4.1. Definição: o texto expositivo tem como objetivo
a análise ou a síntese de ideias, conceitos e teorias; expor, explicar e
informar sobre algo, apresentando problemas e propostas de resolução dos
mesmos, acompanhados, ou não, de justificação.
Esta tipologia textual implica uma
relação de comunicação entre dois agentes: o locutor A faz saber/compreender ao
locutor B o que é um certo dado, através da sua exposição, descrição,
enumeração, analisando-o para explicitar factos, elementos, ideias.
4.2. Géneros
-
manuais da área das ciências naturais (onde abundam textos em que se passa
constantemente da exposição – sucessão de informações com o objetivo de dar a
conhecer algo – à explicação – com o intuito de fazer compreender o porquê do
problema e a sua resolução).
4.3. Características
. verbos com sentido expositivo (“ser”, “ter”,
“consistir”, “haver”, etc.) no presente, pretérito perfeito e futuro do
indicativo, normalmente com valor universal e intemporal;
.
adjetivos e advérbios para descrever, precisar e situar;
.
uso frequente de analogias e comparações;
. enunciação objetiva na terceira pessoa, omitindo as
marcas do sujeito enunciador e estruturas que indicam uma avaliação pessoal
(“na minha opinião”, “julgo”, “creio”, “parece-me que”, etc.), recorrendo antes
a estruturas impessoais (“deve-se”) e passivas;
. léxico especializado: recurso a termos genéricos
(hiperónimos), específicos (hipónimos); definição de seres, objetos, ideias na
sua totalidade (holónimos) ou nas suas partes (merónimos); recurso a
nominalizações e denominações;
. conectores e marcadores que indicam relações de causa
e consequência, de fim e meio, confirmativos e exemplificativos, explicativos e
conclusivos.
Bibliografia:
. Domínios, de Zacarias Nascimento et alii;
. Gramática da Língua Portuguesa, de Clara Amorim;
. Itinerário Gramatical, Olívia Figueiredo e Eunice de
Figueiredo;
. Nova Gramática Didática de Português, Santillana.