Maria da
Encarnação morre aos noventa e quatro anos, mantendo o seu espírito de humor. A
sua morte é aceite com naturalidade: "Não se ouviam prantos, não havia
rostos desfeitos pela dor, nem alardes de desespero." (p. 108).
2. A descrição
do ambiente que rodeia o velório de Maria vem conferir verosimilhança à obra,
verosimilhança suportada pelas crenças populares, em que Germa não acredita:
"- Foi um
arejo que passou por ela, ao toque das trindades, quando era menina - dizia,
condoída.
Germa protestava
com aquilo, mas, notava, era ela a mais ridícula, tentando fazer a troca
daquelas crenças que partiam do âmago do espiritual, pelas suas convicções
modeladas apenas por diferentes princípios." (p. 110).
3. À procura do
mistério de Quina: " «Que acontece aqui»? - pensou Germa. «Há em volta
desta mulher um círculo que não posso transpor e que me torna invisível para
ela. Parece, não só que ela contempla alguma coisa que não vejo, mas que essa
espécie de visão lhe é muito familiar. Não estava surpreendida, mas até um
pouco desatenta, não com o exterior do círculo, isso é evidente»." (p.
114).
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