Português: Resumo da cena 2 do ato V de Hamlet

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Resumo da cena 2 do ato V de Hamlet

    Esta é a cena final da peça e decorre no dia seguinte, no castelo de Elsinore, onde se reúnem todas as personagens centrais. Hamlet conta a Horácio como conseguir fugir do navio que o levava para Inglaterra. Embora não se sentisse um prisioneiro, acha-se confinado e decidiu libertar-se. Assim, certa noite, enquanto Rosencrantz e Guildenstern dormiam, entrou furtivamente na sua cabine e surripiou a documentação que Cláudio lhes entregara. Ao ler as cartas, descobriu que o rei pretendia a sua morte, por isso substituiu a missiva que lhe dizia respeito por outra, redigida por si imitando a caligrafia do tio, ordenando a execução imediata de Rosencrantz e Guildenstern. Depois de a selar com o sinete, colocou-a no local de onde retirara as originais. Durante o diálogo com o amigo, Hamlet lamenta ter hostilizado Laertes, pois reconhece no desejo de vingança da morte do pai do irmão de Ofélia o seu próprio. Horácio aconselha-o a agir rapidamente, pois a notícia da sua atitude relativamente a Guildenstern e a Rosencrantz não tardarão a chegar à corte.
    A conversa é interrompida pela chegada de Orsic, um cortesão tolo, que traz uma mensagem de Cláudio para Hamlet: o príncipe foi convidado para testar as suas habilidades num duelo amigável com Laertes. Orsic elogia profundamente o filho de Polónio e acrescenta que o rei apostou nele para vencer a disputa e pergunta-lhe se aceita o desafio. Apesar dos conselhos de Horácio, Hamlet concorda em lutar, confiando o seu destino a Deus.
    A corte reúne-se no salão. Os dois antagonistas cumprimentam-se, apertando as mãos, e Hamlet pede perdão a Laertes por ter assassinado o seu pai e pela dor que lhe causou e à família, porém acrescenta que as suas ações foram praticadas sob o efeito da loucura, pelo que não lhe poderão ser assacadas. Laertes aprecia o gesto, mas afirma que não o perdoará.
    Orsic entrega os floretes e ambos e Cláudio declara que recompensará o vencedor com vinho fino. O desafio tem início, Hamlet atinge o adversário e o monarca oferece-lhe vinha envenenado, porém o príncipe declina, afirmando que beberá mais tarde. O confronto prossegue e Laertes volta a ser atingido. Gertrudes, exuberante, pega na bebida para celebrar. Cláudio tenta impedi-la de beber, mas não consegue e, assim, sem saber a rainha ingere o veneno. Deste modo, mesmo que acidentalmente, o monarca é o responsável pela morte da esposa.
    Laertes sussurra que ferir o oponente com a espada envenenada é algo que perturba a sua consciência. O terceiro «round» tem início e Laertes acerta no opositor, fazendo sangue. Durante a refrega, ambos deixam cair as espadas e acidentalmente pegam na arma do outro. De seguida, Hamlet fere o adversário com a espada deste.
    A rainha cai no chão. Laertes, percebendo que foi atingido com a sua própria espada, lamenta ter sido vítima da sua própria armadilha. Gertrudes geme que a taça da qual bebeu deveria estar envenenada, chama o filho, diz-lhe que não beba o vinho e morre. Hamlet ordena de imediato que as portas do salão sejam trancadas até que o culpado seja descoberto. Laertes, às portas da morte, diz a Hamlet que a ponta da sua espada estava envenenada e que ambos vão morrer, acrescentando que o rei é o responsável pelo veneno na espada e na taça de vinho. O príncipe, furioso, atinge Cláudio com o florete envenenado e obriga-o a beber o que resta do vinho. O soberano morre. Laertes e Hamlet perdoam-se e o primeiro sucumbe. Horácio conforta o amigo e pega no vinho sobrante para o beber, mas Hamlet impede-o, rogando-lhe que viva e conte a sua história.
    Soam trombetas. Orsic entra na sala e informa o moribundo que Fortinbras regressou vitorioso da Polónia. Antes do último suspiro, Hamlet expressa o desejo de que Fortinbras seja o futuro rei da Dinamarca e morre. O líder vitorioso, acompanhado de embaixadores ingleses, entra no salão, horrorizado com a carnificina em seu redor. Um embaixador anuncia as mortes de Guildenstern e Rosencrantz. Horácio narra aos recém-chegados o que aconteceu. Fortinbras lamenta o estado a que a Dinamarca chegou e revindica para si o trono. Horácio promete-lhe o seu apoio.
    Fortinbras ordena que Hamlet seja tratado com as honras de um soldado: quatro capitães transportam o seu corpo até uma plataforma, dizendo que, se vivesse, teria sido um rei excecional. A finalizar, ordena que os soldados limpem o salão retirando os mortos, observando que a visão dos seus corpos pode ser adequada a um campo de batalha, mas não ao interior de um castelo.

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