2.3. Variedades situacionais ou diafásicas (do grego dia =
através de + phásis = expressão)
● São as
variedades da língua que dependem das diferentes situações de comunicação, isto
é, o falante adapta o registo de língua às diferentes situações de comunicação
em que interage. Um falante expressar-se-á de maneira muito diferente num
estádio de futebol, num tribunal, num consultório médico ou numa roda de
amigos.
● Assim, a
língua usada por um falante varia consoante o contexto (local em que se
encontra, situação de trabalho, de convívio ou familiar…), o grau de cultura e
a idade do interlocutor ou até na sua relação com o mesmo, que pode ser mais ou
menos informal.
● Em situação
formal, o falante recorre a um registo cuidado, de acordo com as exigências
dos seus interlocutores (pessoas, instituições, empresas).
● Em situação
informal, o falante pode fazer uso de um registo de língua mais espontâneo,
menos controlado.
● Neste
âmbito, o falante pode, portanto, socorrer-se dos seguintes registos de língua:
▪ Registo literário: uso de recursos especiais ao
nível do significante, da estrutura frásica; de linguagem conotativa.
▪ Registo cuidado: uso de vocabulário cuidado, frases bem estruturadas/construídas.
É mais usado em situações formais (discursos, conferências, crónicas…).
▪ Registo corrente: uso de vocabulário corrente,
de fácil compreensão, claro e correto. É usado quotidianamente nos meios de
comunicação social (rádio, televisão, conversas…).
▪ Registo familiar: uso de vocabulário pouco
variado, simples, de fácil compreensão, claro e espontâneo. É o mais usado
diariamente em situações coloquiais, entre a família e os amigos.
▪ Registo popular: uso de vocabulário mais pobre,
simples e espontâneo, denotando muitas vezes pouca instrução por parte dos seus
falantes. É usado, principalmente, em contextos de oralidade, e é muito
expressivo.
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