A cena
desenrola-se à noite. Hamlet, Horácio e Marcelo esperam nas muralhas de Elsinore
que o fantasma apareça. Do interior do castelo, pouco depois da meia-noite,
chegam sons de folia: é o novo rei e os seus cortesãos que festejam e bebem, de
acordo com os costumes dinamarqueses. Incomodado, o jovem príncipe mostra-se
favorável ao fim desse costume, argumentando que tal celebração mancha a
reputação da Dinamarca, tornando-a motivo de chacota junto das outras nações e
diminuindo o valor e a importância das suas conquistas. E prossegue a sua fala,
aludindo ao modo como as falhas de um indivíduo podem ofuscar as suas
qualidades.
O fantasma
aparece e Hamlet questiona-o, perguntando-lhe se ele é o espírito do seu pai e quais
são as razões que o levaram a deixar o túmulo e vir para Elsinore. O fantasma
faz-lhe sinal para que o siga e, apesar dos avisos dos seus amigos para que não
o faça, advertindo-o de que o espírito o pode conduzir ao perigo, Hamlet decide
segui-lo alegando que nada teme, pois não valoriza a sua vida. Horácio e
Marcelo tentam contê-lo, mas ele exige que o soltem e até desembainha a espada
quando os amigos não obedecem e afirma-lhes que os transformará em fantasmas se
não o deixarem seguir o espectro. Marcelo e Horácio cedem, Hamlet segue a
aparição e desaparece na escuridão, enquanto os dois primeiros veem no
acontecimento um mau presságio para a nação. Volvidos alguns momentos, os dois
amigos seguem Hamlet e o fantasma. Marcelo comenta, então, que algo está podre
no reino da Dinamarca.
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