e palavras típicas de cada região ou local do país.

 
▪ As diferenças ocorrem:

- na oralidade:

. ditongos ei (leite) e ou (tesouro) a Norte ≠ ditongos reduzidos a Sul: ei > ê (Figueira > Figuêra) ou ou > ô (louro > loro);

- no léxico:

. à minha beira = ao pé de mim (Norte);

. albarda = sela (Alentejo);

. alcagoita = amendoim (Algarve);

. fino = copo de cerveja (Norte);

. bica = café (Centro);

. lambeca = sorvete (Madeira);

. trincar o pé = pisar o pé (Açores).

 

Mirandês: é um antigo dialeto, promovido a segunda língua de Portugal, falada na região de Mirando do Douro.

 

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