Depois que surgiu uma fusão entre a sensibilidade e o ambiente exótico, esta vai encarnar a teoria rousseauniana do bom selvagem e da bondade natural do homem.
Começam a surgir as novelas de caráter sentimentalista. Atingimos assim uma segunda fase do Pré-Romantismo francês.
A partir daqui, começa a ganhar projeção o mito do bom selvagem e há uma figura mítica que começa a proliferar nas várias literaturas: o índio das Américas, que personifica o bom selvagem. É visto como o bom homem, não contaminado. Já numa terceira geração do Pré-Romantismo francês aparecem nomes como Chateaubriand e Madame de Stäel, que se distinguiu pelos seus ensaios teóricos que ajudaram a divulgar alguns dos princípios do Pré-Romantismo, entre os quais o da relativização do belo.
Uma das suas mais famosas obras é La Litteratura, na qual estabelece a relação entre a criação literária e os condicionalismos de ordem social e sócio-cultural e mostra também que a apreciação do belo é condicionada pelas culturas.
Obra obra é De l'Alemagne e vem reforçar certos princípios como a relativização do belo. Dá a conhecer à França a literatura alemã e evidencia o caráter relativo do belo.
Tomado o Pré-Romantismo europeu como um movimento global, com características idênticas, houve quem defendesse que esse Pré-Romantismo era a confirmação ou o reflexo das formas pioneiras da literatura britânica, onde se começa a manifestar o Pré-Romantismo e depois ter-se-ia espalhado por outros países europeus através de um processo de influências a partir do ponto de partida inglês.
Hoje em dia não se defende esta posição, embora se reconheça uma precedência do Pré-Romantismo nos países nórdicos, designadamente na Grã-Bretanha, isso não significa que o Pré-Romantismo seja nos outros países europeus apenas uma consequência do Pré-Romantismo inglês. Deve dizer-se que o Pré-Romantismo foi um movimento convergente, ou seja, nos países europeus ter-se-ão criado condições propícias ao surgimento das tendências pré-românticas.

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