Português: Resumo da cena 1 do ato III de Hamlet

domingo, 7 de julho de 2024

Resumo da cena 1 do ato III de Hamlet

    Cláudio e Gertrudes discutem o comportamento de Hamlet com Ronsencrantz e Guildenstern, que têm pouco a relatar, exceto o facto de a companhia teatral que, entretanto, tinha chegado ter agradado ao príncipe. O casal real concorda em verem a representação da peça nessa noite. Depois, o monarca envia Rosencrantz e Guildenstern para vigiar o sobrinho. De seguida, pede à esposa que saia também, para que possa observar secretamente um encontro entre Hamlet e Ofélia. Gertrudes sai e Polónio instrui a filha a passear pelo corredor, dando-lhe um livro de orações e dizendo-lhe para se comportar como se o estivesse a ler, enquanto os dois homens se esconderão nas proximidades para observar o encontro.
    Hamlet aparece em cena, perdido nos seus pensamentos e contemplando, aparentemente, o suicídio para acabar com a sua dor: “Ser ou não ser: essa é a questão”. O rapaz parece ponderar sobre os méritos de enfrentar os desafios da vida ou buscar o alívio na morte. O medo do desconhecido faz com que ele se sinta um cobarde. Ao avistar Ofélia, ele interrompe os seus pensamentos. Seguindo as instruções do pai, a rapariga diz-lhe que deseja devolver-lhe os presentes de amor que ele lhe dera, porém, desconfiado das intenções dela e enraivecido, nega que sejam seus. Ofélia insiste que ele lhe deu presentes e cartas de amor, que já não lhe trazem alegria, o que faz com que o príncipe questione a honestidade dela: embora seja linda, tal não significa que seja honesta. Em resposta, a rapariga argumenta que a beleza e a pureza estão intimamente ligadas, o que ele rebate, afirmando que a beleza pode corromper a honestidade, no entanto esta não pode restaurar a pureza de uma mulher pecadora. De seguida, afirma que já a amou, mas, de imediato, declara que nunca a amou de verdade, claramente com o objetivo de a confundir e magoar. Aconselha-a, então, a entrar num convento para não dar à luz mais pecadores e critica as mulheres por fazerem com que os homens se comportem como monstros e por contribuírem para a desonestidade no mundo ao pintarem os seus rostos para parecerem mais belos do que são na realidade e os fazem pecar. Culpa a promiscuidade deles pela sua loucura e deseja o fim de todos os casamentos. Enquanto ele sai furioso, Ofélia lamenta a queda de Hamlet na loucura, de coração partido pelo comprometimento da sua pessoa enquanto soldado e futuro rei da Dinamarca.
    Cláudio e Polónio saem do seu esconderijo, chocados com o que viram e ouviram. Enquanto o segundo continua a acreditar que o amor de Hamlet por Ofélia é a causa da sua loucura, o rei pensa exatamente o oposto e afirma que o seu discurso não parece de o alguém insano. Ele acredita que a situação do príncipe se pode tornar perigosa e decide enviá-lo para o afastar de Elsinore e lhe proporcionar a oportunidade de se recuperar emocionalmente e conhecer o mundo. Polónio concorda com a decisão do monarca, mas sugere que, antes de partir, Gertrudes o confronte na tentativa de descobrir a causa da sua loucura. Assim, Cláudio deverá mandar Hamlet aos aposentos de Gertrudes depois da peça terminar, enquanto o próprio Polónio se esconderá e assistirá ao encontro sem ser visto. Cláudio aceita a sugestão de Polónio e enfatiza a necessidade de continuar a vigiar atentamente o príncipe.

Sem comentários :

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...