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quinta-feira, 25 de maio de 2017

'Caixa até Almeida'

      “Que a Caixa Geral de Depósitos tem de reduzir custos de funcionamento para estancar a corrente de prejuízos que vem acumulando desde há alguns anos, ninguém deverá ter dúvidas.
      Que o encerramento de algumas agências tem de inscrever-se no programa do imprescindível corte de despesas, parece evidente.
      Mas espanta que, agora que a Caixa tem na presidência um gestor reconhecidamente hábil, o encerramento da agência em Almeida tenha sido tratado de forma tão tosca que o tenha tornado em caso de amplitude nacional.

      A acumulação de perdas astronómicas da Caixa, que os contribuintes são obrigados a pagar, decorreram, e não sei se não continuam ainda a decorrer, de operações de crédito concedidas, malevolamente, a figurões, alguns publicamente conhecidos, outros incompreensivelmente mantidos no anonimato, que, por várias vias, estoiraram os créditos e ferraram os calotes.

      O que se passa neste campo pantanoso?
      Quanto valem esses calotes, incobrados, hoje mais ambiguamente designados por imparidades?
      Quem deve e não paga aquilo a que todos os contribuintes são convocado a pagar?
      Que foi feito das fortunas que eles construíram e desviaram para parte incerta?
      Que programa, que plano, que estratégia, tem o sr. Paulo Macedo e a sua equipa para fazer pagar a estes fulanos aquilo que devem? Todo o país tem direito a uma informação bastante, a decisões que garantam que a justiça neste processo não obrigue, também Almeida, a pagar os calotes de gente que continua a pavonear-se por esse mundo fora.

      Encerrar a Caixa em Almeida é uma decisão risível perante a enormidade das perdas resultantes das moscambilhas cometidas por anteriores administrações da Caixa.

     Se a agência da Caixa em Almeida tem de ser encerrada, trate prioritariamente a atual administração de recuperar aquilo que fundamentalmente conta no desequilíbrio da Caixa.”



     Um post tão certeiro quanto óbvio.

     Retirado daqui: aliastu.

domingo, 14 de maio de 2017

13 de maio: milagres de Fátima?


  • O Papa vem a Fátima no centenário das aparições.
  • O Benfica chega ao tetra.
  • Portugal vence o Festival da Eurovisão.
  • Há um ano, em julho, Portugal foi campeão europeu de futebol.


sexta-feira, 12 de maio de 2017

"Twin Peaks" - terceira temporada


     A mítica série de David Linch e Mark Frost vai regressar, 25 anos depois, no próximo dia 21 de maio.

     Há duas décadas e meia atrás, parte do mundo só queria saber "Quem matou Laura Palmer?"

terça-feira, 9 de maio de 2017

'Ode ao motor'

Ignição,
O coração começa a bater.
Cambota, cilindro, viela, pistão
Para cima e para baixo como uma mão
Que tenta agarrar o que não consegue ter.

Vr-r-r-r-uuuuuuuuum
Grita o motor como um trovão,
Como o rugido de um leão.
Feliz sou eu por o motor ter
Um som tão bom que alegra o meu ser.

Seja turbo ou de aspiração,
Nada como a admissão.
Ar fresco passa para o pistão
Para a cambota cento e oitenta graus fazer.

Há que sentir a pressão
Da segunda fase, a compressão,
Combustível e ar empurram o pistão,
Cheio de vontade de a cambota fazer mexer.

Faísca, dá-se a ignição
Do ar e combustível que causam a explosão
Nesta terceira fase, a combustão,
Que é o que verdadeiramente faz o meu coração mexer.

Por último e pior, dá-se a exaustão
Ar morto separa-se do pistão
Etapa final deste estado de ser
Admissão, compressão, combustão, exaustão
Nascer, crescer, viver, morrer.

Rafael Seco

segunda-feira, 8 de maio de 2017

'Ode ao Telemóvel'

Do rico ao pobre
Com mil funções
Todos têm um
Que faz vibrar corações!

Falo do telemóvel,
Claro está.
Quando o atendo
digo: "Está lá?"

Mensagens aqui
Chamadas acolá.
Todos querem um,
Nem que seja para dizer "olá".

De máquina fotográfica,
A despertador também.
Viciante ou entediante,
É uma descoberta fascinante.

Qualquer telemóvel,
Com ou sem internet,
Liga-se ao automóvel
Para ouvir a Janet.

Quando ligo os fones
É como magia:
Escolho a música
E entro num mundo de fantasia!

Ana Reigado

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Lídia - Retrato


. Nome: Lídia[1] é o nome de uma musa clássica das Odes de Ricardo Reis, heterónimo de Pessoa.

. Retrato físico:
. tem cerca de 30 anos (“os seus trinta anos”);
. é bela e elegante (“Mulher feita e bem feita”);
. é uma mulher morena de estatura baixa (“morena portuguesa, mais para o baixo que para o alto”);
. possui um sinal perto do nariz que lhe fica bem.

. Retrato psicológico:
. discreta;
. simples;
. humilde;
. corajosa;
. lutadora;
. consciente;
. triste;
. ciumenta.

. Retrato social:
. pertence ao povo (“Mulher nascida do povo”);
. quanto à profissão, é uma camareira de hotel;
. é uma mulher a dias;
. não possui instrução, é naturalmente simples e sábia;
. está consciente da sua situação social e cultural: é analfabeta, enquanto Ricardo Reis é doutor;
. assume a maternidade de um filho de pai incógnito sem exigências.

. Condição familiar:
. Lídia é uma irmã preocupada e temerosa (“tem um ar triste”);
. é politicamente solidária.

. Simbologia:
. Lídia representa a sabedoria popular comparável ao “sábio saber” dos poetas instruídos;
. Representa também a possibilidade de Ricardo Reis existir sem o seu criador, ligando-o à vida e ao mundo quotidiano e real.


Bibliografia:
. Arrumar as Ideias, Fernanda Delindro e Maria Pereira, Areal Editores.



[1] O poeta latino Horácio apresenta-nos, na sua poesia, três figuras femininas: Lídia, que simboliza a mulher experiente; Neera, que representa a mulher enganadora; Cloe, a mulher imatura. Estas três figuras surgem também nas Odes de Ricardo Reis, contudo constituem apenas uma visão idealizada de mulher.

sábado, 8 de abril de 2017

Secretário de Estado da Educação reconhece falhas no ensino da Educação Física


     A notícia da TSF pode ser lida aqui: »»».

     O desmantelamento total da pseudo-argumentação do SE pode ser encontrada no quintal do colega Paulo Guinote.
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