Horácio (Quintus Horatius
Flaccus) foi um poeta latino, nascido em Venusa, em 65 a. C., e falecido em
Roma, de forma súbita, em 8 a. C., do período do imperador Augusto.
Entre 41 e
30 a. C., compôs Epodes (uma obra do género satírico) e Sátiras. A
partir de 30 escreveu quatro livros de Odes, tendo sido os três primeiros
publicados em 23 e o último depois do ano 13. Escreveu também dois livros de Epístolas,
o primeiro publicado no ano 20; do segundo, que contém três epístolas, não se
sabe ao certo a data da publicação, mas contém provavelmente as últimas obras
de Horácio. A terceira destas epístolas, a Epístola aos Pisões, é a mais
célebre e geralmente conhecida por Arte Poética, onde discorre sobre
questões literárias. As Sátiras e as Epístolas são designadas por
Sermones.
Na sua obra,
revela a influência da filosofia epicurista, o que se torna visível nas odes
que glosam temas como o carpe diem (o
aproveitamento do dia, do momento). Na esteira de Epicuro, Horácio canta a
ideia de que a vida é efémera, o tempo passa e o
indivíduo acabará por se debater com problemas e com o sofrimento: a velhice,
a doença, a morte de alguém próximo, o fim do amor ou
outras adversidades. Cada a cada pessoa libertar-se dos medos e abraçar um estado
de ausência de perturbações (ataraxia) para viver serena e
conformadamente, sem ambições, junto da natureza (aurea mediocritas).
Horácio influenciará
a poesia de Ricardo Reis no plano da cosmovisão e da filosofia epicurista, mas
também no plano da forma, pelo uso da ode.
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