Português

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Autárquicas 2017: Tino é TOP!


Protótipos textuais: texto argumentativo

3.1. Definição: o texto argumentativo é um texto onde se expressa uma opinião (sobre alguém ou alguma coisa) e se procura justificar ou refutar essa opinião por meio de argumentos.
A sua intenção comunicativa é convencer, persuadir o(s) interlocutor(es), levando-o(s) a aceitar determinado ponto de vista, ideia ou produto, etc., obtendo assim a sua aprovação, ou refutar uma opinião alheia, estabelecendo relações entre factos, hipóteses, provas e refutações. Deste modo, pode afirmar-se que um texto argumentativo se caracteriza, por um lado, pela expressão de uma opinião que, sendo controversa, suscita uma defesa e abre espaço de contestação e, por outro lado, pela apresentação de argumentos a favor ou contra uma determinada tese.

3.2. Estrutura
                O texto argumentativo apresenta, geralmente, a seguinte estrutura:
. Tese: apresentação da opinião que se se pretende defender.
. Premissa(s): pode(m) ou não estar expressa(s), representando algo que é inequivocamente aceite.
. Argumentos: conjunto de provas ou razões que sustentam a tese, que devem ser fidedignas, autênticas e relevantes. Podem funcionar como argumentos exemplos, ilustrações, narrações, descrições, estatísticas, comparações, referências históricas, etc. Normalmente, os argumentos são apresentados de forma gradativa e crescente, partindo-se dos mais frágeis para os mais fortes e irrefutáveis.
. Conclusão: é uma demonstração clara da tese defendida.

3.3. Géneros (ou tipos de textos argumentativos)
- discursos políticos
- publicidade
- discursos da imprensa escrita e falada
- debates
- propaganda política
- discursos religiosos
- interações verbais da vida quotidiana
- mundo académico
                No contexto social e académico, o protótipo argumentativo exige algum nível de formalidade e determinadas competências como, por exemplo:
- saber utilizar os argumentos;
- distinguir entre um bom argumento e uma falácia (isto é, um falso argumento como o jogo linguístico, o ataque e a desqualificação pessoais, a manipulação, etc.);
- usar argumentos de autoridade;
- apresentar exemplos adequados e pertinentes;
- estabelecer paralelismos e analogias.

3.4. Características
                As principais marcas linguísticas são as seguintes:
. verbos de opinião e crença (“achar”, “julgar”, “crer”, “dever”, “querer”, “gostar”, “ser preciso”, “concordar”, etc.);
. verbos declarativos (“afirmar”, “considerar”, “declarar”, etc.);
. verbos que indicam uma relação entre a causa e o efeito (“causar”, “motivar”, “originar”, “provocar”, “ocasionar”, etc.);
. uso frequente do verbo “ser” ou equivalente na elaboração da tese;
. predomínio do presente, pretérito perfeito e futuro do indicativo com valor universal;
. frases declarativas e interrogativas;
. marcadores e conectores discursivos com valores diversos: aditivo (“mais”, “além disso”), exemplificativo / confirmativo (“por exemplo”, “com efeito”), contrastivo (“mas”, “no entanto”, embora”), explicativo e conclusivo (“porque”, “pois”, “com efeito”, “por conseguinte”);
. marcas linguísticas que expressam um ponto de vista.





Bibliografia:
. Domínios, de Zacarias Nascimento et alii;
. Gramática da Língua Portuguesa, de Clara Amorim;
. Itinerário Gramatical, Olívia Figueiredo e Eunice de Figueiredo;
. Nova Gramática Didática de Português, Santillana.

Autárquicas 2017: o tamanho importa sim!


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Autárquicas 2017: os leirienses agradecem, mas poderia ser com vírgula?


     Ó Fernando Costa, quando se faz uso do vocativo, deve isolar-se com uma virguleca. Entendeu, Fernando?

     Dê uma espreitadela aqui: vocativo.

Autárquicas 2017: muito tempo na roliça, falta tempo para ir À escola


     A língua portuguesa é tratada aos pontapés por todo o lado no dia a dia.

     Neste caso, verifica-se um dos erros mais comuns: a acentuação errada de "à". Ora, tratando-se da contração da preposição "a" com o determinante artigo definido "a", a palavra recebe um acento GRAVE e não agudo: à. Aliás, o uso do acento grave, hoje, na língua portuguesa, está limitado aos casos de contrações.

Autárquicas 2017: depois do cherne, o carapau


AutárTicas 2017: eleições paralelas


Autárquicas 2017: bora lá construir o anexo


Autárquicas 2017: a CEDILHA, esse empeÇilho


     As Andreias surgem aqui, neste cartaz, associadas a um erro ao nível do ensino pré-escolar.

     É certo que já não vamos a tempo de impedir aquela primeira cedilha marota, mas pode ser que tenha impacto daqui a quatro anos.


                A cedilha utiliza-se debaixo do c antes das vogais a, o ou u para representar o som [s]:
- caça
- terço
- muçulmano
- açúcar
- Açores
- rebuçado

Diacrítico

                Diacrítico (do grego “diacritikós”, que significa “capaz de distinguir”) é o sinal gráfico que se acrescenta a uma letra para (1) alterar o timbre das vogais, para (2) distinguir a grafia de certas palavras e para (3) assinalar a sílaba tónica.

Autárquicas 2017: continuar...


Protótipos textuais: texto descritivo

2.1. Definição: o texto descritivo é todo o texto ou sequência textual em que se atribuem predicados, qualidades ou características diversos a um referente (humano, não humano, objetos, espaços). Por outro lado, esse assunto ou objeto pode ser descrito de forma genérica / global, ou desdobrado e descrito nas suas partes constituintes.
                Podem ser objeto de descrição pessoas, personagens (os seus traços físicos e psicológicos), espaços (físicos, psicológicos ou sociais), fenómenos atmosféricos, animais e todo o tipo de objetos. As sequências textuais descritivas surgem frequentemente articuladas com sequências textuais de outros tipos. Por exemplo, é frequente surgirem, em textos narrativos, sequências descritivas que permitem caracterizar uma personagem ou um espaço social, por forma a motivar o desenrolar da ação.
                O texto descritivo pode concretizar-se de diferentes formas:
. num texto corrido (uma enciclopédia, por exemplo);
. numa introdução seguida de uma listagem de itens caracterizadores de algo;
. num texto narrativo ou num texto científico.
                Por outro lado, pode assumir a forma de um texto curto (por exemplo, adivinhas, enumerações, tatutologias, definições dos dicionários) ou a forma de sequências (a forma mais recorrente). Neste caso, as descrições surgem intercaladas entre outras sequências (narrativas, argumentativas, expositivas, explicativas, dialogais), em lugares estratégias, para que possam ser melhor registadas pela memória do leitor ou ouvinte.

2.2. Características
- a qualificação é feita através de adjetivos com valor qualificativo e predicativo (“a sala de aula é pequena”) e de verbos que veiculam modalização expressiva (“a sala de aula resplandecia de luz”);
- o uso de recursos expressivos como a comparação, a metáfora, a sinédoque, a hipérbole, etc.;
- a decomposição do referente descrito nas suas partes constitutivas: “A escola de Sesimbra [holónimo] tem quatro salas de aulas [merónimo] e cada sala [holónimo] possui quatro janelas [merónimo].”);
- o uso do verbo “ser” para predicar a totalidade do referente (“A Naomi Watts é linda.”) ou do verbo “ter” para predicar uma parte (“A Naomi Watts tem cabelo louro.”);
- características linguísticas:
. verbos de estado para a descrição estática (“ser”, “estar”, “parecer”, etc.) e verbos de ação para a descrição dinâmica (“correr”, “saltar”, etc.);
. predomínio do pretérito imperfeito, do presente e do futuro do futuro, que traduzem a simultaneidade;
. adjetivos e expressões caracterizadoras e de relacionação;
. conectores e marcadores discursivos (aditivos – “e”, “de seguida”, “também”, etc.; enumerativos – “primeiro”, “depois”, “finalmente”, etc.);
. advérbios e expressões com valor locativo (“aqui”, “na escola”, etc.) e temporal (“há minutos”, etc.);
. vocabulário expressivo e figuras de estilo;
. vocabulário expressivo relativamente ao mundo das sensações.


Bibliografia:
. Domínios, de Zacarias Nascimento et alii;
. Gramática da Língua Portuguesa, de Clara Amorim;
. Itinerário Gramatical, Olívia Figueiredo e Eunice de Figueiredo;
. Nova Gramática Didática de Português, Santillana.

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