Comunicado
No passado dia 18 de setembro de
2014 tivemos o DESprazer de assistir ao debate encomendado pelo PSD, para que o
ministro Nuno Crato pudesse fazer uma mea
culpa (mais do que evidente), na nossa opinião e corroborando a do Dr. Marcelo
Rebelo de Sousa, um pedido de desculpas que soou a falsidade e com o mero
intuito de passar uma imagem de humildade, tão adequada ao período que se
aproxima de eleições!
Qualquer ser humano que tenha
prestado atenção à fórmula por 3 segundos percebe que ela estava mais do que
errada. Um erro pouco admissível a um aluno de 4ª classe (4ºano)! Porém, por
orgulho, o ministro e toda a sua equipa de trabalho, levaram semanas a
compreender (tiveram que lhes explicar devagarinho, uma vez, e outra, e outra…).
Continuamos a achar que se tratou de desonestidade intelectual, e desiludiu-nos
que os maiores representantes legais a nível nacional tivessem ficado em
silêncio, compactuando com este “crime” e ignorando as suas funções de zelar
pela justiça e interesses do povo português!
Neste sentido, hoje escrevemos
pelo DESprazer de ter assistido ao debate parlamentar e termos visto 3
“prostitutos intelectuais” (perdoem-nos a rudeza da expressão mas não nos
ocorre expressão mais adequada) a falar perante um país. É que acreditem: são
pagos a peso de ouro, com os nossos impostos!
Falamos naturalmente de Amadeu
Albergaria, licenciado em Direito, advogado com inscrição suspensa, Duarte
Marques, consultor, actualmente a tirar mestrado, e Michael Seufert, estudante
de mestrado, e ao que parece teve frequência em licenciatura (Estranho? Talvez
a conclusão desta tenha sido por equivalência similar a outra situação bem
conhecida por todos nós).
Verificamos claramente que não
são homens de números. Revelam clara necessidade de realizar uma PAAC política,
apesar de nem todos reunirem habilitações para tal.
Ouvi-los foi de uma repugnância intelectual
tremenda! Deviam ter-nos pago para tamanho feito!
Acreditamos que ainda hoje não
percebam o erro da fórmula e por isso não falaram nela durante as suas
intervenções. Estavam claramente pouco à vontade para falar e, aqui entre nós,
pareceram-me muito pouco informados sobre o assunto, não fosse essa a clara
obrigação das suas funções!
Mas mesmo assim aventuraram e
referiram 1% ou 2% de erros na colocação de professores. Esperamos por isso
clarificá-los mais uma vez!
Na realidade dos factos e números,
o problema das colocações NÃO afecta os 1% ou 2% dos professores! A VERDADEIRA
percentagem dos professores que, sob a tutela deles, estão a ser afectados por
este concurso é muito superior! Para não voltarem a cometer erros de matemática
básicos, deveriam retirar à equação os mais de 90% dos professores que são de
quadro e não foram alvo de qualquer concurso, não podendo entrar nas contas do
problema que a incompetência deles causou! Ou seja, a TRAPALHADA do ministério
da educação na colocação de professores não deverá fugir muito do extremo
oposto nos números que erradamente referem, ou seja 98% ou 99% dos professores
a concurso! Uma troca de valores (in)compreensível, como se pode ironicamente
perceber!
O mais grave é estes senhores não
perceberem que os mais penalizados com todas estas trapalhadas e evidentes
sinais de incompetência não são apenas os professores e as suas famílias mas
sobretudo as crianças e os jovens
deste país que continuam sem muitos professores após mais de uma semana do
início oficial do ano lectivo 2014/2015 e, ano após ano, a encontrarem condições para o sucesso escolar mais
deficientes!
Professores do Movimento Boicote&Cerco
da região de Coimbra