A Grécia clássica encarava os Poemas Homéricos como relatos históricos de acontecimentos vividos por heróis que serviam como paradigma de honra e cuja influência perdurou para além do Império Romano.
Os estudiosos gregos começaram a
escrever sobre Homero a partir do final do século VI a.C. e a sua influência
sobreviveu pelos séculos seguintes. Por exemplo, o poeta latino Virgílio, mais
de 500 anos depois, na sua Eneida, emulou a métrica do poeta grego, os
símiles épicos, a estrutura da ação e muitos outros elementos característicos
do género épico. Mais de um milénio depois, o poeta latino Dante inclui
personagens de ambos os Poemas Homéricos na sua Divina Comédia.
As obras de Homero não são, contudo,
os únicos textos épicos antigos de tradição oral. Por exemplo, o poeta indiano
Vyasa é o autor provável de Mahabharata, surgido cerca de 400 a.C., e
Valmiki, também de origem hindu, produziu Ramanaya, por volta do ano 500
a.C. Ambas as produções contêm tropos heroicos e metáforas de guerra
semelhantes.
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