domingo, 28 de agosto de 2022
Correção do questionário do conto «Asclépio, o "Caçador de Eclipses"»
sábado, 27 de agosto de 2022
Estudo húngaro alerta contra elevado nível de instrução das mulheres
A elevada presença das mulheres no ensino superior pode causar problemas demográficos, dificultando a procura de um parceiro”, defende-se no documento, citado pelo diário digital Hvg.
O Instituto Nacional de Estatística da Hungria alertou hoje para os riscos económicos e demográficos que teria para o país um número elevado de mulheres com formação universitária, num estudo criticado como “machista”.
Sob o título “Fenómeno de educação cor-de-rosa na Hungria?”, o estudo elaborado pelo INE húngaro e hoje classificado na imprensa local como “sexista” e “machista” manifesta-se, entre outras coisas, contra a desvalorização dos “atributos masculinos”.
“A elevada presença das mulheres no ensino superior pode causar problemas demográficos, dificultando a procura de um parceiro”, defende-se no documento, citado pelo diário digital Hvg.
Por outro lado, o estudo sustenta que, nas escolas, são consideradas mais importantes as “qualidades femininas”, entre as quais aponta “maturidade emocional e social, empenho, obediência, tolerância da monotonia [e] boa expressão oral e escrita”.
Questionário sobre o conto «Asclépio, o "Caçador de Eclipses"»
Introdução |
A |
Apresentação do protagonista e
da situação inicial: preparação para o eclipse solar. |
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Desenvolvimento |
B |
Primeiro
momento |
Descrição, em analepse, da vida
do Tio Lupino e das vivências partilhadas com Asclépio durante a sua
infância. |
C |
Segundo momento |
Explicação do surgimento do
fascínio de Asclépio por eclipses. |
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D |
Terceiro momento |
Relato do percurso académico e
profissional de Asclépio |
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E |
Quarto momento |
Narração do regresso de
Asclépio a Moçambique e dos preparativos para o eclipse. |
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F |
Quinto momento |
Apresentação dos acontecimentos
do dia do eclipse. |
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Conclusão |
G |
Exposição das consequências do
eclipse. |
A
1. Com o recurso ao advérbio com valor modal “diplomaticamente”, 2. Na frase “(…) foi Lupino convencido, ou melhor,
convidado a antecipar a reforma da sua valorosa carreira militar (…)”,
com a mudança da forma adjetival do particípio passado, 3. Através da anteposição do adjetivo face ao nome qua
qualifica na expressão “pequeno génio”, 4. Com a utilização do adjetivo presente na passagem “Enquanto
as sete manas se entretinham (…) a dedilhar intermináveis escalas (…)”, 5. Com o uso dos vocábulos “embrenhava-se” e “matas”
na descrição das “expedições científicas” de Asclépio e Lupino, 6. Na frase “Mas juntos, (…) sobrinho e tio demoravam-se
horas após horas, tardes após tardes, dias após dias, meses e anos sem fim, inventariando
fauna e flora que lhes aparecessem pela frente.”, |
|
B
a. o narrador confere-lhe um valor subjetivo e afetivo. b. o narrador, recorrendo ao disfemismo, torna mais agreste e
selvagem a atividade. c. o narrador utiliza a gradação com a finalidade
de ressaltar o crescente interesse pela ocupação. d. o narrador destaca a habilidade com que foram tratados os
interesses militares. e. o narrador salienta, ironicamente, o caráter repetitivo da
ação. f. o narrador serve-se de um eufemismo para atenuar
a situação apresentada. |
Eclipse
– 1 n.m. ato ou efeito de
eclipsar; 2 ASTRONOMIA ocultação total ou parcial de um astro pela
interposição de outro entre ele e o observador ou pela entrada daquele astro
na sombra de outro; 3 [fig.] obscurecimento; 4 [fig.]
desaparecimento; 5 [fig.] ausência; ASTRONOMIA eclipse da Lua
ocultação total ou parcial da Lua (…); ASTRONOMIA eclipse do Sol
ocultação total ou parcial do Sol (…); PSICOLOGIA eclipse mental
desaparecimento extremamente breve da consciência ou, pelo menos, do domínio
do pensamento, psicolepsia (Do gr. ékleipsis, «eclipse; ocultação»,
pelo lat. eclipse-, «idem») AA. VV., 2004. “Eclipse”, in Grande Dicionário da Língua
Portuguesa.
Porto: Porto Editora (texto adaptado e com
supressões)
|
Conto «Asclépio, o "Caçador de Eclipses"», de Pedro Teixeira Neves
“Louvor ao Comandante Euclides Semedo,
sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Benfica vence a Supertaça de futebol feminino
Análise de "O Almoço do Trolha", de Júlio Pomar
O espaço onde decorre a cena
representada é quase completamente ocupado pelas figuras humanas, que parecem
não caber nos limites da tela, uma sensação que é acentuada pelas barras que se
veem em fundo, muito próximas, e pela envergadura do homem.
As figuras humanas são, no fundo,
seres confinados ao espaço que sobra, uma família pobre constituída por marido,
esposa e filho. O homem é um trabalhador da construção civil, o que torna mais
absurda a sua situação naquele espaço onde não cabe, ele que constrói o espaço
para os outros. É forte, tem mãos grandes e fortes de trabalhador, mas o que
ganha não é suficiente para levar uma vida que traga alegria e felicidade à
família. O seu rosto é anguloso, quase duro, e digno. A seu lado, a mulher, que
lhe trouxe o almoço ao local de trabalha, olha-o com ternura e tristeza em
simultâneo. Está sentada num tijolo e tem um filho ao colo. A criança, muito pequena,
parece triste. Seja qual for a sua situação económica e social, parece haver
grande união e intimidade entre os três.
A pintura, por outro lado, é áspera,
como áspera é a vida dos trabalhadores e daquela família. As coras frias
predominam, exceto no caso da figura feminina. Ela enverga um xaile vermelho
vivo, o que significa que traz vida ao marido. Este vermelho, combinado com o
verde da saia, confere harmonia e evoca a bandeira de Portugal. Por seu turno,
o homem está vestido com tons claros, quase brancos, e, apesar da aspereza da
pintura, parece irradiar uma certa luz que, conjugada com a sua força, faz dele
uma espécie de herói em potência.
Esta conceção do trabalhador como
herói é uma das características centrais do Neorrealismo, que sustentava que a
arte deveria estar ao lado da luta dos trabalhadores proletários pela sua
libertação.
quinta-feira, 25 de agosto de 2022
Análise do quadro "Intervenção Romântica"
O quadro Intervenção Romântica
é da autoria do pintor surrealista português António Pedro (1909 – 1966) e foi
pintado em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial.
Na pintura, vemos uma paisagem
surreal, desolada, quase lunar, mas contendo algo de orgânico, concretamente
uma mão e um corpo de mulher sem cabeça, em vez de árvores, paisagem essa que é
palco de várias cenas.
Em primeiro plano, à direita, quatro
soldados matam-se uns aos outros pelas costas, configurando uma situação que funciona
como denúncia do absurdo da guerra. Ao fundo, outro par de soldados funciona
como demonstração da generalização da guerra. Ainda em primeiro plano, mas à
esquerda, uma mulher vestida de branco – a cor que simboliza a paz – parece voar
e mergulhar nas raízes da árvore-mulher. Atrás, num plano mais elevado, uma
outra figura feminina, nua sobre um cavalo, transporta uma bandeira branca, a
bandeira da paz. A olhar para ela, um homem que voa com a cabeça nas mãos – é um
autorretrato do pintor.
Face ao exposto, podemos concluir
que existe um contraste entre os elementos masculinos, violentos, escuros, e os
femininos, claros, simbolicamente associados à paz. O pintor, elemento masculino,
direcionado para os soldados, inverte a sua posição, violentamente, opta por
outro rumo, olhando para a mulher-paz.
Ao centro, no plano superior, um pássaro
gigante segura uma chave enorme nas patas, provavelmente a chave do
conhecimento, que decifra o enigma do futuro da Humanidade num mundo assolado
pela guerra.
No que diz respeito às cores e à
luz, as tonalidades dominantes são os castanhos dourados da paisagem. O céu,
arroxeado, com tonalidades plúmbeas e amareladas, está carregado, denso. Ao
longo de um clarão de luz – o clarão das bombas? Tudo isto, conjugado com o
contraste claro-escuro, confere um intenso dramatismo à pintura.
Análise do quadro "O nascimento de Vénus"
A pintura revela uma das características
do Renascimento e do Classicismo: o gosto pelos temas da mitologia clássica,
visto que o tema é mitológico: o nascimento de Vénus, a deusa romana do amor e
da beleza.
No centro do quadro, está representada
a deusa, nua, nascendo, como consta do mito, do oceano. De pele muito clara,
lembrando o mármore puro das estátuas gregas e romanas antigas, os cabelos
longos e dourados (ao gosto de Petrarca), manifesta uma postura suave, doce,
bondosa, pudica e triste, com um olhar que irradia luz, mas que, em simultâneo,
é distante, de deusa inacessível. Toda a figura está inundada de luz. É a
encarnação do ideal de beleza renascentista.
Do lado direito, encontramos uma
ninfa, representação da primavera, que recebe a deusa, oferecendo-lhe um manto.
O seu vestido ondulante imprime um suave movimento ao quadro e o seu gesto, em
diagonal, é simétrico ao lado esquerdo da pintura, onde um par amoroso (o vento
Zéfiro e a sua esposa Clóris) voa e impele a deusa para a costa. À volta, rosas
– as flores de Vénus que, tal como o dourado das laranjeiras à direita – e os
tons suaves de todo o ambiente, contribuem para dar a impressão de que toda a
natureza está a ser tocada pela beleza e suavidade de Vénus.