Nestor coloca Machaon na sua tenda e reúne-se aos outros comandantes gregos, feridos perto dos navios. Juntos, observam o campo de batalha e tomam consciência da dimensão das suas perdas. Perante este quadro, Agamémnon receia ser derrotado e propõe desistir da luta e regressar a casa. Ulisses rejeita de imediato a ideia, considerando-a um gesto de cobardia, desonroso e vergonhoso. Em alternativa, Diomedes sustenta que todos os comandantes se devem dirigir para a frente de batalha, não para lutar, dado que vários se encontravam feridos, mas para inspirar os seus soldados. Ao partirem, Podeidon, disfarçado, encoraja Agamémnon e diz-lhe que os Troianos se iriam retirar dos navios nalgum momento.
No Olimpo, Hera decide distrair
Zeus, para poder ajudar os Aqueus. Assim, visita Afrodite e engana-a, para que
lhe dê uma faixa de peito encantada em que os poderes do Amor e da Saudade são
tecidos, capaz de enlouquecer por amor o homem mais sensato do mundo. De
seguida, suborna o Sono (promete-lhe uma das suas filhas em casamento), para
que faça Zeus dormir. O Sono segue-a até ao Monte Ida e, disfarçado de ave,
esconde-se numa árvore. Zeus vê Hera; a banda encantada cumpre a sua função,
fazendo com que o desejo o domine. Ele faz amor com Hera e, depois, como
planeado, o Sono usa o seu poder em Zeus, que adormece. A seguir, a deusa avisa
Poseidon, informando-o de que está livre para auxiliar os Gregos.
O deus do mar reagrupa-os e a
batalha recomeça. Heitor e Ájax logo se veem frente a frente e lutam. O troiano
atinge o grego com um poderoso arremesso de lança, mas esta não penetra a sua
armadura. Ájax fere então o inimigo com uma pedra e este começa a expelir
sangue. Os Troianos levam o seu comandante de volta a Troia; na sua ausência,
os Gregos derrotam os seus inimigos, que morrem em grande número. No final do
canto, deparamos com o exército troiano em retirada, em direção à cidade.
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