Cada
pessoa possui uma medida de justiça que lhe é dada pelo fado, que determina a
sorte de cada um, sem que haja mérito por parte de quem recebe ou tal constitua
uma recompensa. A justiça, para uns, é a estatura e, para outros, a felicidade.
Nada na
vida constitui uma recompensa ou um castigo, é apenas o resultado de uma
casualidade, um acaso: “Nada é prémio: sucede o que acontece.” Em jeito de
conclusão, dirigindo-se a Lídia, o sujeito poético declara-lhe que o ser humano
nada deve ao fado, a não ser aceitá-lo como ele é: “Nada, Lídia, devemos / Ao
fado, senão tê-lo.”
O
destino é a entidade suprema, que tudo comanda e a quem todos obedecem – deiuses
e seres humanos –, pelo que de nada adianta tentar evitá-lo ou contrariá-lo. Perante
este cenário, a atitude adequada é aceitá-lo com resignação.
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