O retorno de Heitor e Páris ao combate revigora as tropas troianas, mas Apolo e Atenas decidem finalizar a refrega naquele dia. Para tal, determinam a realização de um duelo. Assim, a deusa envia uma mensagem telepática a Heleno: Heitor deverá desafiar o guerreiro grego mais forte para lutar. É isso que o herói troiano faz: aproxima-se da linha inimiga e desafia-a a indicar alguém para combater consigo. Menelau é o único que tem coragem e dá um passo em frente, mas Agamémnon, consciente de que o irmão não é páreo para Heitor, dissuade-o do intento. Nestor, que é demasiado velho para responder ao desafio, exorta os seus companheiros a responder a Heitor. Nove guerreiros aqueus respondem ao chamamento e, dentre eles, Ájax é selecionado por sorteio.
Heitor intimida-se com a envergadura
do gigante, mas não cede. Ataca-o ousadamente, mas cada golpe é bloqueado pelo
enorme escudo do adversário. Ájax fere ligeiramente o troiano e derruba-o com
uma pedra. Como a noite está a chegar, arautos estimulados por Zeus cancelam a
luta. Os dois heróis concordam em encerrar o duelo e trocam presentes em sinal
de amizade.
Nenhum dos lados está ansioso por
regressar ao combate no dia seguinte. No acampamento grego, Nestor insta os
seus companheiros a solicitar uma trégua de vinte e quatro horas para enterrar
os mortos. Por outro lado, aconselha-os a construir fortificações à volta do
acampamento para proteção. No lado adversário, Príamo faz uma proposta
semelhante no que diz respeito à questão dos tombados em combate. Além disso,
Antenor, o seu conselheiro, pede a Páris que devolva Helena e, desta forma,
ponha fim à guerra, mas o príncipe troiano recusa, propondo como alternativa
devolver todo o tesouro que trouxe consigo de Esparta. Quando os Gregos são
confrontados com esta proposta no dia seguinte, compreendem o desespero dos
Troianos e sentem a sua fraqueza, recusam o acordo, mas concordam em observar
um dia de cessar-fogo para sepultar os respetivos mortos. Os Aqueus aproveitam
também a pausa para construir uma trincheira em torno dos seus navios, tarefa
que é observada por Zeus e Poseidon, que planeia destruir assim que os homens
partirem.
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