Com os deuses afastados da batalha, os Gregos fazem os Troianos recuar em direção a Troia, e Menelau faz refém um cocheiro troiano, chamado Adestro, que lhe roga que o liberte. O ex-esposo de Helena está inclinado a atender ao pedido em troca de um resgate, mas Agamémnon convence-o a matar o prisioneiro, o que os irmãos fazem em conjunto.
Heleno, um adivinho, exorta Heitor a
regressar a Troia e a pedir a sua mãe, Hécuba, e às demais mulheres nobres que
orem no templo de Atenas e façam oferendas à deusa. De seguida, vai ao encontro
de Páris, que se retirou da batalha, alegando que estava demasiado triste para
lutar. Heitor e Helena não escondem o seu desprezo pelo irmão e companheiro, o
que faz com que Páris regresse ao combate. Depois Heitor visita a sua esposa,
Andrómaca, que está ocupada com o filho de ambos, Astianax, e observa, ansiosa,
o combate que decorre em baixo, na planície. Ela implora ao marido que se
retire da luta, mas ele recusa a ideia, pois a sua honra não o permite e, se o
fizesse, morreria de vergonha, além de que não pode fugir ao seu destino, seja
ele qual for. Então beija o filho, que se assusta inicialmente com a crista do
capacete, mas acaba por corresponder ao afeto do pai numa cena familiar
comovente. Quando Heitor regressa à batalha, Andrómaca sofre, convencida de que
o esposo morrerá em breve. No caminho, encontra o irmão e os dois voltam à
refrega.
Neste canto, há um outro momento digno de destaque. Diomedes e Glauco, um troiano, enfrentam-se no campo de batalha. O grego questiona-se quem será o inimigo, pois não se tinha apercebido da sua presença. Glauco informa-o, então, sobre a sua linhagem, e acabam por descobrir que os seus antepassados trocaram presentes de amizade entre si. Os dois declaram também amizade um pelo outro e trocam as armaduras.
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