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sexta-feira, 8 de maio de 2015
quinta-feira, 7 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Queima das Fitas - Coimbra 2015 - Cartaz
terça-feira, 21 de abril de 2015
A mentira descarada ou ir além da Troika
Os cortes efetuados por Passos Coelhos e seus esbirros nas áreas da Saúde e da Educação têm sido dos maiores no Orçamento de Estado, argumentando com o despesismo, etc.
Ontem, no seu programa semanal da TVI 24, Medina Carreira apresentou uns dados interessas sobre a despesa dos ministérios acima referidos em percentagem do PIB no que às despesas sociais diz respeito.
Os dados projetados foram estes:
- Saúde: 5, 7
- Educação: 5
E atenção que os elementos se referem ao ano de 2010. De lá para cá, os cortes fizeram baixar ainda mais a orçamentação dos dois ministérios.
Sr. PM e sr. MEC, continuem a cortar nestas áreas até chegarmos a 0. "Valete, fratres"!
sábado, 18 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
"When a man loves a woman", Percy Sledge
(25/11/1941 - 14/04/2015)
sexta-feira, 10 de abril de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
Paulo Guinote e o fim do nosso 'Umbigo'
Nos últimos nove anos, o espaço de que era autor marcou a Educação portuguesa.
Fui um dos seus leitores assíduos desde 2007. Concordei, discordei. Polémico, escreveu sempre o que pensava. Marcou o setor (sector) e não deixou ninguém indiferente. Condicionou a ação de sindicatos, de governantes, de professores, de ministros... Era leitura assídua de jornalistas.
Tudo tem um princípio e um fim. É uma lei da vida, mas nem isso faz com que o fim seja mais fácil de encaixar. Manter vivo aquele espaço, com opinião, com argumentação coerente e lógica, com estudo aprofundado e sustentado dos assuntos... tudo isso ocupa tempo e cansa imenso.
Mas o que mais doi ao ler o testemunho do próprio ao Público é isto: “A certa altura comecei a sentir que os professores descarregavam a sua frustração nos comentários que escreviam no Umbigo e noutros blogues e que nas escolas não intervinham”.
Deixou um vazio.
Paulo Guinote: A Educação do Meu Umbigo.
quinta-feira, 26 de março de 2015
Uma versão de "Autopsicografia"
O artista é um transgressor...
Que marca a diferença por se opor
Fugindo às regras da sociedade
Procura a sua própria liberdade
Cria para fugir da solidão
Ouvindo apenas o seu coração
Não se preocupa se é diferente
Mas não demonstra aquilo que sente
Fecha-se no seu próprio mundo
Vive sozinho mas é feliz
Não é nenhum vagabundo
Mas não é o que por aí se diz.
Sílvia Silva
Que marca a diferença por se opor
Fugindo às regras da sociedade
Procura a sua própria liberdade
Cria para fugir da solidão
Ouvindo apenas o seu coração
Não se preocupa se é diferente
Mas não demonstra aquilo que sente
Fecha-se no seu próprio mundo
Vive sozinho mas é feliz
Não é nenhum vagabundo
Mas não é o que por aí se diz.
Sílvia Silva
Qual é o plural de "golfinho"?
A
palavra golfinho vem do latim delphīnus, que tem vários significados (“golfinho, peixe do mar; constelação; delfim”) e do grego delphís,înos. Neste contexto, golfinho é a designação comum a vários mamíferos cetáceos, marinhos, especialmente os que pertencem à família
dos delfinídeos
que não alcançam
grandes dimensões e que possuem o focinho alongado formando um bico.
Por outro lado, o termo pode designar ainda a modalidade de golfe jogado num campo de pequenas dimensões, cujo
percurso é entremeado de túneis, pontes, curvas fechadas e outros obstáculos.
Nesta situação, a palavra deriva de «golfe + -inho».
Seja como for, a palavra golfinho pode assumir diversas formas de plural:
- golfinhozinho;
- golfinhozito;
- golfinhinho;
- golfinhito.
Antonomásia: um exemplo futebolístico
. O Glorioso perdeu por dois a um com o Rio Ave.
(O Glorioso = O Benfica)
(O Glorioso = O Benfica)
A língua portuguesa no Mundo
A propósito de um comentário produzido por um aluno procurando diminuir a língua portuguesa, tendo como ponto de partida a sua «dificuldade de aprendizagem» e de «uso quotidiano», comparativamente ao inglês:
- 244 milhões de falantes;
- sexta língua mais falada no mundo;
- 8 séculos de existência («Testamento de D. Afonso II», datado de 1214).
quarta-feira, 25 de março de 2015
"O Amor em Visita", Herberto Helder
Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.
Cantar? Longamente cantar.
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas -
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos
palpitantes.
Ele - imagem vertiginosa e alta de um certo
pensamento
de alegria e de impudor.
Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
Em cada mulher existe uma morte silenciosa.
E enquanto o dorso imagina, sob os dedos,
os bordões da melodia,
a morte sobe pelos dedos, navega o sangue,
desfaz-se em embriaguez dentro do coração faminto.
- Oh
cabra no vento e na urze, mulher nua sob
as mãos, mulher de ventre escarlate onde o sal põe
o espírito,
mulher de pés no branco, transportadora
da morte e da alegria.
Dai-me uma mulher tão nova como a resina
e o cheiro da terra.
Com uma flecha em meu flanco, cantarei.
E enquanto manar de minha carne uma videira de
sangue,
cantarei seu sorriso ardendo,
suas mamas de pura substância,
a curva quente dos cabelos.
Beberei sua boca, para depois cantar a morte
e a alegria da morte.
Dai-me um torso dobrado pela música, um ligeiro
pescoço de planta,
onde uma chama comece a florir o espírito.
À tona da sua face se moverão as águas,
dentro da sua face estará a pedra da noite.
- Então
cantarei a exaltante alegria da morte.
Nem sempre me incendeiam o acordar das ervas e a
estrela
despenhada de sua órbita viva.
- Porém,
tu sempre me incendeias.
Esqueço o arbusto impregnado de silêncio diurno, a
noite
imagem pungente
com seu deus esmagado e ascendido.
- Porém,
não te esquecem meus corações de sal e de brandura.
Entontece meu hálito com a sombra,
tua boca penetra a minha voz como a espada
se perde no arco.
E quando gela a mãe em sua distância amarga, a lua
estiola, a paisagem regressa ao ventre, o tempo
se desfibra - invento para ti a música, a loucura
e o mar.
Toco o peso da tua vida: a carne que fulge, o
sorriso,
a inspiração.
E eu sei que cercaste os pensamentos com mesa e
harpa.
Vou para ti com a beleza oculta,
o corpo iluminado pelas luzes longas.
Digo: eu sou a beleza, seu rosto e seu durar. Teus
olhos
transfiguram-se, tuas mãos descobrem
a sombra da minha face. Agarro tua cabeça
áspera e luminosa, e digo: ouves, meu amor?, eu sou
aquilo que se espera para as coisas, para o tempo -
eu sou a beleza.
Inteira, tua vida o deseja. Para mim se erguem
teus olhos de longe. Tu própria me duras em minha
velada
beleza.
Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti
que me vem o fogo.
Não há gesto ou verdade onde não dormissem
tua noite e loucura, não há vindima ou água
em que não estivesses pousando o silêncio criador.
Digo: olha, é o mar e a ilha dos mitos
originais.
Tu dás-me a tua mesa, descerras na vastidão da
terra
a carne transcendente. E em ti
principiam o mar e o mundo.
Minha memória perde em sua espuma
o sinal e a vinha.
Plantas, bichos, águas cresceram como religião
sobre a vida - e eu nisso demorei
meu frágil instante. Porém
teu silêncio de fogo e leite repõe a força
maternal, e tudo circula entre teu sopro
e teu amor. As coisas nascem de ti
como as luas nascem dos campos fecundos,
os instantes começam da tua oferenda
como as guitarras tiram seu início da música
nocturna.
Mais inocente que as árvores, mais vasta
que a pedra e a morte,
a carne cresce em seu espírito cego e abstracto,
tinge a aurora pobre,
insiste de violência a imobilidade aquática.
E os astros quebram-se em luz
sobre as casas, a cidade arrebata-se,
os bichos erguem seus olhos dementes,
arde a madeira - para que tudo cante
pelo teu poder fechado.
Com minha face cheia de teu espanto e beleza,
eu sei quanto és o íntimo pudor
e a água inicial de outros sentidos.
Começa o tempo onde a mulher começa,
é sua carne que do minuto obscuro e morto
se devolve à luz.
Na morte referve o vinho, e a promessa tinge as
pálpebras
com uma imagem.
Espero o tempo com a face espantada junto ao teu
peito
de sal e de silêncio, concebo para minha serenidade
uma ideia de pedra e de brancura.
És tu que me aceitas em teu sorriso, que ouves,
que te alimentas de desejos puros.
E une-se ao vento o espírito, rarefaz-se a auréola,
a sombra canta baixo.
Começa o tempo onde a boca se desfaz na lua,
onde a beleza que transportas como um peso árduo
se quebra em glória junto ao meu flanco
martirizado e vivo.
- Para consagração da noite erguerei um violino,
beijarei tuas mãos fecundas, e à madrugada
darei minha voz confundida com a tua.
Oh teoria de instintos, dom de inocência,
taça para beber junto à perturbada intimidade
em que me acolhes.
Começa o tempo na insuportável ternura
com que te adivinho, o tempo onde
a vária dor envolve o barro e a estrela, onde
o encanto liga a ave ao trevo. E em sua medida
ingénua e cara, o que pressente o coração
engasta seu contorno de lume ao longe.
Bom será o tempo, bom será o espírito,
boa será nossa carne presa e morosa.
- Começa o tempo onde se une a vida
à nossa vida breve.
Estás profundamente na pedra e a pedra em mim, ó
urna
salina, imagem fechada em sua força e pungência.
E o que se perde de ti, como espírito de música
estiolado
em torno das violas, a morte que não beijo,
a erva incendiada que se derrama na íntima noite
- o
que se perde de ti, minha voz o renova
num estilo de prata viva.
Quando o fruto empolga um instante a eternidade
inteira, eu estou no fruto como sol
e desfeita pedra, e tu és o silêncio, a cerrada
matriz de sumo e vivo gosto.
- E as
aves morrem para nós, os luminosos cálices
das nuvens florescem, a resina tinge
a estrela, o aroma distancia o barro vermelho da
manhã.
E estás em mim como a flor na ideia
e o livro no espaço triste.
Se te aprendessem minhas mãos, forma do vento
a cevada pura, de ti viriam cheias
minhas mãos sem nada. Se uma vida dormisses
em minha espuma,
que frescura indecisa ficaria no meu sorriso?
- No
entanto és tu que te moverás na matéria
da minha boca, e serás uma árvore
dormindo e acordando onde existe o meu sangue.
Beijar teus olhos será morrer pela esperança.
Ver no aro de fogo de uma entrega
tua carne de vinho roçada pelo espírito de Deus
será criar-te para luz dos meus pulsos e instante
do meu perpétuo instante.
- Eu
devo rasgar minha face para que a tua face
se encha de um minuto sobrenatural,
devo murmurar cada coisa do mundo
até que sejas o incêndio da minha voz.
As águas que um dia nasceram onde marcaste o peso
jovem da carne aspiram longamente
a nossa vida. As sombras que rodeiam
o êxtase, os bichos que levam ao fim do instinto
seu bárbaro fulgor, o rosto divino
impresso no lodo, a casa morta, a montanha
inspirada, o mar, os centauros
do crepúsculo
- aspiram
longamente a nossa vida.
Por isso é que estamos morrendo na boca
um do outro. Por isso é que
nos desfazemos no arco do verão, no pensamento
da brisa, no sorriso, no peixe,
no cubo, no linho,
no mosto aberto
- no
amor mais terrível do que a vida.
Beijo o degrau e o espaço. O meu desejo traz
o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre, ó mais nua
e branca das mulheres. Correm em mim o lacre
e a cânfora, descubro tuas mãos, ergue-se tua boca
ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbedas e puras que voam
sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo eu morrerei contigo.
E peço ao vento: traz do espaço a luz inocente
das urzes, um silêncio, uma palavra;
traz da montanha um pássaro de resina, uma lua
vermelha.
Oh amados cavalos com flor de giesta nos olhos
novos,
casa de madeira do planalto,
rios imaginados,
espadas, danças, superstições, cânticos, coisas
maravilhosas da noite. Ó meu amor,
em cada espasmo eu morrerei contigo.
De meu recente coração a vida inteira sobe,
o povo renasce,
o tempo ganha a alma. Meu desejo devora
a flor do vinho, envolve tuas ancas com uma espuma
de crepúsculos e crateras.
Ó pensada corola de linho, mulher que a fome
encanta pela noite equilibrada, imponderável -
em cada espasmo eu morrerei contigo.
E à alegria diurna descerro as mãos. Perde-se
entre a nuvem e o arbusto o cheiro acre e puro
da tua entrega. Bichos inclinam-se
para dentro do sono, levantam-se rosas respirando
contra o ar. Tua voz canta
o horto e a água - e eu caminho pelas ruas frias
com
o lento desejo do teu corpo.
Beijarei em ti a vida enorme, e em cada espasmo
eu morrerei contigo.
Herberto Helder, in O Amor em Visita
terça-feira, 24 de março de 2015
Tom Sawyer - Episódio 1: "O meu amigo Huck"
Foi há cerca de 3 décadas...
Éramos tão felizes e sabíamo-lo.
sábado, 21 de março de 2015
"Always the Sun", The Stranglers
Após o eclipse de ontem de manhã, é sempre bom saber que há «always the sun».
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