Plano de texto
Introdução (1.º par.) –
Identificação da pintura, do autor e aspetos da obra.
Desenvolvimento: descrição,
análise e avaliação:
2.º par.: do cenário;
3.º par.: das figuras humanas;
4.º par.: do tema do quadro.
Conclusão (5.º par.) –
Ideia central retirada sobre a pintura.
Introdução |
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Título:
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Um mundo diferente |
O
quadro “Golconde”, pintado em 1953 por René Magritte, poeta surrealista de origem
belga, nascido em 1898 e falecido em 1967, representa uma cena intrigante, que
rompe com as leis do mundo que conhecemos e nos traz para uma realidade marcada
pelo maravilhoso.
Desenvolvimento
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Cenário
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A
pintura retrata um cenário urbano e tem como pano de fundo um conjunto de
prédios alinhados, que preenchem a parte inferior e lateral da tela. Foi
engenhosa a ideia de representar, deliberadamente, edifícios monotamente
semelhantes: retilíneos, germinados, formando um contínuo. Todas as paredes
estão pintadas da mesma cor – castanho claro –, as janelas possuem todas a
mesma forma retangular, os telhados exibem o mesmo tom de vermelho. Certo é que
a conjugação das cores torna este conjunto arquitetónico harmonioso. Por
outro lado, nesta selva de cimento, o céu, pintado com matizes atraentes
de azul claro, é o elemento que confere vida à cena representada.
Desenvolvimento
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Figuras
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Esta
paisagem citadina revela-se claustrofóbica também porque o espaço deixado vazio
pelos edifícios é preenchido por dezenas de figuras humanas masculinas que se
encontram suspensas no ar, do topo à base da pintura, do primeiro ao mais
remoto plano. Não há sinais de movimento, mas as personagens podem ser sempre a
mesma figura: um homem de sobretudo preto e com um chapéu de coco também preto.
Deste modo, cria-se a ilusão, bem conseguida, de as personagens se
multiplicarem infinitamente.
Desenvolvimento
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Tema
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Numa
das interpretações possíveis, “Golconde” representa, de forma genial, a
sobrepopulação das cidades. Efetivamente, podemos nele ver uma crítica bem
construída ao facto de as cidades serem lugares claustrofóbicos (daí os
prédios) povoados por um número excessivo de pessoas. Assim se sugere que este
não é o espaço harmonioso para o ser humano viver. Mais ainda, o facto
de todos os homens se assemelharem é um indício preparado com grande
subtileza para denunciar que a cidade gera pessoas iguais, monotamente
indistintas.
Conclusão
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Concluindo,
este é um quadro fascinante que representa uma cena de um mundo
diferente do nosso, mas que nos refletir sobre o nosso próprio mundo.
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