Português: Resumo da cena 5 do ato IV de Hamlet

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Resumo da cena 5 do ato IV de Hamlet

    A ação retorna ao castelo de Elsinore. Ofélia solicitou uma audiência a Gertrudes, porém a rainha está relutante em a receber, pois teve conhecimento de que a jovem tem agido estranhamente desde a morte do pai. No entanto, Horácio diz-lhe que Ofélia é merecedora de pena, explicando-lhe que a sua dor a deixou enlouquecida e incoerente. A rainha consente, embora comente que a deterioração da filha de Polónio poderá constituir o prenúncio de uma grande calamidade.
    Ofélia entra, entoando uma canção de amor e adornada de flores. Educadamente, a rainha questiona-a sobre o significado da canção, porém a jovem prossegue cantando sobre um homem falecido, enterrado e adornado com flores doces. Entrementes, chega Cláudio e, ao ouvir a cantoria e o discurso desconexo de Ofélia, comenta que a sua dor decorre da morte do pai. De facto, tudo em torno da jovem sugere a sua loucura. Por exemplo, quando a cumprimenta e lhe pergunta como está, ela refere-se a uma história enigmática sobre a filha de um padeiro que foi transformada em coruja, querendo significar que as pessoas sabem quem são, mas não necessariamente aquilo em que se tornam.
    Ofélia prossegue, interpretando músicas sobre amor não correspondido e mulheres derrotadas por homens desleais. Subitamente, interrompe a canção para afirmar que não consegue parar de pensar no seu pai, deitado no chão frio, e declara que irá informar o irmão sobre estes acontecimentos. Seguidamente, despede-se do casal real e sai do salão. Cláudio pede a Horácio que olhe pela jovem e o homem sai também.
    A sós, Cláudio informa Gertrudes que Laertes regressou secretamente da França após ter tomado conhecimento do passamento do pai. Enquanto dialogam, ouve-se uma grande comoção no exterior, seguida da entrada de um mensageiro no salão. Este dá conta que Laertes, acompanhado por uma multidão de plebeus, pegou em armas contra Cláudio e que o povo está do seu lado, gritando pelas ruas que o filho de Polónio deve ser rei. Gertrudes fica chocado com a notícia. Logo de seguida, Laertes entra, furioso, no salão e declara que quer vingar a morte de seu pai. O rei e a rainha procuram acalmá-lo: Cláudio reconhece que Polónio está morto, enquanto a esposa, nervosa, esclarece que o marido não tem nada a ver com essa morte. Entretanto, Ofélia retorna, cantado uma canção sobre um homem levado para o túmulo num caixão exposto e oferecendo flores imaginárias (alecrim, amores-perfeitos, erva-doce, margaridas), num estado claro de insanidade. Ao observar o estado da irmã, Laertes, triste e enraivecido, jura vingança. O rei aproveita o momento e convence-o a ouvir a sua versão dos factos e promete que lhe entregará a sua coroa e o reino se se provar que ele ou a esposa tiveram culpa na morte de Polónio. Uma vez provada a sua inocência, promete ajudar Laertes a vingar-se do responsável pelo crime.

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