A cobertura sensacionalista da imprensa das prisões e do julgamento dos acusados inflama o imaginário dos leitores caucasianos, que se deleitam com episódios que remetem para as narrativas melodramáticas do Oeste americano. Essa cobertura mediática não obstrui a diligência dos Osage na busca por justiça, nem tampouco obscurece a perceção de White acerca da inumerável série de homicídios não elucidados que marcaram o período conhecido como o Reinado do Terror. Com efeito, o líder da investigação, plenamente consciente da corrupção que infesta o sistema judiciário, acata as apreensões do promotor público quanto à impossibilidade de um julgamento imparcial para Hale em instâncias estaduais. O caso Roan emerge como uma via potencial para fazer com que o julgamento transponha o âmbito federal, dado que o homicídio ocorrera numa reserva indígena. A meio dos preparativos para o julgamento, a trama de conspirações persiste, como é demonstrado pelo plano frustrado de assassinar Katherine Cole, testemunha da acusação. Ernest, alvo primordial de Hale, permanece oculto sob a proteção da equipe de White. A despeito das evidências acumuladas, Mollie mantém-se hesitante em acreditar na culpabilidade do marido, Ernest.
Em março de 1926, o juiz, alinhando-se com a defesa, decreta que o julgamento se desenrole sob a égide do tribunal estadual. O xerife Freas, num gesto de prudência, recaptura Hale e Ramsey, prevenindo assim a sua liberdade condicional enquanto o recurso jurídico percorre os meandros do sistema de justiça. Durante a audiência preliminar subsequente, um dos defensores de Hale proclama Ernest como seu constituinte e manifesta o desejo de entabular diálogo com o mesmo. A despeito dos veementes protestos da parte da promotoria, é permitido a Ernest que conferencie com os seus advogados.
No alvorecer do dia seguinte, Ernest renega integralmente a sua confissão. À medida que o alicerce da sua argumentação se desmorona, a promotoria opta por submeter Ernest a julgamento em primeiro instância, almejando consolidar a sua posição. Com o início do julgamento no mês de maio, Hale, Ernest e Ramsey declaram unanimemente ter sido submetidos a torturas pelos agentes do Bureau como meio de extrair a sua colaboração e confissão; contudo, tais alegações são prontamente refutadas. A promotoria convoca, então, Kelsie Morrison, cujo depoimento, embora egocêntrico, se revela devastador, implicando Hale, Ramsey e os irmãos Burkhart nos crimes. No decorrer do julgamento, Mollie é assolada pela notícia da enfermidade grave da sua filha mais nova, Anna, que acaba por falecer por causas naturais. O luto da mãe é profundo e avassalador.
Dias após o infausto passamento da filha, Ernest solicita um encontro com o advogado da acusação, John Leahy. Durante o encontro, declara estar exausto da tessitura de falsidades e roga ao causídico que providencie a representação legal de Flint Moss. Na sessão judicial subsequente, Ernest altera novamente a sua declaração de inocente para culpado, procedimento este desprovido de qualquer expectativa de clemência ou imunidade. Mais do que isso, ele expressa ao tribunal o seu desejo de confessar. O juiz, após certificar-se de que Ernest jamais fora submetido a torturas pelos agentes do Bureau, acolhe a alteração da declaração. No vigésimo primeiro dia do mês de junho do ano de 1926, Ernest é condenado à pena de prisão perpétua, a ser cumprida em regime de trabalhos forçados.
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